Coluna Safety-car, por Felipe Giacomelli: Bom para o Brasil

Meio sem querer, a F3 Inglesa pavimentou o caminho rumo à Europa para os jovens pilotos que estão iniciando a carreira aqui no Brasil ao adotar regras semelhantes às da F3 Sul-americana

A F3 Inglesa anunciou no início da semana o calendário da temporada 2014, com sete etapas. Seis disputadas na própria Inglaterra, além de uma já tradicional visita a Spa-Francorchamps. Outras mudanças no campeonato incluem o uso dos motores da FIA que estavam em vigor até este ano (e ficarão defasados no ano que vem) e os dois modelos dos carros da Dallara – o F312 e o F308 – lutando na mesma divisão.

A partir dessa mudança no regulamento dá para dizer que, meio sem querer, a F3 Inglesa pavimentou o caminho rumo à Europa para os jovens pilotos que estão iniciando a carreira aqui no Brasil.

A F3 Inglesa volta a usar o F308 no ano que vem (Foto: F3 Inglesa)

A situação é a seguinte. Como a organização do campeonato vai permitir que o carro F308, até então na National Class, lute pelas vitórias e pelo título na classificação geral, algumas equipes, como a poderosa Carlin, já afirmaram que planejam inscrever apenas esse modelo no ano que vem como uma forma de cortar os custos.

A ideia dos times é atrair pilotos que estejam numa fase intermediária da carreira, que já tenham passado por campeonatos menores como F4 e a F-Renault, mas ainda não se sintam preparados para cair em uma F3 Europeia ou uma GP3, em que os custos são altíssimos e a competitividade é absurda.

Além disso, o F308 é o carro usado pela F3 Sul-americana já há vários anos. Ou seja, para quem começou a correr aqui no Brasil, se optar por competir na Inglaterra no ano que vem, não terá o problema de se adaptar ao equipamento. Pelo contrário. Esses garotos podem até ser beneficiados se aproveitarem as escuderias daqui para treinar e correr sempre que houver uma brecha no calendário britânico. Dá até para fazer um programa duplo, lutando pelo título tanto lá quanto aqui.

Com isso, a velha pergunta de ‘qual o melhor caminho para um piloto que correu na F3 Sul-americana’ pode finalmente ter uma resposta. Aliás, neste ano Felipe Guimarães mostrou que essa é uma opção possível. O piloto radicado em Brasília, que luta pelo título sul-americano, terminou o campeonato inglês em quarto, com duas vitórias. A diferença é que ele andou com o F312, ao contrário do F308 que estará à disposição no ano que vem.

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