Inscrita na seleção da FIA, Michelin defende guerra de pneus, rodas maiores e compostos que deixem pilotos atacar

A Michelin ainda não sabe se será aceita no processo seletivo aberto pela F1 para as temporadas 2017 a 2019, mas já deixou claro que deseja revolucionar o tratamento dado aos pneus nos últimos anos: a marca propôs pneus que diz serem melhores que os atuais e montados em rodas de 18 polegadas

Guerra de pneus, rodas maiores e compostos duráveis que deixem os pilotos atacarem: esta é a visão da Michelin para o Mundial de F1.
 
A fabricante francesa, que deixou a categoria no fim de 2006, agora deseja voltar. Nesta semana, confirmou sua inscrição no processo seletivo da FIA para as temporadas 2017 a 2019 e apresentou sua proposta para o Mundial.
 
Segundo a Michelin, o conceito adotado no que tange aos pneus nos últimos anos não é um bom caminho técnico, tampouco de marketing para a empresa. Daí o desejo de ver mudanças para poder selar o retorno.
 
A Pirelli, fornecedora única desde 2011, também está inscrita na seleção e é a favorita para continuar – Bernie Ecclestone já criticou a Michelin justamente por fazer exigências para voltar.
Pneus MIchelin foram usados pela última vez na F1 em 2006 (Foto: Getty Images)
“Poderíamos obviamente criar compostos diferentes e sugerir que um carro dê tantas voltas com aquele pneu, mas atacando o tempo todo. O piloto não precisaria esperar a degradação dos pneus. Você pode criar uma regra de pit-stop obrigatório, e uma equipe pode até escolher reutilizar um pneu em particular uma ou duas vezes. Então há coisas que podem ser feitas sem que os pilotos andem com 70% do potencial, como é o caso agora”, sugeriu Pierre Couasnon, diretor de automobilismo da Michelin, à ‘Autosport’.
 
“Acreditamos que rodas de 18 polegadas fazem sentido, e por que não 19 ou 20, se for preciso? O que é chave é fazer algo que seja próximo da realidade. Hoje, nas pistas e nas ruas, você não vê pneus de 13 polegadas e com laterais altas. Essa é a razão pela qual propomos algo mais moderno, e o principal é isso. E acredito que a Pirelli está começando a concordar conosco, o que é bom”, seguiu. Isso, no entanto, representaria um aumento de quase 20 kg no peso do F1 em um momento em que trabalha-se para deixá-lo mais rápido.
 
Estas duas propostas fazem parte do que a Michelin enviou à FIA. O outro item de desejo da marca, uma guerra de pneus, terá de ficar para o futuro: uma competição entre fabricantes está descartada até pelo menos 2020.
Na F-E, os pneus da Michelin já são de 18 polegadas (Foto: Divulgação)
De todo modo, Couasnon pensa que o formato existente no Mundial de Endurance é bom: a fabricante estabelece suas opções de pneus e pode substituir um deles ao longo do ano.

“Uma guerra de pneus com enormes quantias de recursos aplicados não é desejável, nem seria possível com a limitação de testes. Pensamos em regras como no endurance, em que você tem um número limitado de dias de testes e em que pode usar um coringa durante o ano. Assim, você evita que tenha gente reclamando de um pneu porque nada muda, e há alguma pressão pela competição. Uma boa solução para todos”, acrescentou.

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