Na Garagem: Massa vence, Alonso é bicampeão e Schumacher se despede da F1

Há exatos dez anos, Interlagos foi palco de uma corrida que coroou Fernando Alonso como bicampeão e aposentou Michael Schumacher. E, mais que isso, testemunhou a primeira vitória de Felipe Massa no GP do Brasil

 

O GP do Brasil de 2006 foi emblemático para a história da F1 e em vários aspectos. Naquele 22 de outubro, há exatos dez anos neste sábado, três personagens do grid foram destaques e seus resultados daquele dia os colocaram em rumos bem diferentes na carreira. Um venceu pela primeira vez em casa, quebrando um jejum de 13 anos sem vitórias brasileiras em Interlagos, um segundo se tornou bicampeão mundial e um terceiro se despediu da maior das categorias em plena forma, dando um show de pilotagem diante de arquibancadas cheias no autódromo paulistano.
 
Felipe Massa chegou ao Brasil naquele fim de ano como um piloto mais experiente em sua primeira temporada de Ferrari e já tinha no currículo uma vitória — a primeira na F1, inclusive —, conquistada na Turquia, além da terceira colocação no Mundial de Pilotos. O competitivo campeonato protagonizado pelo brasileiro o fez enxergar a prova em Interlagos como uma grande celebração de seu ano 1 em uma equipe de ponta. Por isso, Massa escolheu um macacão verde e amarelo para usar no lugar do tradicional vermelho ferrarista. A opção parece ter sido acertada, porque nada deu errado para Felipe naquele fim de semana. E abriu caminho para novas conquistas nas temporadas seguintes.
 
Já o companheiro de Massa na Ferrari, Michael Schumacher, vivia até então seus dias derradeiros na maior das categorias. O maior vencedor da história decidira se aposentar após aquela temporada, mas não sem antes tentar um oitavo título. Ainda que no início do ano, a bravura de Fernando Alonso tenha assustado, o heptacampeão conseguiu tirar a diferença na segunda fase do campeonato e chegou a Interlagos ainda em condições de brigar pela taça com o jovem espanhol. Os dois foram os grandes protagonistas da disputa pelo título naquele ano.
 
Na verdade, o cenário estava muito mais favorável a Alonso, especialmente depois da quebra de motor sofrida por Schumacher em Suzuka, duas semanas antes, enquanto liderava a prova. A corrida caiu no colo de Alonso, que não desperdiçou a chance. Por isso, quando ambos desembarcaram em São Paulo, a diferença na ponta da tabela era de dez pontos em benefício do asturiano. Portanto, a tarefa de Schumacher era bem complicada. O alemão precisava vencer e torcer para que Alonso não marcasse nenhum um ponto sequer. Enquanto isso, o então piloto da Renault necessitava de apenas um pontinho para celebrar a segunda taça seguida.
Largada do GP do Brasil de 2006 (Foto: Ferrari)

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O drama de Michael começou ainda na classificação. Apesar de ter iniciado a sessão mostrando um forte rendimento e brigando com Alonso e Massa nas duas primeiras fases, Schumacher sofreu um revés na parte decisiva da definição do grid. Com problemas na pressão de combustível do motor, o ferrarista foi capaz de completar apenas uma volta no Q3 e acabou ficando com o décimo, sem tempo cronometrado.

 
Enquanto isso, lá na frente, Massa foi soberano. O brasileiro cravou 1min10s680 e sobrou. Kimi Räikkönen, então na McLaren, ficou a 0s619 do tempo do ferrarista, suficiente para lhe garantir a primeira fila. Jarno Trulli, com a Toyota, surpreendeu e se colocou em terceiro, enquanto Alonso foi o quarto, com Rubens Barrichello em quinto.
 
Dessa forma, o grid se formou em Interlagos para a largada da 18ª e última etapa da temporada 2006 da F1. Quando as luzes se apagaram na reta dos boxes, Massa saltou muito bem da posição de honra e foi capaz de entrar no ‘S’ do Senna sem problemas, levantando a torcida brasileira. 
 
Räikkönen também saiu bem e seguiu o brasileiro, na segunda posição, à frente de Trulli e Alonso. Mais atrás, um cauteloso Schumacher se colocou por dentro na primeira curva e permaneceu atrás dos dois carros da BMW Sauber. Só que aí, já na reta oposta, o alemão começou a tentar recuperar terreno. A primeira volta fechou com Massa na liderança, à frente de Räikkönen, Trulli, Alonso, Barrichello, Giancarlo Fisichella, Ralf Schumacher, Schumacher, Robert Kubica e Jenson Button.
 
O início de prova em Interlagos ainda foi marcado por dois incidentes envolvendo os pilotos da Williams. Ainda na passagem inicial, Mark Webber e o então novato Nico Rosberg se tocaram no fim da reta oposta. A colisão deixou o australiano por ali mesmo. Já Rosberg foi tentando levar o carro, mas acabou escapando no Café e bateu forte, também abandonando a corrida em seguida. Por conta do local do acidente e a retirada do carro, o saferty-car foi acionado rapidamente.
 
