Mercedes garante que pode dar corrida de suspensão “e ir além” em caso de novo incidente entre Hamilton e Rosberg

A Mercedes mantém em aberto a briga entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, sem ordens de equipe. Mas, em caso de novo incidente, as punições serão duras: Toto Wolff, chefe da equipe, fala em suspensão ou até “ir além”

Grande Prêmio
Redação GP 08/07/2016    13:16    4min    Fórmula 1
Nico Rosberg e Lewis Hamilton deram início a um sério debate na cúpula da Mercedes. A equipe chegou muito perto de perpetuar as ordens de equipe como regra, mas voltou atrás e permitiu que os pilotos disputem o título livremente. Mas tudo vem com um custo.

Toto Wolff, chefe da equipe prateada, promete uma punição mais pesada em caso de novos incidentes.

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O dirigente não é preciso sobre as consequências de um novo toque, mas deixa claro que serão pesadas. Wolff já fala em pelo menos uma corrida de suspensão, e até “ir além” disso.
 
"Não quero entrar em detalhes porque é quase um contrato e não quero revelar nenhum termo financeiro de nenhum acordo, e é como se fosse o caso aqui. Mas não quero ser o diretor. Não quero pegar ninguém pelo punho porque os pilotos são os astros do show, eles são os gladiadores. Nós temos de erguê-los, não jogá-los para baixo", disse Wolff, em entrevista à emissora britânica Sky Sports.
Toto Wolff está de olho nos pilotos (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
"Se a gente deixar Lewis em casa, significaria que o sistema que criamos há três anos de deixar os pilotos correr falhou. E é uma falha para todos nós, uma falha… principalmente dos pilotos. É responsabilidade deles, porque nenhum de nós vira o volante do cockpit. E isso significaria que ter dois pilotos em igualdade de condições não funciona", seguiu.
 
A Mercedes nunca puniu seus pilotos por conta de incidentes na pista. Mesmo em 2014, auge da rivalidade entre Hamilton e Rosberg, a posição foi de certa neutralidade. Este não deverá ser o caso em 2016.
 
“Iríamos além disso? Sim, iríamos além para garantir que isso não aconteça mais no futuro, é 100% claro para nós. Nós somos uma organização sólida e uma das melhores marcas do mundo e, de novo, espero que nunca precisemos disso. Mas no fim do dia, é necessário tomar decisões para evitar isso no futuro. Mas estou otimista de que não vai ser necessário”, explicou.
Toto Wolff e seus pilotos (Foto: Getty Images)
Wolff, apesar de descartar ordens de equipe em condições normais, faz uma ressalva sobre o GP da Áustria. O dirigente acredita que, caso exista o risco de um problema mecânico, a equipe deve intervir. E, no Red Bull Ring, os freios estavam muito desgastados.
 
"A resposta é sim, e vou dizer por quê. Nós tínhamos uma situação em que os dois carros ficaram claramente, não diria com problema, mas em um estado que eles não poderiam disputar propriamente um contra o outro. Chegou a um ponto em que só os dois estavam disputando, com os freios perto do fim”, seguiu.
 
Nós vimos o que aconteceu com Pérez, que teve um problema e acabou no muro. Vimos Massa abandonando. E naquela situação particular, precisávamos parar a disputa antes que os carros quebrassem. Então era provável que a gente interferisse e dissesse 'você não tem o melhor carro para esta disputa’”, finalizou.
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