Castroneves diz que queria ver "osso duro de roer" Power na F1 e aprova mudanças na Penske: "Precisava"

Em São Petersburgo, onde já venceu três vezes, Helio Castroneves se prepara para o início da nova temporada da Indy. O brasileiro chega animado, diz que está “na balada” para brigar pelo título e elogia seu companheiro de equipe, Will Power: “O cara é um osso duro de roer”

Foi de carona com o piloto da Penske Helio Castroneves que a reportagem do Grande Prêmio chegou até o circuito montado nos arredores da Marina de São Petersburgo e no Aeroporto Albert Whitted para iniciar a cobertura da primeira etapa da temporada 2013 da Indy. Durante o percurso do hotel para a pista, que durou pouco mais de dez minutos, Castroneves, o motorista da vez, falou sobre suas expectativas para este novo campeonato, para o qual chega “animado” com suas chances de título e com a reestruturação interna de sua equipe. “Só vai ajudar”, disse.

Ao contrário do que vinha acontecendo desde 2009, a Penske terá somente dois carros em 2013. A equipe dispensou Ryan Briscoe e manteve Castroneves e o australiano Will Power, que conquistaram os melhores resultados recentes do time. Além disso, o comando técnico também mudou, com o antigo engenheiro do brasileiro, Ron Ruzewski, sendo promovido ao posto de engenheiro-chefe. O novo responsável pelo carro de Helio é Jonathan Diuguid, que trabalhava com Briscoe até o ano passado.

O GP pegou carona com Helio Castroneves nesta manhã (Foto: Américo Teixeira Jr.)

“Estou chegando animado [para a nova temporada]! Temos algumas mudanças internas na equipe, estou com um engenheiro novo depois de seis anos, e a equipe diminuiu de dois para três carros, então tem alguns mecânicos diferentes. Mas isso não vai mudar na performance, só vai ajudar”, elogiou o paulista. “Acho que precisava ter uma mudança. Essa mudança foi feita agora, o pessoal entendeu, e agora as chances são ainda maiores”.

A reestruturação, porém, não vai influir diretamente no desempenho dos carros na pista, afirmou Helio. O que aumentam são as chances de vitória e título. “Por quê? Porque quando você tinha três carros, três pilotos bons, um piloto acabava tirando a chance de outro, porque o equipamento é bom. Um ganha uma corrida, outro acaba chegando em segundo, e são pontos que acabam fazendo falta”, argumentou.

Em 2012, Castroneves terminou a temporada na quarta posição, com 431 pontos e duas vitórias. Power foi vice pelo terceiro ano seguido ao ser batido por Ryan Hunter-Reay por apenas três pontos na última corrida, as 500 Milhas de Fontana, em setembro. No campeonato que começa neste domingo (24), o brasileiro se vê na briga junto desses dois pilotos e da dupla da Ganassi, Scott Dixon e Dario Franchitti. “Eu estou na balada”, avisou. “O que a gente quer nesse ano não é só ser constante, é ser constante mais na frente, terminar mais entre os três primeiros, entre os cinco primeiros para ter mais oportunidades de vencer corridas."
 

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Mas, como diz o velho ditado, o primeiro adversário a ser batido é o companheiro de equipe, e “o cara é um osso duro de roer”, admitiu. “[O Power] realmente é um talento excepcional no circuito misto e no circuito de rua. Engraçado que ele é um cara até que meio desajeitado, parece meio descoordenado, mas quando coloca o capacete, se torna excepcional. Vai ser uma briga muito acirrada”, disse Castroneves. “Eu juro que até gostaria de vê-lo na F1 porque ele é um grande piloto e ia dar muito trabalho para o pessoal lá”, completou.

Para este fim de semana, a meta não poderia ser outra: vencer novamente em São Petersburgo. O desempenho de Castroneves nas oito edições anteriores da corrida disputada na região da Marina Municipal o credencia como favorito: vencedor em 2006, 2007 e 2012, ele é o único que subiu ao alto do pódio mais de uma vez por aqui. “Essa é uma prova muito interessante porque é uma pista que tem uma reta muito longa, mas um miolo apertado. Não tem muitos segredos em relação à parte técnica, mas é relativamente rápida. Estou empolgado para defender essa vitória do ano passado”, falou.

O ambiente também agrada. “No hotel, você vê que o pessoal já está falando de corrida, as pessoas ficam te olhando. Quando a cidade dá esse suporte, abraça o evento com as duas mãos, fica mais legal. É gostoso vir para um lugar assim”, arrematou Castroneves.

Ele é um dos três brasileiros inscritos para a abertura da temporada 2013 da Indy. Além dele, estarão na pista também Tony Kanaan, da KV, e Bia Figueiredo, que fará sua primeira corrida pela Dale Coyne.

O Grande Prêmio acompanha ‘in loco’ a abertura da temporada 2013 da Indy, em São Petersburgo, com o repórter Renan do Couto

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