Vettel ressalta melhora do carro da Ferrari, mas lamenta diferença para Mercedes: “É uma má notícia para nós”

Apesar da evolução no desempenho do SF15-T com as atualizações que foram implementadas para o fim de semana do GP da Espanha, Sebastian Vettel se mostrou cabisbaixo com a diferença ainda bastante significativa imposta pela Mercedes nesta sexta-feira em Barcelona

A sexta-feira (8) que abriu o fim de semana do GP da Espanha, quinta etapa da temporada 2015 do Mundial de F1, não foi como a Ferrari esperava. Foram três semanas, desde a corrida no Bahrein, trabalhando duro para melhorar a performance dos carros de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen para tentar emparelhar a luta pelo topo com a Mercedes. Mas bastaram duas sessões de treinos livres no circuito de Barcelona para a esperança ir pelos ares. Sim, a Mercedes ainda está sobrando: pela manhã, Nico Rosberg foi o mais rápido e enfiou 0s9 de frente para Vettel. No período da tarde, foi a vez de Lewis Hamilton liderar. Apesar de reduzir a vantagem, o tetracampeão ficou ainda 0s4 atrás do bólido prateado. Um resultado desolador para Maranello.

“Melhoramos o carro, sim. Embora a diferença tenha sido de 0s4, foi mais se você analisar o dia como um todo. Não comparei os long-runs, mas creio que a diferença ainda está lá. Essa é a má notícia para todos nós”, lastimou o piloto alemão, que marcou 1min27s260 como sua melhor volta no dia, marca que não o agradou.

Sebastian Vettel ressaltou melhora da Ferrari, mas teve de lidar com a Mercedes destruidora em Barcelona (Foto: Beto Issa)

Vettel falou também sobre as condições de pista e a diferença de aderência em relação aos testes de pré-temporada, realizados em fevereiro, em pleno inverno europeu. Agora, com a pista mais quente — a temperatura do asfalto alcançou 50ºC durante a tarde —, os pilotos tiveram de lidar com a falta de aderência com os pneus médios e duros, escolhidos pela Pirelli para o fim de semana.

“Acho que foi bastante tranquilo com os médios sendo os pneus mais rápidos, mas hoje foi um dia meio escorregadio para todos os carros. A aderência parece ser muito baixa, mas nada de anormal, como vimos em outros anos. Geralmente no verão a pista é um pouco mais lenta. Claro que até domingo vai melhorar, mas no geral as condições seguirão as mesmas. Dizem que será um pouco mais frio no domingo e isso talvez possa ajudar”, disse.

“Não fiz a melhor volta hoje, mas acredito que com essas condições é difícil para todo mundo. A diferença entre os dois pneus é muito grande em volta lançada, mas muito menor em long-run. No entanto, quando você anda mais, aí não dá para tirar o máximo da performance dos pneus. Hoje todo mundo escorregou muito, por isso não dá pra ser justo ao analisar as novas peças no carro. Mas o mais importante é que não há nada de errado com elas. Funcionaram conforme o esperado, então podemos trabalhar de forma esperançosa em cima disso”, finalizou Sebastian.

O MAIS VELOZ

Lewis Hamilton não deixou pedra sobre pedra e restabeleceu a ordem natural da F1 em 2015. Horas depois de ter sido batido por Nico Rosberg por 0s070 na realização do primeiro treino livre do GP da Espanha, o bicampeão do mundo mostrou porque é o homem a ser batido na temporada ao dominar a segunda sessão no circuito de Barcelona, na tarde desta sexta-feira (8). Com um ótimo tempo de 1min26s852 usando pneus médios, o britânico não tomou conhecimento dos adversários na pista catalã

DEIXA NO CHINELO

Seis anos depois de deixar a presidência da FIA com a credibilidade em baixa, Max Mosley tem ocupado novamente o noticiário da categoria com propostas de mudanças para solucionar a crise que a F1 enfrenta atualmente. Uma crise que, em 2009, ainda na sua gestão, já começava a se desenhar. E com a qual o atual presidente da entidade, Jean Todt, não vem conseguindo lidar. Para muitos, esta crise é a pior da história de 65 anos do Mundial. Ela não se resume a um ou outro tópico: é generalizada

NA BERLINDA

A Red Bull e a Toro Rosso vão começar o fim de semana, em Barcelona, já preocupadas com suas unidades de potência. As constantes falhas no motor projetado pela Renault colocam as duas — na verdade, dois carros da equipe austríaca e o STR10 de Max Verstappen — na berlinda para as primeiras punições do ano, por conta de um eventual uso do quinto motor. A marca francesa foi a fabricante que mais sofreu com quebras até o momento no Mundial

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