Por segurança, equipes ameaçam boicotar GP da Austrália após acidente de Alonso em Barcelona, diz jornal

A falta de informações claras sobre o acidente de Fernando Alonso nos treinos coletivos em Barcelona gerou uma preocupação tão grande que algumas equipes estudam a possibilidade de boicotar o GP da Austrália, informou o jornal alemão 'Bild' nesta quarta-feira (4). Há um consenso de que o espanhol de fato sofreu um violento choque segundos antes da batida

O acidente de Fernando Alonso em Barcelona não é tão simples quanto fizeram parecer o próprio e a McLaren publicamente. A falta de informações claras e a preocupação com as causas e consequências fizeram com o que o paddock abrisse o olho para a questão. E o negócio ganhou tamanha proporção que, segundo reportagem do jornal ‘Bild’ nesta quarta-feira (4), algumas equipes cogitassem boicotar o GP da Austrália por falta de segurança.

Para as rivais da McLaren, ainda não há nenhuma prova que descarte o que vem sendo falado nos últimos dias: de que uma descarga elétrica atingiu Alonso naquele domingo, 22 de fevereiro, segundos antes do acidente na curva 3 do circuito catalão. Depois dos rumores no paddock, a Sky Italia afirmou que Alonso sofreu um “grande choque nas costas”; o ex-piloto Fabrizio Barbazza chegou a dar dados: 600 W de potência que ocasionaram problemas de visão e até obstrução temporária das veias cerebrais.

O consenso é que o caso de Alonso mostra que as baterias dos sistemas híbridos não passam segurança aos pilotos e até pode ser fatal. “Se um avião cai e há o menor indício de que o acidente aconteceu por um problema no sistema, nenhum outro avião deste tipo decola”, declarou um chefe de equipe ao jornal alemão.

Fernando Alonso (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

O mesmo chefe de equipe exigiu que a Honda “forneça todas as respostas à FIA” e que seria “negligente” por parte da McLaren e da montadora japonesa esconderem a possibilidade de ter sido um choque elétrico.

O blog alemão ‘F1-insider.com’ revelou que Alonso acordou de fato confuso em relação ao que havia acabado de acontecer na pista catalã. Mas os médicos perceberam que o negócio não era tão simples ao verificarem que o piloto começou a falar em italiano, e não no seu idioma nativo, e se achando ainda membro da Scuderia de Maranello.

Alonso não vai disputar o GP da Austrália, abertura da temporada 2015 do Mundial de F1, no próximo dia 15 de março, por recomendação médica. O anúncio foi feito pela McLaren na manhã, e o substituto será o dinamarquês Kevin Magnussen.

Oficialmente, o piloto sofreu uma concussão e, devido às recomendações dos médicos, não viajará para Melbourne para aquela que seria sua reestreia na equipe — ele defendeu o time em 2007, quando foi terceiro no Mundial e venceu quatro GPs.

CADEIRA ELÉTRICA

A Sky Italia revelou que o espanhol disse a pessoas próximas que sentiu um choque segundos antes do acidente nos treinos coletivos em Barcelona. A TV italiana afirmou que Alonso disse a seu empresário e familiares que sentiu um "grande choque nas costas" quando estava a 215 km/h na curva 3 do circuito catalão naquele domingo, 22 de fevereiro. A informação sobre o choque havia sido ventilada no mesmo dia do ocorrido e foi veementemente refutada pela McLaren e seus membros.

COMO CADA UM CHEGA

A pré-temporada da F1 terminou. Foram 12 dias de pista em que as equipes se concentraram em diferentes programas para avaliar os carros com os quais vão disputar a temporada 2015. Agora, restam poucos dias para que tudo seja preparado na fábrica e despachado para Melbourne, na Austrália. O GRANDE PRÊMIO traz um análise equipe por equipe, com as escuderias ordenadas pela quilometragem percorrida, do trabalho realizado na pré-temporada.

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