Temporada 2014 da F1 chega ao recesso de verão com grande disputa na Mercedes e surra de Alonso em Räikkönen
Enquanto Nico Rosberg e Lewis Hamilton travam grande batalha na luta pelo título mundial de 2014, Fernando Alonso não vê Kimi Räikkönen no seu retrovisor. Quem também tem boa diferença sobre o companheiro de equipe é Nico Hülkenberg, na Force India
A Mercedes foi a equipe a ser batida nas primeiras 11 corridas de 2014. Nico Rosberg e Lewis Hamilton travam grande batalha pela liderança do campeonato e, apesar da vantagem no placar de posições finais nas corridas, Hamilton perde a primeira posição por 11 pontos, atrapalhado pelo extremamente regular Rosberg, que abandonou apenas uma vez no campeonato. Nas vitórias, quatro a dois para Hamilton, enquanto que, nas classificações, Rosberg leva vantagem.
Atual tetracampeã, a Red Bull viu uma surpreendente primeira metade de Daniel Ricciardo. Buscando se estabelecer como a segunda força da temporada, a equipe austríaca já venceu duas vezes em 2014, ambas com o jovem australiano. Na tabela de classificação, Ricciardo leva 43 pontos de vantagem para Sebastian Vettel, mesmo após perder um segundo lugar na Austrália por desclassificação. Nos treinos classificatórios, equilíbrio, com Vettel perdendo por um.
Oito posições. 88 pontos. A diferença entre Fernando Alonso e Kimi Räikkönen, dois campeões mundiais, é assustadora após as 11 primeiras corridas da temporada 2014. Apesar de um carro considerado malnascido, Alonso aparece em quarto no Mundial de Pilotos com 115 pontos. Na outra extremidade, o finlandês é quem menos pontuou entre os condutores das seis principais equipes do ano, com apenas 27 tentos. Nas classificações, Alonso leva a melhor por nove a dois, enquanto que, nas corridas, a vantagem é ainda maior: o espanhol terminou todas as provas na frente de Räikkönen.
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Impulsionada pelos motores Mercedes e com um chassi que vem tendo muito sucesso, a Williams ainda sonha com o vice-campeonato entre as equipes. No Mundial de Pilotos, Valtteri Bottas é o quinto, em grande ascensão. Enquanto isto, sofrendo com falta de sorte, o brasileiro Felipe Massa é o nono, 55 pontos atrás do finlandês. No ano, o desempenho do piloto do carro #77 é melhor que o do paulista em números gerais, levando vantagem nos treinos classificatórios e nas corridas. O brasleiro abandonou quatro provas após acidentes, ao passo que Bottas viu o motor Mercedes quebrar em sua Williams em Mônaco.
Após um excelente início de campeonato, a Force India perdeu um pouco de rendimento a partir do GP da Áustria. Mesmo assim, até o abandono no GP da Hungria – última etapa disputada – Nico Hülkenberg havia marcado pontos em todas as provas, marca que apenas Fernando Alonso dividia com o alemão. 40 pontos atrás do companheiro no Mundial de Pilotos, Sergio Pérez conseguiu ir para o pódio no GP do Bahrein, atrás apenas da dupla da Mercedes que protagonizou uma grande disputa pela vitória. Em classificações, ampla vantagem para Hülk.
Impossível falar em decepções desta primeira metade do campeonato e não citar a Sauber. Com uma dupla de pilotos que vem colecionando abandonos e um C33 – carro da temporada – que não rende nem perto do que rendeu o monoposto dos últimos anos, o time suíço não marcou nenhum ponto, nem no GP da Austrália, quando os dois chegaram ao fim e apenas 13 pilotos cruzaram a linha final. Além do insucesso, a Sauber ainda vê a Marussia, considerada nanica, na sua frente na tabela, graças ao nono lugar de Jules Bianchi em Mônaco. Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez têm números muito parecidos até aqui, sendo o mexicano prejudicado pela série de punições recebidas antes das provas.
Como nas últimas temporadas, o desempenho da Caterham passa longe de ser aceitável. Marcus Ericsson e Kamui Kobayashi pouco fazem e os abandonos já chegam a nove. Contudo, o sueco aparece mais bem colocado no Mundial de Pilotos, graças ao 11º lugar conquistado no conturbado GP de Mônaco. Kobayashi, por sua vez, aparece na última posição na tabela, tendo dois 13º lugares como melhores resultados em 2014.