Para preparar melhor pilotos para F1, GP2 decide adotar nos carros asa traseira móvel a partir de 2015

Para preparar melhor os pilotos para a F1, a GP2 decidiu introduzir nos carros o DRS, conhecido também como asa móvel traseira. O recurso será adotado a partir da próxima temporada

A GP2, principal escada de acesso à F1, anunciou nesta quarta-feira (17) que vai adotar nos carros o sistema de redução de arrasto aerodinâmico, o DRS, conhecido também como asa móvel traseira. O novo componente será introduzido a partir da próxima temporada.

O recurso, que impulsiona as ultrapassagens durante as corridas em áreas determinadas da pista, foi usado pela primeira vez pela F1 em 2011. Na categoria-escola, o dispositivo será testado em um carro de desenvolvimento no próximo mês em pistas europeias e, mais tarde, no Oriente Médio, no mês de dezembro.

Carros da GP2 terão asa traseira móvel em 2015 (Foto: Beto Issa)

Chefe da GP2, Bruno Michel admitiu que a decisão pelo DRS teve como objetivo principal tornar a categoria um campeonato ainda mais próximo e melhor para a F1. "Nós sempre dissemos que a GP2 era capaz de produzir corridas incríveis sem a ajuda do DRS ou qualquer outro recurso e, mais uma vez, a temporada 2014 foi uma prova disso, com corridas emocionantes e belas batalhas na pista", disse.

"No entanto, nós temos de ter certeza de que devemos manter vivo o nosso principal objetivo: preparar os pilotos para a próxima etapa, que é a F1", acrescentou. "A F1 está em constante evolução. É impossível para a GP2 permanecer com o mesmo carro por um longo período de tempo, sabendo da missão que tem em deixar os pilotos totalmente prontos para a F1. Tendo isso em mente, pensamos que o DRS é o melhor desenvolvimento técnico que podemos fazer. As discussões com as equipes começaram um ano atrás", explicou.

"Todos foram a favor da introdução do DRS, pois também entenderam que era uma forma de tornar a GP2 ainda mais atraente para os pilotos, mas só funcionariam se o sistema fosse idêntico ao utilizado na F1", disse.

Michel falou ainda que é "imperativo" o que o sistema funcione exatamente como na F1. "Como disse, decidimos adicioná-lo para os nossos carros, com a meta de preparar os pilotos. Como tal, não será um botão push-to-pass ou uma forma de fazer uma volta mais rápida. O nosso DRS será uma cópia do usado na F1, com as mesmas zonas, uma vez que corremos nas mesmas pistas."

Por fim, o dirigente ainda revelou que a adoção do sistema só não foi feita antes por razões econômicas e ressaltou que, apesar das preocupações, o recurso não vai aumentar os custos para as equipes.

"Nós tomamos cuidado para investigar maneiras de aumentar demais os gastos para os times, porque o nosso compromisso também é apoiar as equipes. O plano de corte de custos posto em prática neste ano vai continuar, então nos certificamos de que não haverá nenhuma elevação dos gastos", concluiu.

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