TCM pede suspensão, e prefeitura adia abertura dos envelopes de licitação de reforma de Interlagos

Após uma representação apresentada pela construtora e pavimentadora Firpavi, a Secretaria de Obras de São Paulo atendeu uma decisão cautelar do Tribunal de Contas do Município e suspendeu o processo licitatório das obras do autódromo de Interlagos. Retomada do processo depende da entrega e avaliação dos documentos da licitação

A Prefeitura de São Paulo adiou o processo licitatório das obras que serão realizadas no Autódromo de Interlagos. Visando manter a F1 no calendário da cidade, o prefeito Fernando Haddad decidiu realizar as obras necessárias, o que inclui a construção de novos boxes, o recapeamento e a modernização da estrutura do autódromo. 
 
O recebimento dos envelopes estava programado para o dia 7 de agosto, mas a administração municipal publicou na edição da última quarta-feira do Diário Oficial o anúncio da suspensão. Ainda não há uma nova data para o recebimento das propostas. 
Licitação foi adiada para que TCM possa verificar a documentação (Foto: Lotus/LAT Photographic)
O processo suspenso compreende a execução de obras e serviços das edificações dos novos boxes, adequações geométricas, recapeamento da pista, e obras de requalificação e modernização da infraestrutura do autódromo.
 
A suspensão do processo licitatório é resultado de uma decisão cautelar tomada pelo conselheiro corregedor do Tribunal de Contas do Município, Eurípedes Sales. O TCM pediu a suspensão do processo licitatório após o recebimento de uma representação apresentada pela construtora e pavimentadora Firpavi, que alegava possíveis irregularidades no pregão, que poderiam causar danos aos cofres públicos.  
 
Em contato com o GRANDE PRÊMIO, a assessoria de imprensa do TCM informou que trata-se de uma ação normal, que não significa que exista de fato alguma irregularidade no processo. Como a representação da empresa chegou às vésperas da abertura dos envelopes, o procedimento precisou ser paralisado para que a documentação da licitação pudesse ser checada. 
 
“A retomada da concorrência depende agora das informações prestadas pela Prefeitura, por meio da SPObras, e da análise mais detalhada desses dados por parte do corpo técnico e jurídico do Tribunal de Contas do Município de São Paulo”, explicou o TCM em nota ao GP.
 
A edição 40 da REVISTA WARM UP trouxe os detalhes das obras que serão executadas no circuito paulistano em uma tentativa de manter a F1. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 160 milhões. 
 
Apesar do adiamento do processo, a prefeitura da capital descartou o atraso nas obras. Falando ao GRANDE PRÊMIO, a assessoria de imprensa do gabinete da vice-prefeita, Nádia Campeão, informou que as obras no autódromo têm um prazo elástico e, por isso, não há preocupação em relação ao atraso nos trabalhos. 
 
Na semana passada, o Ministério do Turismo anunciou que recursos do PAC do Turismo serão utilizados na obra. A pasta vai destinar R$ 260 milhões ao município, dos quais R$ 160 milhões serão destinados ao circuito. 
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