Sem patrocínio, corrida em Nova Jersey deixa de novo calendário e permite volta da Áustria em 2014

O risco de novo calote dos promotores de Nova Jersey fez com que Bernie Ecclestone optasse pela garantia dos ‘energeticodólares’ da Red Bull e permitisse o retorno da Áustria no calendário da F1 em 2014

AO VIVO: os bastidores do GP da Hungria em Hungaroring
As imagens desta quinta-feira da F1 em Hungaroring
A cobertura 'in loco' do GP da Hungria no GRANDE PRÊMIO
Automobilismo na TV: a programação do fim de semana

Ainda não é em 2014 que o planejado GP às margens do Rio Hudson vai acontecer – e talvez nunca aconteça. A volta surpreendente e repentina da Áustria ao seleto grupo da F1 se deve, segundo apurou o GRANDE PRÊMIO, à ausência de garantias dos promotores do GP da América em tocar a corrida que já criou um vazio no calendário desta temporada. Em palavras mais reais e puras, Nova Jersey não tem dinheiro. E para Bernie Ecclestone, isso é ponto e basta.

 
Até o mês passado, as notícias apontavam que Leo Hindery, o ex-piloto e promotor da prova, asseverava que havia chegado a um acordo de 15 anos com Ecclestone, que os ingressos custariam em média US$ 563 (aproximadamente R$ 1.250), que os trabalhos para construção do paddock estavam quase concluídos e que Chris Pook (ex-Cart) estava junto no negócio. Mas a entrada repentina de Zeltweg/Red Bull Ring na jogada levantou a lebre de que alguma coisa havia acontecido com alguma das demais corridas.
 
O acordo do grupo de Dietrich Mateschitz com Ecclestone foi costurado e logo assinado no fim de semana do GP da Alemanha, início de julho. Duas semanas depois, foi anunciado. A Red Bull vai bancar a prova. Dinheiro não lhe falta, e levar a F1 para sua casa, 11 anos depois da última aparição, é mostrar que seu poderio vai além de bancar duas equipes. Pois foi este o apoio com que Hindery esperava contar.
David Coulthard fez uma demonstração recente nas ruas de Nova Jersey. Foi só (Foto: Red Bull/Getty Images)
O empresário se recusou a receber um centavo sequer oriundo do governador Chris Christie ou de outra esfera pública. Justo, só que precisava de 100 milhões de dinheiros locais da iniciativa privada. A única empresa que apareceu interessada em pagar a quantia que passa dos 222 milhões de tutus brasileiros foi o banco de investimento suíço UBS, antigo patrocinador da F1. Mas Ecclestone já havia visto que a vaca americana estava deitando com o passar do tempo e, com o histórico do cambau desta temporada, que deixou uma lacuna, preferiu a segurança dos ‘energeticodólares’ dos touros.
 
A saída de NJ ajuda a explicar a primeira parte do dilema matemático do calendário da F1, que tinha 22 etapas batalhando pelos 20 lugares definidos por Bernie — as 19 deste ano mais Áustria, Rússia e a americana. A maior candidata a subir no telhado é a Coreia, que não rende dinheiro nem público, e fica no fim do mundo, virando à esquerda. Índia e China também não têm uma situação das mais confortáveis. No fim das contas, estão só menos pior que a situação de Nova Jersey, que passa a correr contra o escasso tempo para conseguir o que precisa e tirar um dos cachorros quase agonizantes da rota do Mundial.

O GRANDE PRÊMIO tentou contato com Hindery, sem sucesso.

GRANDE PRÊMIO acompanha ‘in loco’ o GP da Hungria, direto do circuito de Hungaroring neste final de semana, com o repórter Renan do Couto. Acompanhe o noticiário completo aqui.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.