Ricciardo resiste a perda de potência, vence no GP 250 da Red Bull na F1 e finalmente tem dívida paga com Mônaco
Foi com uma boa dose de drama, mas Daniel Ricciardo finalmente teve seu acerto de contas com Mônaco. O australiano resistiu à pressão de Sebastian Vettel e também à perda de potência do motor Renault e venceu pela segunda vez na temporada, a primeira no Principado, fechando com chave de ouro um histórico GP 250 para a Red Bull. No outro oposto do grid, a Williams viveu um dia de Minardi
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Foi no peito, na raça e com uma boa dose de drama. Mas dois anos depois de ver a perdida a grande chance de vencer em GP de Mônaco por conta de uma falha da Red Bull no pit-stop, finalmente Daniel Ricciardo teve seu acerto de contas com o Principado na tarde deste domingo (27). Com uma pilotagem soberba, o australiano liderou do início ao fim, mas nem por isso teve vida fácil. Sobretudo por conta de um problema com a perda de potência do seu motor Renault, o que levou Sebastian Vettel a impor forte pressão durante boa parte da corrida. Mas Ricciardo foi quem sorriu muito no fim e pode comemorar sua segunda vitória na temporada depois de dias de perfeição, fechando com chave de ouro o fim de semana do GP 250 da história da Red Bull na F1.
E se a Red Bull viveu um fim de semana glorioso e dominante, a Williams teve um domingo de Minardi. A equipe de tantas vitórias e títulos na F1 falhou antes mesmo da largada com Sergey Sirotkin e viu seus dois carros nas duas últimas posições durante toda a corrida em Monte Carlo. Um retrato triste de quem um dia foi a senhora suprema do esporte.
Vettel bem que tentou vencer pela segunda vez seguida em Mônaco, mas cruzou a linha de chegada pouco atrás de Ricciardo, voltando a terminar uma prova à frente do seu grande rival na luta pelo título, Lewis Hamilton. O piloto da Mercedes travou um verdadeiro xadrez verbal com a Mercedes por considerar que era preciso fazer uma segunda parada para troca de pneus por se queixar da perormance dos ultramacios no segundo stint. Mas a equipe o manteve na pista em decisão que se mostrou acertada e que, no fim das contas, rendeu o último degrau no pódio mesmo na esteira de uma corrida bastante discreta.
Kimi Räikkönen fez uma corrida bastante discreta e terminou na quarta colocação, pouco à frente do compatriota Valtteri Bottas. Esteban Ocon, na esteira de um belo fim de semana, foi o sexto colocado, seguido por outro piloto de grande performance em Mônaco, Pierre Gasly. Nico Hülkenberg foi o oitavo e terminou à frente de Max Verstappen, que saiu de último para terminar em nono. Carlos Sainz fechou o top-10, enquanto Fernando Alonso abandonou pela primeira vez na temporada por conta de problemas no câmbio.
A próxima etapa da temporada 2018 da F1 está marcada para os dias 8 a 10 de junho com o clássico GP do Canadá, disputado no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal.
Saiba como foi o GP de Mônaco de F1
Pouco antes da largada, a Williams se atrapalhou e cometeu uma irregularidade e erro amador ao não colocar os pneus no carro de Sergey Sirotkin no limite de três minutos para a volta de apresentação. O russo, que tinha largado em 13º, ficou ameaçado de sofrer punição pela direção de prova, o que acabou se confirmando com nove minutos de corrida. Sirotkin teve de cumprir um stop & go.
O início da prova oi razoavelmente tranquilo, com Daniel Ricciardo mantendo a dianteira sem muitos problemas. No extremo oposto do grid, Max Verstappen já ganhava as posições das Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen e subia para 18º. O holandês veio com estratégia diferente da maioria dos seus oponentes e largou com os pneus ultramacios.
A pista estava seca em Mônaco, apesar da garoa que havia dado as caras na região do circuito cerca de uma hora antes da largada. O céu, contudo, estava nublado, e a chuva ainda seguia como ameaça durante a prova. Ricciardo controlava uma ligeira vantagem de 1s3 para Vettel após cinco voltas, com Hamilton vindo em terceiro, mas reclamando de um carro "muito lento". E Verstappen, no fim do pelotão, começava a abrir caminho ao passar também Marcus Ericsson.
Com 11 voltas de corrida, Lance Stroll tinha o pneu dianteiro esquerdo furado. O canadense logo foi aos boxes da Williams e fez a troca não apenas do pneu, mas também da asa dianteira. Péssimo começo de corrida para a Williams, belo início para Verstappen, que já ocupava a 14ª posição.
Uma volta depois, Hamilton mudou a estratégia e antecipou seu pit-stop, com a Mercedes calçando pneus ultramacios para ir até o fim. Lewis voltou em sexto, atrás de Esteban Ocon, mas conseguiu fazer a ultrapassagem sobre a Force India na saída do túnel. Na abertura da volta 17, foi a vez de Vettel fazer sua parada. Repetindo a Mercedes, a Ferrari também trocou os hipermacios pelos ultramacios no carro do tetracampeão do mundo.
Em seguida, foi a vez de Ricciardo parar para trocar os pneus. Diferente do que foi em 2016, desta vez a Red Bull não vacilou e fez um belo trabalho nos boxes. Daniel manteve a dianteira e tinha ultramacios para ir até o fim. No entanto, a equipe taurina estava no 'escuro', já que sequer chegou a andar com os pneus roxos no fim de semana.
