Opinião GP: Mercedes subestima e põe mancha em trabalho de excelência ao não aceitar derrota

A Mercedes tinha de reagir depois do abandono duplo na semana passada, na Áustria, mas o que se viu na Inglaterra, neste domingo, foi uma equipe incapaz de pensar fora da caixa. E mais que isso, subestima seus rivais, não aceita a derrota e mancha o trabalho eficiente que possui no desenvolvimento do seu carro

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MAIS UMA VEZ, a Mercedes perdeu para si mesma. Tal como acontecera na semana passada, a equipe prata voltou a mostrar a fragilidade de suas decisões táticas e exibiu seu pior lado, ao não aceitar a derrota e subestimar seus rivais. O fim de semana do GP da Inglaterra apresentou uma das disputas mais apertadas entre os dois protagonistas da temporada. Isso porque os dois principais times do grid souberam evoluir bem – cada um a seu modo – e se colocaram fortíssimo. Tanto é verdade que Lewis Hamilton foi apenas 0s044 mais veloz que Sebastian Vettel naquela que foi a briga mais acirrada do ano. A posição de honra veio no braço, na emoção de guiar diante de sua torcida. E o crédito é todo do inglês. No papel, ficou a impressão de que os prateados ainda tinham alguma margem para os italianos – que se postaram combativos, mas sem alarde. Quer dizer, a reação, depois do que aconteceu no Red Bull Ring, parecia estar encaminhada.
 
A Mercedes preferiu ignorar os sinais, porém. E isso começou ainda na classificação. Como se sabe, boa parte da estratégia do domingo é pensada no sábado. E a equipe tetracampeão sequer imaginou uma alternativa para a tática de pit-stop. Entendeu que a corrida seria de apenas uma parada e ponto. Confiou no histórico, na velocidade e na eficiência de seu pacote aerodinâmico recém apresentado. Mas isso não é suficiente quando se disputa com um time que é igualmente forte. 
 
Ou seja, deveria ter ali, no pit-wall da esquadra alemã, alguém pensando nas opções, em possíveis intervenções do safety-car – algo bastante comum em corridas em Silverstone -, e na melhor forma de utilizar os jogos de pneus. A Mercedes começou o GP inglês vendida, presa em uma única janela de pit-stops. Tinha apenas um jogo de pneus médios e fim. Era uma única parada. Nada podia dar errado. E nem se deu ao trabalho de colocar a cabeça para fora.
O pódio do GP da Inglaterra (Foto: AFP)

E tudo deu errado. A pole conquistada com tanto esforço caiu por terra na falta de tração do carro de Hamilton quando as luzes se apagaram, e o cenário ficou ainda pior depois do toque com Kimi Räikkönen. É bem verdade que Lewis soube minimizar os prejuízos com a rápida recuperação e com as entradas do carro de segurança. Mas poderia até ter vencido não fosse a soberba de sua equipe, que se recusa a sair do plano. Aí o ótimo tetracampeão cai na vala comum.

 

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A impressão que fica é que a Mercedes entende que pode ganhar a qualquer momento. Outro erro grave, especialmente quando se está, repito, em uma disputa com um rival igualmente forte. E isso apenas coloca uma sombra sob o trabalho brilhante que faz na fábrica ao promover o desenvolvimento de seu carro e motor. 

 
Só que talvez o pior lado dos prateados tenha sido revelado diante da derrota deste domingo. A Mercedes não soube perder, não soube reconhecer os seus erros e preferiu o caminho mais fácil: o de acusar a rival. Ainda há muito campeonato pela frente. É compreensível o sabor amargo diante de corridas como as da Áustria e a de Silverstone, mas a postura adotada pela equipe prata não tem justificativa.
 
O intervalo até o GP da Alemanha precisa ser usado sabiamente. E é imperativo. Ou pode realmente custar o título. 

O Opinião GP é o editorial do GRANDE PRÊMIO que expressa a visão dos jornalistas do site sobre um assunto de destaque, uma corrida específica ou o apanhado do fim de semana.
 

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