‘Milagreiro’ da McLaren, Alonso evita comparação com Senna: “Ele era especial, eu sou mais normal”

Fernando Alonso enfrenta uma batalha a cada corrida para tirar o máximo da errática McLaren e, neste sábado, conseguiu se colocar como o sétimo piloto mais rápido da classificação. Só que o espanhol, ao ser questionado se a performance lembrava Ayrton Senna há mais duas décadas em uma mesma McLaren nem tão competitiva, preferiu afastar qualquer comparação

 

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O script é algo familiar: piloto consagrado, considerado por muitos o melhor do grid, sofrendo com um carro da McLaren que não tem um motor capaz de acompanhar os favoritos ao título. 

 
Assim é a vida de Fernando Alonso em 2017. Assim foi a vida de Ayrton Senna em 1992 e 1993, quando o brasileiro viu as Williams de Nigel Mansell e Alain Prost, os “carros de outro planeta” conquistarem o título sem poder fazer muito a respeito. 
 
Numa comparação que atravessa mais de duas décadas, o espanhol sofre mais, porque os motores Honda são os menos competitivos do grid. Por isso, o sétimo lugar na classificação para o GP da Espanha ganhou um tom quase épico; em 1992 e 1993, Senna pôde lutar por vitórias, inclusive com algumas de suas corridas mais celebradas, como Interlagos e Donington, em 1993. 
Fernando Alonso evitou qualquer comparação com Fernando Alonso (Foto: Beto Issa)

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Alonso, que tem Senna como um de seus ídolos, prefere distanciar-se do tricampeão. Questionado pelo GRANDE PRÊMIO se há algum tipo de semelhança entre sua situação hoje e a enfrentada pelo brasileiro, ele saiu-se com elogios a um de seus heróis. 

 
“Acho que o que Ayrton fazia era muito único. Era muito especial em todos os sentidos. Eu sou mais normal. O que eu faço é tentar correr a 100% da minha capacidade em todas as corridas. Às vezes consigo; às vezes, não. Minha carreira sempre foi assim. Para ganhar de mim, você tem que chegar aos 101%”, respondeu. 
 
Algo que certamente une Alonso a Senna, isso sim, é um profundo desprezo por qualquer resultado que não seja a vitória. O espanhol deixou isso bem claro ao ser questionado sobre sua opção de correr as 500 Milhas de Indianápolis, deixando de lado o GP de Mônaco, daqui a duas semanas. “Não me arrependo, de jeito nenhum. Tem pelo menos seis carros melhores que o meu aqui, todos inalcançáveis. Então, ir pra Mônaco pra poder ficar no máximo em sétimo? Não, obrigado”.

A largada do GP da Espanha acontece às 9h (horário de Brasília) de domingo. O GRANDE PRÊMIO está em Barcelona e acompanha tudo que acontece na quinta etapa do campeonato da F1 com o repórter Thiago Arantes. Acompanhe todas as atividades AO VIVO e em TEMPO REAL

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