Prévia: em pista onde é rei, Hamilton tem grande chance para frear auge de Rosberg

Detentor de quatro poles e cinco vitórias em Xangai, Lewis Hamilton tinha um favoritismo teórico para o fim de semana do GP da China. Mas, além da punição sofrida pela troca de câmbio — perda de cinco posições no grid —, a fase de Nico Rosberg é incrível e, no circuito onde venceu pela primeira vez na F1, o alemão tentará manter a série invicta que já vem desde novembro de 2015

Nico Rosberg contra Lewis Hamilton. O embate que vem marcando a temporada 2016 terá mais um capítulo escrito neste fim de semana em Xangai, palco do GP da China, terceira etapa do campeonato. A Mercedes é amplamente favorita à vitória no circuito asiático de 5,451 km, de características de média-alta velocidade e com uma reta de 1,3 km, uma das maiores da F1, por conta da força do seu motor, o melhor de todo o grid. No centro da disputa, uma invencibilidade que já dura cinco corridas e, mais do que isso, o jogo psicológico, que agora pende para o lado alemão da dupla. 
 
Hamilton tem em Xangai sua chance de ouro para dar a volta por cima e iniciar, pra valer, sua cruzada rumo ao tetra. Lewis é o maior vencedor e o maior ‘poleman’ da história do GP da China. O britânico tem quatro vitórias no circuito: 2008, 2011, 2014 e 2015, ou seja, com exceção de 2011, sempre que venceu na China acabou se tornando campeão. Lewis também faturou nada menos que cinco poles em Xangai, recorde absoluto no circuito.
Lewis Hamilton é o maior vencedor da história do GP da China, com quatro triunfos (Foto: Getty Images)
Rosberg também tem boas lembranças da China, uma vez que foi lá, em 2012, que conquistou sua primeira vitória na F1. Nico tem a seu favor o ótimo momento, que sempre lhe dá confiança extra para dar sequência à fase vitoriosa e se manter na liderança do campeonato. Neste momento, o germânico soma 50 pontos, contra 33 de Hamilton. Uma vantagem importante e que, se for ampliada, pode abalar as estruturas do tricampeão.

E a sorte está mesmo ao lado de Nico neste começo de temporada. Não bastasse a fase dourada dentro das pistas, o alemão ainda foi brindado com outro trunfo contra Hamilton, que soube do duro revés contra o rival nesta quinta-feira (14). Lewis vai perder cinco posições no grid de largada em razão de uma troca de câmbio providenciada pela Mercedes. Assim, Rosberg parte como franco favorito à pole e à vitória em Xangai.

 
Só mesmo a estratégia diferenciada de pneus pode colocar a Ferrari mais próxima da Mercedes em Xangai. Os SF16-H de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen mostraram, tanto em Melbourne quanto em Sakhir, um ritmo de corrida bastante decente, mas o desempenho em classificação foi longe, bem longe do ideal e do esperado para alguém que almeja voltar ao topo do esporte. 
 
Outro problema dos carros de Maranello está na surpreendente falta de confiabilidade do motor: na Austrália, Kimi enfrentou problemas e abandonou, enquanto Seb sequer completou a volta de apresentação no Bahrein.
 
O circuito chinês tem um asfalto pouco abrasivo, mas que classicamente proporciona um desgaste maior dos pneus dianteiros na comparação com os traseiros. Para o fim de semana, a Pirelli optou pelos pneus médios, macios e supermacios, o que vem sendo a escolha padrão até agora. 
O desgaste dos pneus é uma das marcas do GP da China (Foto: Getty Images)
E aí é que entra a estratégia distinta entre os pilotos. Hamilton, por exemplo, vai com quatro jogos de médios, outros quatro de macios e cinco de supermacios. Rosberg, por sua vez, vai de três jogos de médios, cinco de macios e outros cinco de supermacios. Vettel e Räikkönen vão de três jogos de médios, quatro de macios e seis de supermacios, enquanto Massa radicalizou depois do fracasso da Williams com sua tática no Bahrein e vai usar somente um set de médios em todo o fim de semana, além de cinco de macios e sete de supermacios.
 
E falando em Massa, o fim de semana tende a mostrar uma Williams em melhor forma em Xangai. Não apenas pelo amadurecimento do desempenho do carro com a nova asa dianteira, que vai equipar somente o carro de Valtteri Bottas, que não usou a nova peça em Sakhir. Outro ponto em favor dos carros da lendária equipe britânica está na força do motor Mercedes que empurra os FW38, um grande trunfo, sobretudo contra a Red Bull e a Toro Rosso, equipes que devem vir logo atrás.
 
A Force India ainda não convenceu na sua luta pelo top-3 da F1, portanto, mesmo com Sergio ‘Checo’ Pérez e Nico Hülkenberg contando com a força dos motores Mercedes, parece ser meio difícil um resultado como um pódio ou um lugar entre os cinco primeiros no fim de semana em Xangai. 
Felipe Nasr vai para Xangai sem tantas esperanças em lograr resultado como o oitavo de 2015 (Foto: Getty Images)
Da Haas, que tanto brilhou na Austrália e no Bahrein, a expectativa é cada vez mais alta, embora o chefe Guenther Steiner, italiano com nome de alemão, diga, com razão e cautela, que nem sempre o time norte-americano vai estar no top-5. Discurso bom para evitar maiores expectativas e também por entender que outros times podem desempenhar bom papel no futuro. 
 
