Prévia: F1 desbrava fronteiras e vai ao Azerbaijão para novo GP da Europa

Baku, a capital do Azerbaijão, a chamada ‘Terra do Fogo’, recebe pela primeira vez na história o Mundial de F1. Desta vez, a disputa entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton pelo título e pela vitória fica em segundo plano. A maior atração do fim de semana será justamente o peculiar circuito de rua, que traz uma perspectiva de emoção e imprevisibilidade para o GP da Europa

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A grande novidade apresentada pela F1 na temporada 2016 é a inclusão de Baku, capital do Azerbaijão, no calendário como palco do GP da Europa, oitava etapa do campeonato, que acontece no próximo domingo (19). Às margens do Mar Cáspio, a principal cidade azeri tem um contraste entre o moderno e o medieval, proporcionando aos espectadores (que devem ser poucos, apenas 30 mil) e aos fãs da F1 ao redor do mundo a chance de presenciar imagens memoráveis. Será o 32º destino do Mundial em toda a história do esporte que, cada vez mais, se rende aos petrodólares para sobreviver, deixando de lado a tradição de circuitos como Estoril, Ímola, Paul Ricard e Nürburgring.
 
A última vez que o GP da Europa aconteceu foi em 2012. Naquela oportunidade, a prova foi realizada também no litoral, mas às margens do Mediterrâneo, na belíssima Valência. O circuito de rua, hoje com suas estruturas abandonadas, foi palco de uma memorável vitória de Fernando Alonso, outrora na Ferrari. Quatro anos depois, o Azerbaijão recebe o GP da Europa ‘menos europeu’ da história da F1. Nação transcontinental, o Azerbaijão tem parte do seu território na Ásia, fazendo fronteira com o Irã, ao sul.
A capital do Azerbaijão recebe a F1 neste fim de semana (Foto: Twitter)
Com extensão de 6,003 km, a pista azeri, projetada pelo alemão Hermann Tilke, é a segunda mais longa de toda a F1, ficando atrás somente de Spa-Francorchamps, na Bélgica, com seus mais de 7 km. A direção de prova indicou uma corrida com duração de 51 voltas. Ao todo, o circuito, percorrido em sentido anti-horário, compreende 20 curvas, divididas em três setores bastante distintos. Pat Symonds, diretor-técnico da Williams, detalhou as características da mais nova pista do Mundial de F1, que deverá exigir muito do motor, sobretudo pelo seu longo trecho de reta.
 

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“O circuito de Baku parece ser um circuito bem singular. Então, nas simulações que fizemos, usamos mapas de topografia ao invés de scanners mais detalhados. Talvez a característica mais notável do circuito anti-horário de rua de 6 km é o setor de pé em baixo a partir da curva 16, indo até a linha de chegada e alcançando a curva 1, onde nós esperamos que os carros ultrapassem os 320 km/h”, descreveu.

 
“O primeiro setor compreende algumas curvas de 90º antes do começo do segundo setor, com uma sequência de curvas rápidas entre a 7 e a 12. O circuito então termina o segundo setor com outra curva de 90º à esquerda, precedido de uma longa reta”, destacou o engenheiro.
 
Responsável pela inspeção nos circuitos que recebem a F1, Charlie Whiting, diretor de corridas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), acredita que a corrida será “fascinante”, enquanto Tilke espera que Baku seja “o circuito de rua mais rápido do mundo”, que espera tempos de volta na casa de 1min41s. Contudo, outros prognósticos indicam tempos por volta de 1min50s. 
 
“As curvas 8 a 12 vão ser provavelmente as mais interessantes, mas então, da Curva 12 até a 15, onde a abordagem da Curva 15, em particular, vai ser espetacular. Há um longo trecho da Curva 16 à Curva 20, que vai ser feito de pé embaixo e vai ser incrível de assistir”, avaliou Whiting.
Vista da desafiadora curva 8 do circuito de rua de Baku (Foto: Twitter)
De fato, uma das grandes expectativas em torno do circuito de Baku está mesmo na curva 8. O setor chama muito a atenção não apenas por ser parte da Cidade Murada — patrimônio mundial da Unesco —, mas também pelo trecho extremamente estreito, com apenas 7,1 m de largura. Trata-se da curva com perspectiva de menor velocidade na pista, cerca de 86 km/h. A proximidade com o guard-rail indica um lugar propício para incidentes ao longo da corrida.
 

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O novo circuito de Baku, aliás, é lembrado por alguns pilotos como parecido com o de Valência. O traçado também guarda características que remetem ao lendário circuito da Guia, em Macau, palco da mais tradicional prova da F3. 

 
Para Daniil Kvyat, por exemplo, Baku remete muito a Valência. “Vamos correr pelo centro histórico, que parece ser bastante apertado, e onde vamos ter de ser muito precisos. Há outro setor rápido passando pelas curvas 13, 14 e 15, e acho que a frenagem na entrada da 15 vai ser bem complicada. Vamos ver quando chegarmos lá. Depois disso, você chega à curva 16, uma curva de 90º de média velocidade, e você não freia novamente até você chegar à primeira curva”, detalhando o trecho rápido de mais de 2 km.

