Red Bull se fortalece, Mercedes tem sobra e Ferrari vem na miúda. Mas questão principal no Canadá está nos pneus

A Red Bull se colocou forte e até foi uma surpresa nesta sexta-feira (5). Mas a Mercedes segue com um ritmo bem consistente, embora não tenha andado com os hipermacios. Já a Ferrari, como costuma acontecer nos primeiros treinos livres, ainda não disse a que veio. Só que o ponto decisivo do GP do Canadá está nos pneus e no melhor gerenciamento de cada um dos compostos entregues pela Pirelli

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Max Verstappen desembarcou no Canadá tendo de responder sobre a séries de acidentes e incidentes em que esteve envolvido ao longo das primeiras seis etapas da temporada. O holandês se disse cansado de falar sobre o assunto e de ser constantemente questionado sobre seu estilo de pilotagem, chegando a ameaçar uma cabeçada no próximo que perguntasse. E foi assim que o fim de semana de Max começou em Montreal, mas o jovem acabou por responder às críticas cravando o melhor tempo de uma interessante sexta-feira no circuito Gilles Villeneuve

 
Só que para entender um pouco do que aconteceu hoje na ilha de Notre-Dame é preciso antes de tudo saber que a Pirelli decidiu levar para a etapa canadense o seu conjunto de pneus mais macios. Ou seja, os supermacios (vermelhos), os ultramacios (roxos) e os hipermacios (rosas). Também é importante levar em conta que a Mercedes, atual líder do campeonato, ainda tem sérias dificuldades com os compostos mais moles, especialmente a gama de cor rosa. E que suas rivais, Red Bull e Ferrari, não enfrentam o mesmo problema. Por isso, a sexta-feira começou com a expectativa de uma liderança das adversárias. Foi quase isso. Mas o cenário se mostra ainda mais instigante.
 
Como dito, Verstappen cravou o melhor tempo do dia em 1min12s198. A marca veio em uma volta velocíssima com um jogo novinho de hipermacios. A segunda posição da tabela ficou nas mãos de Kimi Räikkönen, que viveu duas sessões mais produtivas que seu companheiro de Ferrari. Bem, o finlandês foi apenas 0s130 mais lento que o jovem piloto da Red Bull. Assim como Max, Kimi também fez bom uso dos hipers. Daí um desempenho tão consistente. 
Max Verstappen foi o mais veloz do dia (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
Na simulação de corrida, o #33 ainda preferiu focar nos hipermacios. Calçado com eles, a média de volta ficou em 1min16s6. E ao contrário do que aconteceu em outras equipes, a Red Bull não experimentou uma grande degradação dos compostos. Räikkönen também não. E, em ritmo de corrida, mas usando os ultramacios, o finlandês foi só 0s1 mais lento que o líder do dia, o que já começa a deixar a imagem mais nítida do ponto de vista da estratégia.
 
Daniel Ricciardo, terceiro mais veloz, se colocou ali depois de perder um bom tempo nos boxes por causa de uma falha na unidade de potência. O australiano também se concentrou nos hipermacios. Mas acha que a Mercedes é a equipe favorita neste momento. E o #3 tem lá sua razão.
 
A questão é que os carros prateados se mostraram muito fortes com os compostos ultramacios e supermacios – especialmente com os primeiros. O ritmo foi constante e sem grave desgaste. Dono do quarto melhor tempo, Lewis Hamilton foi em média dois décimos mais rápido que Max em desempenho de corrida e 0s3 melhor que os ferraristas. A esquadra, porém, não andou em nenhum momento com os hipermacios. Isso porque também levou poucos jogos para Montreal. Ao contrário das duas rivais, que optaram por oito conjuntos dos compostos de cor rosa, a Mercedes preferiu apenas cinco. Isso quer dizer que o time só deve utilizar esse pneu no fim do terceiro treino livre deste sábado, como forma de se preparar para a classificação da tarde.
Lewis Hamilton ainda está em vantagem (Foto: Mercedes)
No meio disso tudo está Sebastian Vettel. O alemão permaneceu nos boxes da Ferrari durante grande parte do TL2 por conta de uma mudança no acerto. Quando foi à pista, usou os hipermacios, mas se concentrou também no ritmo de prova. O tetracampeão foi apenas o quarto e acha que a escuderia vermelha ainda tem um longo caminho para se colocar na briga pela pole/vitória. 
 
Só que a Ferrari apenas seguiu aquilo que parece ter virado um padrão: a equipe escondeu um pouco o jogo, mas deve surgir mais forte no sábado, assim como a Mercedes, que também segurou a performance e vem tratando tudo de forma cautelosa, já que, claramente, está em uma estratégia diferente.
 
Assim, a classificação deve dar um tom daquilo que pode acontecer na corrida. O alto desgaste do hipermacio é um problema para alguns, não todos. E a Mercedes tem nítida apreensão com eles. Mas o que fazer? A prova parece se encaminhar para duas paradas. Uma tática diferente talvez seria usar os ultramacios na segunda fase da definição do grid – e isso pode muito acontecer com os carros prateados. Mas será que alguém mais pode tentar? Então, o que se tem é uma disputa em que a escolha e o melhor desempenho da borracha serão decisivos.
Sebastian Vettel perdeu muito tempo nos boxes (Foto: Ferrari)
A Red Bull, sem dúvida, vai enfrentar uma concorrência mais forte amanhã, quando Mercedes e Ferrari devem aparecer melhor. Mas a equipe austríaca ainda pode se dar ao luxo de adotar uma postura mais agressiva, enquanto suas rivais têm mais a perder.

A F1 volta neste sábado, a partir das 12h (de Brasília), para o terceiro e último treino livre no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

 
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