Preocupados com segurança, pilotos questionam decisão da FIA de não acionar safety-car no fim do GP da Alemanha

Lewis Hamilton, Felipe Massa e Fernando Alonso questionaram a decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de não acionar o safety-car para que os fiscais pudessem remover o carro de Adrian Sutil que ficou parado na pista após rodar na última curva

A cobertura completa do GP da Alemanha no GRANDE PRÊMIO
As imagens do domingo da F1 em Hockenheim

Nem todo mundo concordou com a decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de não acionar o safery-car para que os fiscais pudessem remover o carro de Adrian Sutil da pista já na parte final do GP da Alemanha. O piloto da Sauber rodou após a última curva de Hockenheim na 48ª volta.
 
Os comissários da FIA decidiram que a entrada do safety-car não era necessária e os fiscais correram para retirar o carro enquanto os pilotos passavam ao lado.
Adrian Sutil desce do carro após rodar e abandonar GP da Alemanha (Foto: AP)
Terceiro colocado no GP da Alemanha, Lewis Hamilton questionou a decisão da FIA e afirmou que estava extremamente preocupado com a segurança dos fiscais. O inglês recordou de um acidente no GP da África do Sul de 1977, que vitimou o piloto também britânico Tom Pryce e o fiscal Jansen van Vuuren.
 
“Eu estava realmente preocupado com os fiscais, realmente preocupado”, frisou Hamilton. “Você sai daquela curva em alta velocidade e aí tinham fiscais não muito longe de onde você passa”, apontou.
 
Hamilton contou que quando passou pelo carro de Sutil, se lembrou do acidente de Pryce. Em 1977, Van Vuuren, de 19 anos, entrou na pista carregando um extintor para apagar um pequeno incêndio no carro de Renzo Zorzi, companheiro de Tom na Shadow. Pryce não conseguiu desviar do fiscal, que morreu instantaneamente. O piloto acabou sendo atingido na cabeça pelo extintor carregado por Van Vuuren e também morreu na hora. 
 
“Eu trabalhava em uma escola de pilotagem em Bedford e um dia eu entrei e eles estavam exibindo esse vídeo o tempo todo. Era um vídeo de uma corrida de anos atrás de um carro parado na pista, um fiscal correu pela pista e foi atingido pelo carro que passava”, recordou. “Essa foi a primeira coisa em que pensei”, contou.
 
“Obviamente, nós não estávamos tão rápidos, mas eu estava preocupado com os fiscais”, falou. “Felizmente, ninguém se machucou”, completou o britânico.
 
Fernando Alonso seguiu a linha de Hamilton e, mesmo reconhecendo que o safety-car prejudicaria sua corrida, avaliou que a entrada do carro de segurança seria a melhor opção.
 
“Nós estávamos torcendo para que não, pois estávamos em uma situação em que se o safety-car saísse, restavam 17 voltas para o final e se colocássemos os supermacios, seria difícil fazer 17 voltas”, ressaltou. “Mas, sendo objetivo e honesto, provavelmente estávamos esperando o safety-car em uma situação normal. Às vezes eles liberam o safety-car por um pedaço de asa dianteira na pista e agora tinha um carro lá e não um safety-car”, ponderou.
 
“Foi uma surpresa. Mas se eles não acionaram, foi porque sentiram que não era arriscado e removeram o carro de maneira segura – eu espero, eu não vi – e foi isso”, completou o britânico.
 
Fora da corrida ainda na primeira curva, Felipe Massa também avaliou que a situação não parecia segura o bastante para que o safety-car não fosse necessário. 
 
“Para mim, era necessária a entrada do safety-car naquele momento. Havia muitas pessoas correndo no meio da pista. Era realmente necessário o safety-car. A situação não parecia tão segura”, concluiu.

Opinião GP: Decisão de não chamar SC mostra como FIA pode interferir

 POR TRÊS VOLTAS, a Sauber de Adrian Sutil permaneceu atravessada em plena reta dos boxes em Hockenheim durante o GP da Alemanha deste domingo (20). Depois de rodar e não conseguir retornar à disputa da décima etapa do campeonato, o alemão já nem estava no carro, cuja posição era um tanto perigosa. Uma claríssima situação em que se mostrava necessária a intervenção do safety-car, mas Charlie Whiting optou por manter o carro de segurança nos boxes.



A pitoresca cena da Sauber estacionada no início da reta durou alguns minutos, quando piorou: três fiscais atravessaram a pista correndo para tentar colocar em ponto morto a Sauber e empurrá-la para a pequena portinhola que a colocaria, enfim, em uma posição segura.

Leia o editorial completo do GRANDE PRÊMIO aqui.

Opinião GP é o editorial do GRANDE PRÊMIO que expressa a visão dos jornalistas do site sobre um assunto de destaque, uma corrida específica ou o apanhado do fim de semana de automobilismo.

Siga o GRANDE PRÊMIO      Curta o GRANDE PRÊMIO
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.