Mas dá para esperar, com o conjunto formado por chassi e motor, que a Haas pode fazer novamente um bom trabalho, desta vez na China. Não só com Romain Grosjean, duas vezes o ‘Piloto do Dia’ em 2016, mas também com Esteban Gutiérrez, que vinha bem em Sakhir até abandonar. Menção também à Manor e a Pascal Wehrlein, que estão apresentando performance bastante dignas neste início de temporada. Olho no jovem alemão, que está bem próximo de somar seus primeiros pontos na F1.
 
Da Renault, por sua vez, não dá pra esperar muita coisa. Já a McLaren tem uma base boa e conta com um chassi equilibrado, embora o discurso da Honda seja de que, no momento, o motor não é tão bom em velocidade final, e aí o ‘bicho pega’ em Xangai, já que esta é uma das maiores demandas da pista: motor. Mas o time de Woking vem de um impulso importante com o ponto conquistado por Stoffel Vandoorne. 
Lewis Hamilton é o rei de Xangai: ninguém venceu, foi pole e subiu tanto ao pódio quanto ele (Foto: Getty Images)
Acredita-se que Fernando Alonso, fora do GP do Bahrein, tem tudo para voltar no fim de semana em Xangai. Contudo, se o bicampeão for vetado e o belga for escolhido para formar novamente dupla com Jenson Button, a McLaren estará servida e vai com chances de lutar por bons pontos, como dizem por aí, nesta terceira etapa da temporada.
 
Xangai oferece aos pilotos e equipes uma atmosfera um tanto esquisita. Fora da pista, os competidores são recepcionados com entusiasmo pelos fãs, como bem ressaltou Felipe Massa. Contudo, o público no circuito chinês nunca foi dos mais empolgantes. Afinal, é comum ver enormes ‘clarões’ nas arquibancadas suntuosas de Xangai. A temperatura na região do autódromo costuma ser amena e geralmente com o céu nublado, caracterizado pela poluição.
 
A meteorologia aponta uma variação climática interessante para o fim de semana em Xangai. Na sexta-feira, o céu deve estar parcialmente nublado, segundo o ‘Weather Channel’, com os termômetros chegando aos 20ºC de temperatura ambiente e 10% de chance de chuva. A água deve vir com tudo no sábado, quando a previsão é de 100% para todo o dia. O sol deve aparecer com timidez no domingo, mas a volta da chuva não está totalmente descartada, voltando ao índice de 10% de possibilidade.
 
Também não dá para se esperar muito da Sauber. Depois de duas etapas paupérrimas na Austrália e no Bahrein, o maior alento de Felipe Nasr e Marcus Ericsson para Xangai está justamente em correr, visto que rumores indicaram que o time de Hinwil ficaria de fora da etapa do fim de semana. Mas a equipe foi salva pelo gongo e viajou para a Ásia para tentar ao menos uma apresentação melhor com um problemático C35. Pontos como os conquistados em Xangai no ano passado, quando Nasr chegou em oitavo e Ericsson em décimo, parecem impensáveis no momento.
 
O GP da China marca o retorno do formato adotado entre 2006 e 2015 pelo Mundial de F1. A categoria fracassou de forma retumbante ao adotar um sistema que até parecia interessante, mas se mostrou um revés tremendo quando posto em prática, levando a F1 a ter de rever seus conceitos, além de fazer com que seus pilotos se unissem como voz ativa perante Jean Todt e, sobretudo, Bernie Ecclestone.
Como evento, o GP da China jamais convenceu (Foto: Force India)

Prognósticos do GRANDE PRÊMIO:
1 6 NICO ROSBERG ALE MERCEDES
2 44 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES
3 5 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI
4 19 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES
5 3 DANIEL RICCIARDO AUS RED BULL TAG HEUER

1) O GP da China vai ser realizado pela 13ª vez na história. A Mercedes, caso dê a lógica, pode igualar a Ferrari como a maior vencedora da prova, com quatro conquistas;
 
2) O primeiro vencedor da F1 em Xangai foi Rubens Barrichello, em 2014;
 
3) Lewis Hamilton é mesmo o ‘Rei de Xangai’. Na China, o piloto faturou nada menos do que sete pódios, recorde absoluto na história da corrida; 
 
4) Apesar das boas lembranças, foi lá, em 2007, que ele cometeu um erro bizarro que acabou por ajuda-lo a perder o título no seu ano de estreia;
 
5) Em 12 GPs disputados, em sete vezes o pole-position venceu a corrida em Xangai: 2004, 2005, 2008, 2009, 2012, 2014 e 2015;
 
6) A volta mais rápida da história do circuito de Xangai pertence ao lendário Michael Schumacher, que cravou 1min32s328 em 2006, ano de sua vitória na China, com velocidade média de 212,749 km/h;
 
7) Felipe Massa tem como melhores resultados dois pódios em Xangai: segundo lugar em 2008 e terceiro, em 2007. No ano passado, o brasileiro foi quinto colocado com a Williams.

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