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Companheiro de Kvyat na Toro Rosso, Sainz vê Baku semelhante ao Circuito da Guia, em Macau. “A partir da curva 5 em diante isso começa a ficar muito interessante. Isso lembra muito ao circuito de Macau. O setor entre as curvas 7 e 12 é muito parecido por ser muito estreito, enquanto a longa reta que vem a partir da saída da curva 16 até à curva 1 é como uma reta”, descreveu o espanhol.
 
 
Previsível mesmo, só o domínio da Mercedes
 
Dona do melhor carro da F1, a Mercedes chega ao fim de semana do GP da Europa como franca favorita à vitória justamente por casar o equilíbrio entre o chassi e a força do seu motor. Vai ser interessante ver novamente a briga entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg no sentido de quem vai se dar melhor com o circuito urbano de Baku. Há uma perspectiva de certo equilíbrio, mas com ligeira vantagem de Hamilton em razão do seu melhor momento em relação ao adversário.
 

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Grande nome da temporada após as quatro primeiras corridas, Rosberg caiu de produção depois que foi acertado por Hamilton na primeira volta do GP da Espanha. Tanto em Mônaco como no Canada, Nico esteve irreconhecível e foi apenas uma caricatura do excepcional piloto que somou 100 pontos em quatro corridas. O que parecia ter sido apenas uma corrida fora da curva em Monte Carlo se converteu, em Montreal, em outra performance abaixo da média.

 
Baku, para Rosberg, vai ser decisivo: é necessário que o alemão mostre poder de reação. A julgar pelas duas últimas corridas, está claro que Nico sentiu bem o golpe. De modo que a corrida no Azerbaijão servirá como chance para mostrar se tem mesmo DNA de campeão do mundo. Do contrário, uma retomada vai ficar cada vez mais difícil.

Hamilton, ao contrário de Rosberg, surfa na onda da boa fase. Motivado ao extremo depois de ver a enorme diferença que o separava do rival cair de 43 para nove pontos, Lewis só quer saber de conquistar mais um território. Depois da grande reação obtida a partir da vitória em Mônaco e do triunfo conquistado na base da estratégia em Montreal, o tricampeão do mundo está forte na pista e também psicologicamente. Em tais condições, Lewis é simplesmente imbatível.
Após segunda vitória seguida, Hamilton chega em grande fase a Baku (Foto: Mercedes)
Com a Mercedes abrindo o GP da Europa como franca favorita, fica o ponto de interrogação para saber qual será a segunda força do fim de semana em Baku. A Ferrari, de fato, evoluiu muito com as atualizações implementadas no seu motor, e isso ficou nítido no Canadá com a bela performance de Sebastian Vettel, que só não venceu em razão a uma tática ousada, mas que no fim das contas se mostrou equivocada. Mas o time italiano deu seu recado: está mesmo mais perto da Mercedes.
 
Honestamente, não dá para esperar uma grande atuação de Kimi Räikkönen. O finlandês ainda vive de um ou outro brilhareco aqui e ali, mas, nos últimos tempos, o veterano vem se mostrando mais como um ex-piloto em atividade, daqueles que, no jargão do futebol, “vem jogando com o nome”. De modo que o ‘Homem de Gelo’ deve ser, mais uma vez, um mero coadjuvante na temporada.
 
Por outro lado, a Red Bull é uma grande incógnita para o fim de semana no Azerbaijão. Helmut Marko, o falastrão consultor taurino, chega a Baku com uma perspectiva muito pessimista de perda de 1s2 por volta em razão do motor Renault. Mas tudo parece ser um jogo de cena para tirar dos ombros do time a pressão por bons resultados, uma vez que os franceses evoluíram bastante em sua unidade de potência. 
 
Talvez, tal discurso seria mais apropriado à Honda e à McLaren de Fernando Alonso, mas não à Red Bull. No último GP do Canadá, as três maiores velocidades finais foram obtidas por pilotos usando motor Mercedes: Valtteri Bottas, Rio Haryanto e Sergio Pérez. Daniel Ricciardo aferiu 341,4 km/h e cravou a quarta melhor marca. Portanto, não há tantos motivos assim para pessimismo, já que o chassi taurino é um dos melhores — talvez, até o melhor — do grid.
Mapa do mais novo circuito da F1: a pista azeri tem 20 curvas e um longo trecho de reta (Arte: FIA)
Quem chega a Baku com uma expectativa positiva é a Williams e, sobretudo, Felipe Massa. A escuderia britânica percorreu 9.000 km satisfeita e aliviada com o primeiro pódio logrado na temporada, por Bottas em Montreal, e acredita que pode manter a boa fase no Azerbaijão. De fato, o FW38 se comportou bem em Sóchi e no Canadá, e é essa a referência que Massa tem para acreditar que sua equipe poderá fazer bom papel também neste fim de semana.
 
Embora o circuito tenha seu setor mais lento, entre as curvas 8 e 11, a maior parte do traçado é composto de trechos rápidos, onde o FW38 casa melhor. E como o carro é dotado do poderoso motor Mercedes, dá para esperar ao menos um desempenho convincente de Massa e Bottas no traçado azeri. 
 
