Mercedes descarta nova ordem de equipe e propõe luta franca entre Rosberg e Hamilton, diz Lauda

O fim de semana do GP da China já começou, mas o debate no paddock da F1 ainda remete ao polêmico GP da Malásia, ocorrido há três semanas e marcado por ordens de equipe na Red Bull e também na Mercedes. Embora não tenha vivido toda a polêmica em torno da escuderia taurina, o time alemão também esteve no centro das discussões sobre até que ponto é válido uma equipe interferir na disputa entre seus pilotos na pista. Para acabar com qualquer dúvida, pelo menos no campo teórico, Niki Lauda veio a público e deixou clara a posição da equipe.

“Nós sentamos e chegamos a um acordo que, de forma imediata, os pilotos podem competir entre si”, garantiu o presidente não-executivo do conselho diretivo e acionista da Mercedes durante entrevista ao diário austríaco ‘Osterreich’ nesta sexta-feira (12). De certa forma, Lauda repete o gesto do seu compatriota e consultor da Red Bull, Helmut Marko, que disse nesta semana que “nunca mais” haverá ordens de equipe na esquadra taurina.

À parte da polêmica em Sepang, Toto Wolff, dirigente que acumula as funções de diretor-executivo e diretor-esportivo da Mercedes, entende que é a hora de finalmente colocar sua equipe entre as grandes e postulantes aos títulos na F1.

“Nosso primeiro objetivo é ser visto como favorito, assim como Ferrari, McLaren e Red Bull”, comentou o austríaco em entrevista ao diário alemão ‘Suddeutsche Zeitung’. “Logo devemos ser campeões mundiais. Estamos fazendo isso para tornar a imagem da marca mais dinâmica e jovem. Quando se pensa em Mercedes, é preciso pensar que as Flechas de Prata são bem-sucedidas”, acrescentou.

A Mercedes, vencedora do GP da China do ano passado com Nico Rosberg, desponta como uma das grandes favoritas à vitória neste ano. Rosberg e Lewis Hamilton apresentaram bom rendimento no primeiro dia de atividades em Xangai.