Todt aconselha Marchionne a atuar de forma “calma e pragmática” como presidente da Ferrari

Sergio Marchionne assumiu a presidência da Ferrari dizendo que o time precisa retomar a trajetória de sucesso na F1 “custe o que custar”, mas o ex-chefe da escuderia acredita que a abordagem precisa ser mais cautelosa

Não adianta Sergio Marchionne chegar à Ferrari querendo mudar a situação da equipe da água para o vinho em um estalar de dedos. Jean Todt acredita que a abordagem do novo presidente da Ferrari precisa ser cautelosa e muito bem pensada.

Na segunda-feira passada, Marchionne assumiu o lugar de Luca di Montezemolo na presidência da fábrica de Maranello. E o comandante italiano já declarou que a escuderia precisa voltar ao topo “custe o que custar”.

O lado corporativo da companhia, de propriedade do grupo Fiat-Chrysler, está insatisfeito com os resultados da Ferrari nas pistas. Foi daí que surgiu a decisão de substituir Montezemolo, após 23 anos, por Marchionne, que também é diretor-executivo da Fiat.

Jean Todt foi o homem que montou a Ferrari que dominou a F1 entre 2000 e 2004 (Foto: Ferrari)

Ex-chefe da Ferrari e hoje presidente da FIA, Todt deixou o alerta: na F1, não se muda nada do dia para a noite.

“Que conselho eu daria? Para reagir de forma calma e pragmática. Quando um revés como o de Monza acontece, você precisa lembrar que, naquela altura, Alonso era o único piloto que tinha terminado todas as corridas nos pontos. Lembre-se dos problemas de confiabilidade que tínhamos no começo”, disse o francês em entrevista ao jornal ‘La Gazzetta dello Sport', fazendo referência ao seu início na equipe, na década de 1990.

Sobre Monza, Marchionne disse que o péssimo resultado do GP da Itália fez seu “sangue subir”. O carro de Kimi Räikkönen cruzou a linha de chegada só na nona colocação diante dos tifosi.

Todt, no entanto, se recusou a traçar um paralelo entre os cinco campeonatos que Schumacher disputou com a Ferrari para ser campeão pela primeira vez e os cinco campeonatos de Fernando Alonso com o time, de 2010 para cá.

“A primeira Ferrari de Michael estava muito atrás do nível de competição em comparação à Ferrari de Alonso hoje. Quando eu cheguei, em uma escala de um a dez, estávamos em dois. Em 2009, eles começaram em sete”, afirmou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.