Mercedes se surpreende com queda de ritmo e derrota para Ferrari. Mas GP da China vai ser decidido na estratégia

A Mercedes foi sumariamente derrotada em uma pista que domina desde 2012 e sequer soube explicar o mau rendimento. Ainda, precisou acionar os pneus mais lentos para tentar ganhar vantagem na corrida. A Ferrari, por outro lado, se mostrou velocíssima com os ultramacios e tirou o máximo que pode em temperaturas mais baixas. Por isso, o GP da China vai ser decidido nos detalhes e na eficiência das estratégias das duas ponteiras do campeonato

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A Mercedes foi pega de surpresa na China, e essa é a verdade. A esquadra se surpreendeu não só com o altíssimo rendimento da rival Ferrari, mas também com a própria queda de performance e incapacidade de reagir. Por isso, ainda procura respostas. Desde 2012, antes mesmo do início da era dos motores V6 híbridos, a esquadra alemã manda no circuito chinês, mas o que se viu neste sábado (14) foi uma derrota humilhante. Os prateados não conseguiram a aderência necessária com os pneus ultramacios e sofreram com as temperaturas mais baixas em Xangai. A impaciência com a falta de performance também fez Lewis Hamilton e Valtteri Bottas cometerem errinhos aqui e ali. Então, juntando tudo isso, a Mercedes não teve como brigar pela pole, que acabou nas mãos de Sebastian Vettel – de novo.

 
"Realmente, temos algo em que pensar", admitiu Toto Wolff à Sky Sports após a classificação. "Um carro não perde vou ganha velocidade de uma corrida para outra ou de um treino para outro, o ritmo fundamental do carro é bom. Do nosso lado, temos de colocar o pneu na janela certa. O que sofremos no ano passado com o superaquecimento aconteceu de novo agora, mas ao contrário, porque esteve mais frio", analisou o dirigente austríaco.

"O carro parecia bem, mas realmente não tenho uma resposta para isso", disse Lewis na sequência, ao ser questionado a razão para a súbita perda de performance na comparação com a Ferrari.

Lewis Hamilton ficou sem respostas para a perda de rendimento da Mercedes (Foto: AFP)
É a primeira vez desde 2014 que os atuais campeões ficam fora da primeira fila em duas provas consecutivas. E isso apenas reforça o fato de que, após aquela volta estonteante na Austrália, Hamilton não conseguiu mais se impor, e a Mercedes perde terreno para a Ferrari, apesar de toda a previsão sobre favoritismo. Ao que parece, o W09 não casa bem com as versões mais moles dos novos pneus da Pirelli. O mesmo já havia acontecido no Bahrein. E aí o sinal de alerta deve ter sido ligado lá nas garagens prateados, em Brackley.
 
E tanto é assim que a equipe chefiada por Wolff teve de lançar mão dos compostos macios para dar conta do Q2 e do início da corrida. Em cima dos amarelos, aí, sim, Hamilton e cia foram capazes de enfrentar a Ferrari. A diferença para Vettel ficou acima dos 0s4. Mas menor do que a vantagem que o ferrarista tem para os prateados em cima dos ultramacios. E isso, sim, é algo a se pensar.
 
Ainda assim, a Ferrari também optou pelos macios na segunda fase da classificação, em uma clara resposta aos rivais. Ou seja, a estratégia novamente vai desempenhar um papel fundamental para a disputa da vitória – mais do que a velocidade apresentada pelos italianos. A expectativa é de uma parada apenas. E com uma segunda perna ainda mais decisiva. 
 
Como no Bahrein, a Mercedes pode lançar mãos até dos compostos médios para tentar enfrentar os carros vermelhos. Mas a esperança dos prateados está mesmo na previsão do tempo. Ou seja, a torcida é para que o clima esquente, e aí se abra a possibilidade de um melhor rendimento, como o visto na sexta-feira, durante os treinos livres.
Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen – primeira fila é toda da Ferrari em Xangai (Foto: AFP)
A equipe de Maranello, por outro lado, deseja apenas tirar proveito de todas as oportunidades. A SF71H é equilibrada e possui melhor velocidade de reta. A decisão de aumentar a distância entre eixos se mostra cada vez mais acertada, além de toda a ousadia em termos de aerodinâmica. Os italianos têm cartas interessantes na manga e parecem não ter medo de usá-las. O carro cuida bem dos pneus e responde sob qualquer temperatura. 
 
Daí a alegria do tetracampeão após a espetacular pole em Xangai. “O carro estava incrível e só seguiu melhorando. Cometi alguns erros na primeira volta, mas sabia que se conseguisse alguma margem ia dar para pisar fundo [na segunda]”, disse.
 
Diante desse cenário, a largada também será decisiva para a corrida. No top-10, somente os quatro primeiros vão sair de macios. E precisam de um início forte para fazer as táticas funcionarem. A Ferrari trabalha para neutralizar qualquer ação da Mercedes, que, por sua vez, vai tentar surpreender a rival, meio que na linha adotada no Bahrein.

De novo, a F1 vai acompanhar o jogo de tabuleiro entre as duas ponteiras.

Max Verstappen é quem aparece mais perto das ponteiras (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
A Red Bull cumpriu seu papel de terceira força. A equipe austríaca segue sem fôlego para enfrentar as duas primeiras em classificação, mas tem no ritmo de corrida a expectativa de, ao menos, incomodar. O problema maior, no entanto, é a confiabilidade. A falha no turbo, que tirou Daniel Ricciardo do TL3, assustou os energéticos.
 
Quem aparece mais perto de Max Verstappen e Ricciardo é Nico Hülkenberg. Enfim, a Renault parece forte para liderar o pelotão intermediário, que viu o regresso de Sergio Pérez ao top-10. Carlos Sainz corrobora a boa performance dos franceses, ao se colocar à frente de Romain Grosjean.
 
Apesar do bom desempenho ao longo do fim de semana, Kevin Magnussen falhou na hora de tentar o Q3. A McLaren também deixou a desejar e sai novamente em 13º e 14º com Fernando Alonso à frente de Stoffel Vandoorne. O ritmo de corrida é que parece ser a salvação dos ingleses.
 
As notas de decepção vão para a Toro Rosso. Pierre Gasly, que brilhou há uma semana, agora sequer passou do Q1. A Sauber segue seu ritmo, enquanto a Williams afunda um pouco mais.

A largada do GP da China está marcada para 3h10 (horário de Brasília) deste domingo. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

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