Verstappen continuava crescendo na corrida e alcançava a zona de pontuação, ainda na esteira dos pit-stops dos adversários. Era um dos grandes nomes de uma corrida bastante morna e sem muitas manobras de ultrapassagem. O top-5 seguia inalterado com Ricciardo na ponta, seguido por Vettel, Hamilton (que não tinha a melhor performance), Räikkönen e Valtteri Bottas, que vinha com estratégia diferente no seu segundo stint e estava com os pneus supermacios.
A vantagem de Ricciardo virou pó. O australiano apontou perda de potência do motor Renault e permitiu a aproximação de Vettel. "Você tem problemas, sabemos o que é. Mantenha o foco", pedia a Red Bull a Daniel via rádio. E o australiano respondeu na pista, conseguindo se manter, na raça, à frente de Vettel.
As conversas no rádio de Ricciardo continuavam. "Vai dar para melhorar?", perguntou o piloto, que recebeu uma resposta negativa da equipe taurina. E a Ferrari informava Vettel que Daniel seguia com problemas. A diferença entre os dois era de pouco menos de 1s com 33 voltas completadas.
Pouco mais atrás, Pierre Gasly fazia brilhante corrida e esticava ao máximo seu stint com os pneus hipermacios até mais de metade da corrida para fazer o pit-stop quando estava em sexto lugar. A Toro Rosso calçou seu carro #10 com os supermacios para ir até o fim. Quem se queixava dos pneus era Hamilton, mas a Mercedes viu que seu carro tinha ritmo até para chegar em Vettel e o manteve na pista. Com 44 voltas, os três primeiros estavam separados por cerca de apenas 3s.
Verstappen era o nono quando finalmente fez seu pit-stop, com a Red Bull trocando os ultramacios pelos pneus hipermacios. Assim, o único ainda com pit-stop pendente era Nico Hülkenberg, que aparecia em sexto com a Renault. Quando finalmente trocou pneus, o alemão voltou em décimo, que virou nono lugar depois que Fernando Alonso abandonou por conta de problemas no câmbio da sua McLaren. Foi a primeira vez na temporada que o bicampeão não completou uma prova.
Verstappen continuava dando show na pista e fazia espetacular ultrapassagem sobre o ex-colega de Toro Rosso Carlos Sainz, por fora, na chicane do Porto, ganhando a nona posição da prova. Max era um dos grandes nomes da disputa, assim como Esteban Ocon em sexto e Pierre Gasly logo atrás, na sétima posição. E Ricciardo, no braço, continuava à frente de Vettel com 18 voltas para o fim da corrida.
Além da briga pela ponta, com Vettel sempre perto de Ricciardo, a batalha pelo sétimo lugar também chamava a atenção, com Gasly liderando o pelotão à frente de Hülkenberg e Verstappen. Ocon também fazia bela prova e tinha melhor performance dos pneus, o bastante para fazê-lo encostar de vez em Bottas, que já não tinha o melhor rendimento com os supermacios.
Com seis voltas para o fim, Charles Leclerc, piloto da casa, perdeu o freio da sua Sauber na saída do túnel e não conseguiu evitar a pancada na traseira da Toro Rosso de Brendon Hartley. A direção de prova acionou o safety-car virtual para tentar limpar os detritos da pista espalhados, principalmente na saída da chicane do porto. O VSC durou pouco tempo e, tão logo a bandeira verde foi acionada novamente, Ricciardo abriu vantagem para Vettel — que cochilou na relargada — e partiu para uma vitória consagradora em Monte Carlo.
#GALERIA(8418)
F1 2018, GP de Mônaco, Monte Carlo, final:
1 | 3 | Daniel RICCIARDO | AUS | Red Bull Tag Heuer | +78 voltas | ||
2 | 5 | Sebastian VETTEL | ALE | Ferrari | +7.336 | ||
3 | 44 | Lewis HAMILTON | ING | Mercedes | +17.013 | ||
4 | 7 | Kimi RÄIKKÖNEN | FIN | Ferrari | +18.127 | ||
5 | 77 | Valtteri BOTTAS | FIN | Mercedes | +18.822 | ||
6 | 31 | Esteban OCON | FRA | Force India Mercedes | +23.667 | ||
7 | 10 | Pierre GASLY | FRA | Toro Rosso Honda | +24.331 | ||
8 | 27 | Nico HÜLKENBERG | ALE | Renault | +24.839 | ||
9 | 33 | Max VERSTAPPEN | HOL | Red Bull Tag Heuer | +25.317 | ||
10 | 55 | Carlos SAINZ JR | ESP | Renault | +1:09.013 | ||
11 | 9 | Marcus ERICSSON | SUE | Sauber Ferrari | +1:09.864 | ||
12 | 11 | Sergio PÉREZ | MEX | Force India Mercedes | +1:10.461 | ||
13 | 20 | Kevin MAGNUSSEN | DIN | Haas Ferrari | +1:14.823 | ||
14 | 2 | Stoffel VANDOORNE | BEL | McLaren Renault | +1 volta | ||
15 | 8 | Romain GROSJEAN | FRA | Haas Ferrari | +1 volta | ||
16 | 35 | Sergey SIROTKIN | RUS | Williams Mercedes | +1 volta | ||
17 | 18 | Lance STROLL | CAN | Williams Mercedes | +2 voltas | ||
18 | 28 | Brendon HARTLEY | NZL | Toro Rosso Honda | +8 voltas | NC | |
19 | 16 | Charles LECLERC | MCO | Sauber Ferrari | +8 voltas | NC | |
20 | 14 | Fernando ALONSO | ESP | McLaren Renault | +26 voltas | NC |
CASTRONEVES SENTE FALTA DA INDY E MERECE ESTAR NO GRID
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