Opinião GP: Chegada da F1 ao Japão pode marcar início de reação em cadeia com possível acerto entre Alonso e McLaren
Fernando Alonso tem agora a chave do mercado de pilotos da F1. Se a decisão de trocar a Ferrari pela McLaren estiver em vias de ser anunciada, como informam importantes publicações na Itália e na Espanha, a manobra vai ser o pontapé inicial para outras mudanças no grid e não só para 2015
A F1 VIVE JÁ A INQUIETAÇÃO DE
uma semana que promete ser decisiva no que diz respeito ao mercado de pilotos, pautada especialmente em um possível movimento de Fernando Alonso. O espanhol está no centro dos rumores e nunca, principalmente neste tempo de Ferrari, teve seu nome tão ligado a uma mudança quanto agora.
Os últimos dois meses tem sido pródigos com relação ao próximo passo do bicampeão — o asturiano já foi cotado na Lotus, na Williams, na Red Bull, na Mercedes e na McLaren —, mas o assunto ganhou de vez na semana passada. Isso porque a influente ‘La Gazzetta dello Sport’ trouxe a informação de que o piloto manifestou a vontade de realmente deixar a esquadra de Maranello. É a primeira vez que se fala abertamente, apesar de todas as dificuldades técnicas e de desempenho dos vermelhos, em uma real insatisfação e desejo de sair de Alonso.
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É justo dizer que Fernando sempre negou todos os boatos, sem meias palavras e tentando ser o mais preciso possível nas respostas. Mas quem deu a entender mesmo que as coisas já não estão tão seguras quanto antes foi o chefe ferrarista, Marco Mattiacci. Ao ser questionado sobre a continuidade do espanhol na Ferrari em Cingapura, o dirigente disse apenas: “No momento, sim”.
E a dona da oferta mais tentadora neste momento é a McLaren, fundamentada no desejo da Honda em ter um grande nome do grid para liderar a volta da fabricante à F1 no ano que vem. Assim sendo, uma eventual multa também não seria um grande entrave. Entende-se que o valor da rescisão do vínculo gire em torno de € 30 milhões ou R$ 92 mi.
O GP do Japão, que acontece neste fim de semana, pode ser o palco perfeito daquela que pode vir a ser a maior e mais importante — e impactante — troca de pilotos dos últimos tempos na F1. O retorno de Alonso a Woking deve desbancar o jovem Kevin Magnussen — a não ser que os times passem a alinhar três carros no próximo ano. O experiente Jenson Button, que possui a simpatia da marca nipônica, deve manter seu cockpit.
Na Ferrari, a opção direta para o lugar de Alonso em um cenário em que o asturiano volte mesmo a defender as cores da McLaren, é o francês Jules Bianch — ao menos em um primeiro momento. Outra escolha pode ser Nico Hülkenberg, que chegou bem perto da escuderia no ano passado antes do contrato da equipe com Kimi Räikkönen. Sendo o alemão, uma segunda vaga se abre na Force India, que parece já acertada com Sergio Pérez.
A verdade é que o próximo movimento de Alonso representa também o pontapé inicial para uma alteração ainda maior das peças do jogo de xadrez que é o grid da F1, e isso não apenas para 2015.
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