Realista, Alonso entrega os pontos e atribui chance de título à sorte: "Não há nada que possamos fazer"

60 pontos atrás do líder Sebastian Vettel após vitória do alemão em Cingapura, espanhol, enfim, admite que Ferrari não fez um bom trabalho em 2013 e sentencia: "Não precisamos de sorte na Coreia. Precisamos de sorte na Coreia, no Japão, na Índia, em Abu Dhabi..."


Fernando Alonso, aparentemente, jogou a toalha. O espanhol, vice-líder do campeonato praticamente desde seu início, vê a Ferrari cada vez mais distante da Red Bull e, após o GP de Cingapura, 13ª etapa da temporada 2013 da F1, ficou 60 pontos atrás do líder Sebastian Vettel, que triunfou pela sétima vez no ano nas ruas de Marina Bay.
 
Restando seis provas para o fim do campeonato, a situação do bicampeão em sua luta pelo tricampeonato é quase irreversível. Vivendo a rotina de uma equipe que ostenta tradição mas se perde na tentativa de construir carros e estratégias à altura do talento de seu primeiro piloto, Fernando ainda assiste à sincronia quase perfeita no trabalho conjunto entre o rival alemão e o jovem time dos energéticos – ambos caminhando para o quarto título mundial consecutivo, tanto de Pilotos quanto de Construtores.
 
Ciente da realidade, Alonso admitiu que, definitivamente, para ser campeão nesta temporada, depende do sobrenatural. "Obviamente, temos que ser realistas. A diferença ainda está crescendo a cada fim de semana e, agora, são 60 pontos. Então, precisamos ser honestos com nós mesmos", disse o ferrarista logo após a etapa em Cingapura.
 
"Não precisamos de sorte na Coreia: precisamos de sorte na Coreia, no Japão, na Índia, em Abu Dhabi… Precisamos de sorte em todos os finais de semana se estivermos um segundo longe deles. Precisamos de muita sorte", reconheceu Alonso, resignado. "Por outro lado, somos oponentes incômodos, eu acho, porque se tivermos sorte, estaremos lá."
Alonso acenando insatisfeito, Vettel mandando beijo para as inimigas (Foto: Paul Gilham/Getty Images)
"É muito difícil. Nada mudou muito nas últimas duas ou três corridas. Temos uma grande desvantagem nos pontos e, na performance, há uma grande diferença", admitiu.
 
"Vimos, novamente, [Mark] Webber parado na última volta. Se isso acontecer com Sebastian em um fim de semana, temos que estar lá, no segundo lugar. Se não pudermos vencer a corrida, precisamos estar logo atrás para tentar levar alguma oportunidade, mas, sendo realistas, sabemos que precisamos de muita, muita sorte."
 
Alonso também fez elogios à Red Bull, ainda que indiretamente. "Bem, como eu disse, não há nada que possamos fazer. Obviamente, tentamos nosso melhor, estamos tentando melhorar o carro a cada corrida e estamos fazendo isso, mas não é suficiente comparado a nossos adversários. Eles estão fazendo um trabalho melhor que o nosso, são fantásticos a cada fim de semana. Estão vencendo e merecendo estas vitórias."
 
"Isso é um esporte, alguém sempre tem que vencer e o melhor vencerá, e nós não somos os melhores neste momento, mas seguiremos trabalhando", encerrou, tristonho.
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