Massa alerta para ausência de retas longas em Hungaroring: “Tomara que a gente consiga ficar só atrás da Mercedes”

Em um traçado que costuma ser comparado com o de Mônaco, a potência do motor Mercedes pode não ser tão fundamental para definir a disputa por um lugar no pódio. Mas Rob Smedley, engenheiro-chefe, destaca que as novas atualizações preparadas pela Williams podem fazer o time melhorar neste tipo de circuito

Travado, sem retas longas e com várias curvas de baixa e média velocidades: as características do traçado do Hungaroring o colocam, no papel, como o circuito ideal para as equipes que usam motores Renault e Ferrari tentarem compensar a falta de potência em relação aos propulsores da Mercedes. Por isso, é em um novo pacote de atualizações que a Williams aposta suas fichas para fazer o que fez nas últimas três provas também na corrida do próximo domingo (27): ser a melhor do resto.

“Tomara que a gente consiga ficar só atrás da Mercedes, mas lógico que é um circuito diferente, em que as retas são bem menores. E isso acaba ajudando as equipes que possuem um motor não tão forte como o nosso”, disse Massa.

Massa vai buscar a recuperação na Hungria: abandonou as duas últimas provas na primeira volta (Foto: Beto Issa)

O circuito húngaro é frequentemente comparado ao de Mônaco, embora não seja uma pista de rua — o paralelo se dá mais pela baixa velocidade média da pista. E quando a F1 passou por Monte Carlo, no fim de maio, os dois primeiros lugares continuaram com a Mercedes. O que mudou foi que a luta pelo degrau que sobrou no pódio ficou restrita a Red Bull e Ferrari, com Daniel Ricciardo levando a melhor sobre Fernando Alonso e Kimi Räikkönen. Só depois apareceram as equipes-clientes da Mercedes.

Engenheiro-chefe do time de Grove, Rob Smedley se mostra confiante especialmente pelo progresso feito desde o início do ano. O inglês afirmou que as novas peças que devem ser introduzidas no GP da Hungria são específicas e foram feitas justamente para otimizar a performance do FW36 neste circuito.

“Identificamos que tipo de melhora precisaríamos fazer para continuarmos competitivos em Budapeste, e até agora atingimos todos os nossos objetivos. Vai melhorar o carro e será muito específico para Budapeste, então eu acredito que vamos para lá sendo capazes de manter um ritmo decente no carro”, falou.

No começo do ano, o carro da Williams não se mostrava bom em pistas onde uma boa dose de downforce era necessária, cenário que já mudou consideravelmente. “Se você quer dizer que tipo de circuito é ou não é bom para nós, você poderia dizer que o da Alemanha não seria, mas saímos com um bom carro e um bom resultado”, destacou.

Terceira colocada no Mundial de Construtores, a Williams tem 121 pontos anotados e foi ao pódio três vezes neste ano, todas com Valtteri Bottas (terceiro na Áustria e segundo na Inglaterra e na Alemanha). Também fez uma pole-position, com Massa, no Red Bull Ring.

Nenhum dos dois pilotos do time possui um histórico favorável em Hungaroring. Massa, que liderou o GP de 2008 até três voltas do final, quando o motor de sua Ferrari explodiu na reta dos boxes, tem um quarto lugar em 2010 como melhor resultado.

Enquanto isso, a Williams já venceu sete vezes na Hungria. A última delas foi há 14 anos, com o canadense Jacques Villeneuve, campeão daquela temporada.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial de F1, com a repórter Evelyn Guimarães. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.

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