Sete equipes do grid não podem pagar por novos motores turbo e geram tensão na F1, revela jornal

De acordo com o diário alemão ‘Bild’, apenas Ferrari, Mercedes, McLaren e Red Bull têm condições financeiras de dispor dos novos motores turbo V6 de 1,6 L que a F1 adotará a partir de 2014

Prestes a viver uma revolução técnica com a adoção dos novos motores V6 de 1,6 L a partir de 2014, a F1 passa hoje por um momento de tensão. De acordo com o diário alemão ‘Bild’, sete das 11 equipes do grid não podem pagar pelos novos propulsores turbo, deixando a categoria em estado de alerta. Tudo por conta de uma regra válida também a partir do ano que vem, que desobriga as montadoras a venderem seus motores por um valor-limite, estipulado em cerca de R$ 15 milhões, gerando uma alta desenfreada nos custos da categoria.

A reportagem do tabloide germânico diz que apenas as grandes equipes do grid, ou seja, Ferrari, Mercedes, McLaren e Red Bull, têm condições de arcar com os custos que o novo motor turbo vai proporcionar. Ferrari e Mercedes porque são as próprias construtoras dos propulsores. A Red Bull é considerada a equipe oficial da Renault, enquanto a McLaren vai para seu 20º ano de casamento com a Mercedes antes de voltar para a Honda, em 2015.
Quer pagar quanto? Para o 'Bild', o novo motor da Renault sai por R$ 60 milhões (Foto: Divulgação)
Em site oficial, Ferrari alfineta Red Bull por críticas constantes aos pneus

Mas as outras equipes vivem grande momento de indefinição. Segundo o jornalista Helmut Uhl, correspondente do ‘Bild’ na F1, “ainda em Barcelona, você podia sentir algo estranho, uma tensão invisível”, descreveu.


O grupo que compõe as clientes da Renault, como Williams, Caterham e até mesmo a vitoriosa Lotus, não têm condições de bancar o valor exigido pela fornecedora francesa, que é, de acordo com a reportagem, de € 23 milhões (R$ 60 milhões). Nem mesmo a Toro Rosso, satélite da Red Bull e que pretende deixar a Ferrari e contar com os motores Renault, dispõe de tal quantia.

A Mercedes, além de fornecer para sua própria equipe e também para a McLaren, já renovou seu contrato e seguirá como parceira da Force India na era turbo. Entretanto, a escuderia de Vijay Mallya também tem dificuldades para pagar o valor exigido pela montadora alemã, que foi reduzido e hoje está estimado entre € 18 milhões e € 20 milhões (ou entre R$ 47 e R$ 52 mi). 

Por sua vez, a Ferrari é a fornecedora que cobra ‘mais barato’ por seus motores. Mas a Sauber e a Marussia, que deixará de contar com os propulsores da Cosworth e negocia com os italianos, têm um alto custo pela frente: € 15 milhões (R$ 39,16 mi) para terem à disposição os motores feitos em Maranello.
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