Sem conseguir negociar venda, Marussia fecha portas, demite funcionários e encerra ciclo na F1

Marussia resolveu capitular das tentativas de encontrar investidores e soluções para retomar atividades naturais. Assim, equipe chega ao fim da linha e encerra sua história na categoria

As negociações da Marussia para conseguir voltar à pista encerraram. Diferente da Caterham, confiante de que estará de volta para o GP de Abu Dhabi, a Marussia entregou os pontos numa temporada que chegou a parecer positiva, mas chega ao fim de forma melancólica. Dessa forma, todos os cerca de 200 funcionários foram dispensados. É o fim da linha para o time que já não esteve no GP dos Estados Unidos e não está no GP do Brasil deste final de semana.
 
Quando Jules Bianchi terminou o GP de Mônaco na nona colocação, marcando os dois primeiros pontos de uma história de irrelevância praticamente total na F1, parecia a equação para crescer ao menos um passo no futuro. Mas a crise financeira começou a expandir e, embora a Marussia tenha tentado fugir de ser engolida pelo buraco negro de dívidas que a perseguiam, pareceu impossível especialmente após o acidente de Bianchi no GP do Japão. Os dois tentos do francês, que colocam o time no nono lugar no Mundial, da nada valerão.
Marussia encerrou atividades (Foto: Getty Images)
A equipe, incapaz de quitar as dívidas, passou o comando para administradores legais em 27 de outubro. E dessa forma ainda tentava encontrar investidores para sair do buraco, mas resolveu capitular.
"Não é necessário dizer que é lamentável que uma empresa com tantos seguidores na Grã-Bretanha e no automobilismo mundial tenha encerrado negociações e fechado as portas. Embora o time tenha feito um progresso significativo durante um período relativamente curto de tempo, operar uma equipe da F1 exige investimento significante e contínuo", disse Geoff Rowley, um dos administradores legais da equipe.
 
"O grupo foi colocado em administração legal após não conseguir os fundos necesários para se manter, e o processo de administração legal deu uma moratória para permitir tentativas de assegurar uma solução de longo prazo para a companhia em um espaço bastante limitado. Infelizmente, nenhuma solução pôde ser atingida", seguiu.
 
"Gostaríamos de agradecer o staff por todo o trabalho. Como uma junta de administradores, nosso foco imediato será assistir os trabalhadores que perderam seus empregos e dá-los o suporte necessário para que recebam a indenização. O time não vai participar das corridas em São Paulo e Abu Dhabi. A junta de administradores vai continuar seus deveres estatutários para auditorar os ativos da empresa nos melhores interesses de todos os credores", encerrou.

Em três anos de história após comprar o time Virgin de Richard Branson, a Marussia usou motores Cosworth e Ferrari mas sem qualquer diferença real de desempenho. As dificuldades em se manter no grid sempre se sobrepuseram aos resultados.

Num prisma ainda mais pessimista, a história da equipe de Graeme Lowdon acaba e entra para a história da categoria como o time a trazer de volta ao mundo da F1 o medo da morte. Os acidentes de María de Villota numa demonstração na Inglaterra em 2012, que um ano depois resultaria em sua morte, e o de Bianchi, que segue em estado crítico num hospital japonês, fizeram o maior pavor do automobilismo estar de novo em pauta. o que desde 1994 não acontecia.

No fim das contas, é a Marussia a primeira vítima fatal da crise que assola a F1 e da qual ainda não se sabe quem se salvará e quem irá perecer. 

O MEDO DE VOLTA À F1

A luta de Jules Bianchi pela vida no Japão traz à tona os riscos da F1 e reacende as discussões para melhoria da segurança, mas deixa no ar uma sensação de dúvida e suspeita compartilhada pela mãe do piloto e por médicos ouvidos pela REVISTA WARM UP.

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A reportagem completa está na REVISTA WARM UP.

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