A corrida ganhou vida na abertura da sexta volta. E Massa novamente partiu bem e não deu chances a Räikkönen. Trulli também manteve a terceira posição, logo à frente de Alonso e Fisichella. Schumacher já era sexto.
Michael Schumacher teve um pneu furado em Interlagos (Foto: Ferrari)

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Aí veio o incidente que mudou a prova para Schumacher. Disputando a quinta colocação com o italiano da Renault no oitavo giro, o ferrarista teve o pneu traseiro esquerdo furado logo depois da ultrapassagem em cima do rival – na verdade, Schumacher se colocou por fora na entrada do ‘S’ do Senna e acabou tocando na asa dianteira do carro de Giancarlo, provocando o furo. Sem alternativas, o veterano foi se arrastando até os boxes e caiu para último. A partir daí, imprimiu um ritmo alucinante e foi escalando o pelotão.

 
Na décima volta, a Toyota chamou Trulli para os boxes por conta de uma falha na suspensão, o que fez Alonso assumir a terceira posição da corrida. Mais atrás, Button, defendendo a Honda naquele ano, vinha também uma ótima corrida de recuperação, depois de ter largado em 14º. O inglês se juntaria à disputa do pódio na segunda parte da corrida. 
 
Lá na frente, Massa ia voando e fazendo uma corrida solitária na frente. Räikkönen seguia ainda em segundo, enquanto Alonso vinha em terceiro. Aí vieram as paradas de boxes, mas nada mudou entre os ponteiros, entre as voltas 25 a 30. Mais atrás, Michael vinha recuperando posições. Tanto que, com 36 giros, o alemão já surgia na zona de pontos.
 
Aí perto da 50ª passagem, as paradas de boxes recomeçaram e provocaram mudanças. Entre os ponteiros, Alonso foi o último a parar. Depois dos pit-stops, a corrida estabilizou, e Massa seguiu no comando, agora tendo Alonso e Button atrás de si. Räikkönen caíra para quarto, à frente de Fisichella, Barrichello e de um impressionante Schumacher.
 
As voltas finais testemunharam uma pilotagem magistral do heptacampeão, que emendou ultrapassagens no brasileiro e no italiano, deixando a mais bonita delas para fazer em cima daquele que seria seu sucessor na Ferrari. A três giros do fim, a reta dos boxes foi o palco escolhido pelo alemão, que tirou por dentro da McLaren na entrada do ‘S’ do Senna para executar uma linda manobra sob Räikkönen, garantindo, assim, a quarta posição. E arrancado aplausos dos mecânicos da Ferrari.
Michael Schumacher protagonizou em Interlagos uma brilhante prova de recuperação (Foto: Ferrari)
Na ponta, Massa conduziu o icônico carro vermelho à vitória de forma competente, alcançando seu primeiro triunfo no Brasil e acabando com um jejum que já durava 13 anos. Foi a primeira conquista depois de Ayrton Senna em 1993. Emocionando, Felipe quase repetiu o tricampeão ao empunhar a bandeira brasileira dentro da Ferrari, diante de uma torcida enlouquecida. 
 
Mesma torcida que reverenciou Schumacher depois de uma apresentação brilhante naquela que parecia ser sua última corrida na F1 – como se sabe, o alemão voltaria quatro anos mais tarde, fazendo parte do projeto da Mercedes. Com a segunda colocação, Alonso também foi saudado pelo bicampeonato inquestionável. O espanhol, por sua vez, trocaria a Renault pela McLaren.
 
Jenson Button completou o pódio em Interlagos.
Pódio do GP do Brasil de 2006 teve Felipe Massa, Fernando Alonso e Jenson Button (Foto: Ferrari)
"Nunca vou esquecer esse dia. Mesmo que outras vitórias venham, e eu espero que venham, esse dia vai ficar para a minha história. O dia que sempre sonhei e esperei. Acho que sou iluminado. Estou muito contente", disse Massa após a vitória em Interlagos.
 
Alonso agradeceu à equipe francesa. "É minha última chance com a Renault e um jeito fantástico de terminar um relacionamento. Terei essa memória para sempre comigo. "

E por fim, Schumacher: "Estou realmente muito feliz por Felipe, que pilotou de forma incrível. É espetacular para ele ser o primeiro a brasileiro a vencer em Interlagos desde Ayrton Senna. Teria sido muito legal se eu tivesse ao menos tido a chance de dividir o pódio com ele hoje. Também tenho de dar os parabéns ao Fernando. Hoje, a minha carreira chega ao fim. Certamente, é um momento especial para mim e estou realmente orgulhoso da minha carreira, que teve tanta gente fantástica, muitas que fazem parte da família Ferrari. Há muito para se dizer sobre eles, mas agora é difícil de encontrar as palavras…"

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