Não dá para esperar, contudo, que equipes como a McLaren, ainda com o motor Honda pecando em termos de performance, e da Sauber, sem atualizações no C35, bons resultados em Baku. Portanto, o mais provável é ver Felipe Nasr enfrentando mais uma jornada de dificuldades nesta temporada 2016. A Toro Rosso é outra equipe que deve sofrer em Baku em razão do seu motor defasado. Por outro lado, a Force India tem tudo para fazer novamente um bom papel tanto com Sergio Pérez como com Nico Hülkenberg, que não terá a chance de defender a vitória obtida em 2015 em Le Mans.
 
 
F1 no mesmo dia das 24h Le Mans: uma derrota do esporte
 
E justamente a data do GP da Europa uma das maiores polêmicas da ida da F1 ao Azerbaijão. Pilotos, equipes e jornalistas que acompanham o Mundial percorreram nada menos que 9.000 km em poucos dias, de Montreal até Baku, como submissão aos caprichos de Bernie Ecclestone. Ao marcar uma corrida do outro lado do mundo exatamente no mesmo dia em que termina a edição 2016 das 24 Horas de Le Mans, ficou claro o quanto o chefão da F1 quis evitar que os pilotos do grid não tivessem a menor chance de correr em Sarthe neste ano.
Nico Hülkenberg não vai poder defender a vitória obtida em Le Mans no ano passado (Foto: Force India)
Sem a coincidência de datas, o já qualificado grid do Mundial de Endurance para Le Mans poderia contar com Hülkenberg e outros tantos pilotos da F1, como o próprio Fernando Alonso, embaixador do GP da Europa, que já mostrou interesse em vencer a lendária prova de resistência. No fim das contas, quem perdeu mesmo foi o automobilismo como um todo.
 
 
Conservadora, Pirelli define treinos livres como cruciais
 
Diferente das duas últimas etapas da temporada, em Baku a Pirelli optou por adotar uma combinação mais conservadora em termos de pneus, levando ao Azerbaijão os compostos médios, macios e supermacios. Por não conhecer a fundo as características do novo circuito azeri, a fábrica de Milão evitou ousar, mesmo contando com informações baseadas em simuladores.
 
 
Paul Hembery, diretor esportivo da Pirelli, vê como fundamentais os treinos livres justamente para que pilotos e as equipes entendam bem o traçado e consigam encontrar a melhor estratégia. Pela escassez de informações, todo mundo começa o fim de semana em Baku no escuro.
A Pirelli diz que os treinos livres vão ajudar a definir a estratégia de pneus em Baku (Foto: Williams/LAT Photographic/Facebook)
“Escutamos muitas coisas interessantes sobre o circuito, e parece que ele vai se destacar pela sua característica, pela volta extensa e pela velocidade. É evidente que nunca é fácil ir a um circuito pela primeira vez, mas, evidentemente, as condições e os pneus são os mesmos para todos. A escolha dos compostos que fizemos devem se adaptar a uma gama ampla de condições: agora, cabe às equipes tirar o máximo das suas escolhas e identificar as melhores estratégias possíveis, razão pela qual, especificamente, vai ser importante dar as voltas que veremos nos treinos livres”, analisou o engenheiro britânico.
 
 
Meteorologia aponta calor e pista seca no fim de semana
 
O GP do Canadá foi marcado pelo frio e pela expectativa em relação a uma chuva que, na prática, não apareceu. Do outro lado do Atlântico, os pilotos do grid vão encarar um clima bem diferente no Azerbaijão. Às vésperas do verão no Hemisfério Norte, as temperaturas serão altas em todo o fim de semana e, segundo a meteorologia, não haverá qualquer possibilidade de chuva.
 
O site especializado ‘Weather Channel’ indica que sexta-feira, dia do início dos treinos livres em Baku, será marcado pelo céu parcialmente nublado e muito vento. A temperatura ambiente deve variar entre 21 e 28ºC, com a umidade relativa do ar beirando os 61%. Já a velocidade dos ventos deve chegar a nada menos que 37 km/h na direção norte.
Meteorologia indica tempo bom e muito calor para o fim de semana em Baku (Foto: Twitter)
No sábado e no domingo, o sol vai aparecer com mais intensidade às margens do Mar Cáspio. Também sem previsão de chuva, a temperatura ambiente deve ultrapassar os 30ºC no sábado, quando a velocidade dos ventos alcançando os 30 km/h. Já no domingo, os termômetros devem chegar aos 33ºC, mas a corrida deve acontecer com um clima mais ameno, uma vez que a largada está prevista para 17h locais, 10h pelo horário de Brasília.
 
Prognóstico do GRANDE PRÊMIO
1 44 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES
2 6 NICO ROSBERG ALE MERCEDES
3 3 DANIEL RICCIARDO AUS RED BULL TAG HEUER
4 5 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI
5 19 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES

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Hamilton chega a Baku em grande fase e com chances até de virar líder do campeonato (Foto: Mercedes)
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