Pirelli mantém abordagem agressiva para F1 e prevê “entre dois a três pit-stops” por piloto em cada corrida

Diretor-esportivo da Pirelli, Paul Hembery disse que a meta da fábrica milanesa é seguir na F1 com a marca do arrojo para proporcionar espetáculo. O britânico disse, entre outas coisas, que o piloto que frear mais tarde na entrada das curvas será mais beneficiado pelo desempenho dos pneus

Em evento realizado na tarde desta quarta-feira (23) em Milão, norte da Itália, a Pirelli apresentou ao mundo os pneus com os quais a F1 será servida ao longo de 19 corridas na temporada 2013. A cerimônia de lançamento contou com a participação de praticamente toda a cúpula da fabricante italiana, a começar pelo seu presidente, Marco Tronchetti Provera. Além do executivo, também participaram Paul Hembery, diretor-esportivo, Giorgio Barbier, diretor da divisão de motovelocidade, Giorgio Piola, designer e consultor da Pirelli, e Jean Alesi, ex-piloto de equipes como Ferrari e Benetton, nomeado embaixador da marca Pirelli ao redor do mundo.

É o terceiro ano seguido da Pirelli como fornecedora exclusiva de pneus da F1. A fábrica milanesa manteve o esquema de cores com o qual identifica seus seis compostos: duro, médio, macio, supermacio, intermediário e chuva intensa. Contudo, neste ano, os italianos optaram por adotar o laranja como cor dos pneus médios, substituindo assim o cinza escuro, que estampava os compostos deste tipo na temporada passada.

A cúpula da Pirelli acredita que vai conseguir manter a emoção e imprevisibilidade na F1 em 2013 (Foto: Pirelli)

Por volta do meio-dia e meia, (9h de Brasília), Tronchetti, Barbier, Hembery e Alesi chamaram ao palco da apresentação os membros da divisão esportiva da Pirelli. Devidamente uniformizados, os funcionários da fábrica italiana levantaram o pano quadriculado que cobria os pneus e revelaram ao mundo o que a Pirelli levará às pistas do Mundial de F1 e também na Superbike. Na principal categoria do automobilismo mundial, a expectativa é de oferecer aos pilotos um desafio tão ou maior que em 2012.

“A meta é continuar oferecendo novos desafios para os pilotos e proporcionar às equipes começar uma nova temporada em um nível de igualdade quando se trata dos pneus. Depois de acumular muita informação sobre cada GP da temporada passada, as equipes eventualmente entenderam melhor os pneus, ainda mais depois de um espetacular começo, com sete vencedores nas primeiras sete corridas”, disse Hembery.

“Este fenômeno foi observado também em 2011, decepcionando muitos fãs. Em 2013, as cartas foram embaralhadas mais uma vez para ajudar na ultrapassagem e assegurar de dois a três pit-stops por corrida”, acrescentou o dirigente britânico, que confirmou a permanência de Lucas di Grassi e Jaime Alguersuari no comando dos testes da Pirelli neste ano com o Renault R30 em cinco sessões: Jerez, Spa-Francorchamps, duas em Barcelona e Paul Ricard, onde serão testados pneus de chuva.

Em uma temporada sem grandes mudanças no regulamento técnico, a Pirelli é quem pode mais uma vez colocar os pneus como fator de desequilíbrio. A começar pelos pneus duros, agora de cor laranja. Mas não foi só a cor de identificação que mudou. Todos os pneus ficaram mais macios em relação à temporada passada, fazendo com que cada composto seja em torno de 0s5 mais rápido em relação a 2012. O pneu duro deste ano é equivalente ao composto macio do ano passado. Durante a cerimônia de apresentação em Milão, Hembery afirmou que o piloto que realizar as frenagens mais por dentro da curva será mais beneficiado, uma vez que os novos pneus têm melhor tração e aderência.

Contudo, uma regra em relação a 2012 foi mantida: cada carro terá 11 jogos de pneus à disposição para cada fim de semana. Destes 11, seis serão os mais duros e outros cinco dos mais macios. O que a Pirelli adotou de novidade, além das inovações quanto à composição da borracha dos pneus, é que o próximo campeão da GP2 será agraciado com um teste a bordo do Renault R30, carro que a fabricante usa para desenvolver seus pneus para a F1.

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