Smedley se diz surpreso com Williams “talvez nove meses à frente” do planejado e traça meta de fechar ano com vice

Trabalhando na Williams desde abril, Rob Smedley admitiu que acreditava que a Williams estaria lutando na posição que está apenas no início do ano que vem: “Mas é um problema bom de se ter, para falar de verdade”

O terceiro pódio consecutivo na temporada 2014 da F1 deixa Rob Smedley muito contente e também surpreso pelo desempenho da Williams ao término da primeira metade do campeonato. O engenheiro-chefe do time admitiu que não esperava contar com um carro tão bom a essa altura apesar dos recursos que, logo de cara, viu que a equipe possuía. E a injeção de ânimo que foi fruto da pole-position de Felipe Massa na Áustria e dos pódios de Valtteri Bottas nas últimas provas já faz o inglês colocar como meta a conquista do vice-campeonato do Mundial de Construtores.

Ex-engenheiro de Massa na Ferrari, Smedley foi contratado para assumir o comando da engenharia e é ele quem vem tomando conta do trabalho de pista da equipe nos finais de semana de corrida.

Com o segundo lugar de Bottas na Alemanha, o time ultrapassou a Ferrari e assumiu a terceira colocação na tabela de pontuação.

“Quando tive o primeiro contato com a equipe, ficou muito claro que esta era uma equipe que possuía recursos suficientes, orçamento, tudo que é necessário, para voltar ao lugar que deveria ocupar. Eu não esperava que fosse tão rápido, por isso esse desempenho é um pouco surpreendente, mas é um problema bom de se ter, para falar a verdade. Prefiro que seja assim a levar três anos a mais do que esperávamos para ver o carro competitivo”, declarou Smedley.

“Estamos provavelmente seis meses, talvez nove meses à frente de onde eu achava que estaríamos”, quantificou.

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Rob Smedley está impressionado com o bom desempenho apresentado pela Williams (Foto: Glenn Dunbar/Williams)

Smedley exaltou o trabalho intenso nos bastidores para corrigir as falhas do FW36 e lembrou que o crescimento notado até o momento é apenas parte de um projeto maior. “Não acho que temos o segundo carro mais rápido do grid por acidente. Eu não acho que estamos em terceiro no campeonato por acidente. A principal coisa é que temos de continuar desenvolvendo o carro e temos de manter essa performance das últimas corridas”, comentou.

“Nós não temos que parar. A ambição desta equipe é vencer o Mundial em algum momento, e isso significa que temos de bater equipes como a Ferrari, a Red Bull e também como a Mercedes. Eles todos são a nossa meta e vamos atrás deles”, cravou.

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Cumprir esse primeiro objetivo, de fechar o Mundial de 2014 na segunda colocação, contudo, não vai ser fácil — e vai exigir que Massa enfim consiga levar bons pontos para a fábrica de Grove a cada prova, superando a "falta de sorte", que é como o próprio Smedley define o momento do seu piloto mais experiente. A Red Bull, que tem pontuado com frequência com Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, tem 67 tentos de vantagem a nove etapas do fim do ano.

A Williams viaja com cautela para a Hungria porque se acredita que, em um circuito, de baixa média de velocidade, a Red Bull possa se comportar melhor. Mesmo assim, Smedley está confiante e já mira também a sequência do campeonato e os GPs da Bélgica e de Monza, onde a boa velocidade de reta do FW36 deve representar uma vantagem em relação às concorrentes diretas.

“Eu acho que agora perseguir a Red Bull deve ser a nossa meta, sim. Com o quão bom o carro é no momento, rápido, vindo de grande trabalho de desenvolvimento, é impressionante, realmente. Acho que vamos dar um passo importante em Budapeste, depois vamos para Spa e Monza, que são circuitos que realmente são melhores, que se adaptam melhor ao nosso carro, então não vejo razão para não crer nisso”, analisou.

11ª etapa do Mundial de F1, o GP da Hungria acontece neste domingo (27).

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