Whiting explica decisão de recuar na limitação do uso do rádio: “Algumas equipes teriam séria desvantagem”

Diretor de provas do Mundial de F1, Charlie Whiting disse que times poderiam ser prejudicados devido às configurações que escolheram há um ano atrás. De acordo com inglês, proibição total do rádio é improvável

Impedir que engenheiros e pilotos trocassem mensagens de rádio sobre a performance do carro poderia ter efeitos diferentes em cada equipe. Foi pensando nisso que Charlie Whiting, diretor de provas da F1, se convenceu que era melhor recuar nas medidas que foram anunciadas na última semana e que limitam o uso do rádio nos GPs.

Do GP de Cingapura até o fim do ano, estão proibidos os diálogos que tenham como objetivo interferir no modo como o piloto está guiando o carro. Informações relacionadas ao desempenho do carro e à parte técnica continuam liberadas.

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Whiting disse que alguns times teriam grande desvantagem com proibição do rádio (Foto: Getty Images)

“Ficou claro que algumas equipes teriam séria desvantagem em comparação a outras, não apenas no know-how ou na habilidade de reagir no curto prazo, mas também com as escolhas de hardware que foram feitas um ano atrás”, explicou Whiting, nesta sexta-feira (19), em Cingapura.

“Dois tipos de painel foram colocados à disposição dos times, e um pode mostrar muito mais que o outro. Então, pela justiça, sentimos que seria melhor introduzir a nova medida em dois estágios, e é o que fizemos”, continuou. O mais avançado desses visores é de LED, introduzido recentemente na categoria, que pode ser visto nas câmeras onboard dos carros da McLaren e da Mercedes, por exemplo.

Fiscalizar também não será tarefa extremamente complicada. Whiting disse que oito pessoas já ficam responsáveis por monitorar as conversas nas corridas em uma central. Contudo, será preciso tomar cuidado com mensagens codificadas.

“Eu acho que a lista que os times receberam hoje é bem direta, mas, com uma lista mais complexa, longa, mais técnica, vai haver mais oportunidades. Me foi dito ontem que algo como transferência de óleo é permitido como uma mensagem, e que poderia ser codificada de modo que a transferência de óleo, quando pedida ao piloto na curva 1, pode significar algo diferente de quando pedida na curva 10”, relatou.

“Então vai ser difícil, mas estou bem confiante de que vamos contornar isso”, assegurou.

Whiting ainda descartou a proibição total do rádio dizendo que “não seria bem recebida”. Também acredita que introduzir um rádio padrão não ajudaria. Por fim, disse que a ideia de banir a telemetria dos carros jamais foi posta em pauta.

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