Indefinição sobre futuro da Lotus faz PDVSA atrasar pagamento milionário e gerar crise financeira, afirma revista

A Lotus aguarda ansiosamente pelo pagamento de uma fatura de R$ 183 milhões, devida pela principal patrocinadora do time, a petrolífera venezuelana PDVSA, para ‘tirar a corda do pescoço’ e sair de uma grave crise financeira que vem prejudicando até mesmo o pagamento dos funcionários da equipe

A crise financeira sem precedentes vivida atualmente pela Lotus tem origem no atraso de pagamento do seu principal patrocinador. De acordo com o site da revista britânica ‘Autosport’, o estado combalido dos cofres da Lotus tem origem em uma fatura pendente que ainda não foi paga pela petrolífera venezuelana PDVSA. Ocorre que a Lotus está prestes a ser adquirida pela Renault, numa negociação que envolveria cerca de £ 65 milhões (R$ 366 milhões) por 65% das ações do time e, consequentemente, o controle acionário da equipe de Enstone. A empresa sul-americana prefere esperar a definição do cenário antes de fazer o pagamento.

Ao todo, o time conta com 400 funcionários que, em decorrência desta crise, tiveram salários pagos por Bernie Ecclestone. O supremo chefe da F1 conseguiu, desta forma, garantir a Lotus no grid do GP da Bélgica, prova que marcou o melhor resultado do time no ano, o surpreendente terceiro lugar de Romain Grosjean.

Futuro indefinido da Lotus emperra pagamento da PDVSA, apoiadora de Maldonado e patrocinadora do time  (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

Segundo a publicação, a Lotus tem a receber da PDVSA cerca de £ 32,5 milhões (183 mi), quantia que garantiria Pastor Maldonado para a próxima temporada do Mundial de F1. Em princípio, o valor seria pago no fim de julho ou começo de agosto. O dinheiro garantiria a sobrevivência da equipe. Contudo, o impasse em torno das negociações com a Renault está emperrando o pagamento. E sem o dinheiro oriundo da patrocinadora de Maldonado, a Lotus sequer vem conseguindo honrar seus compromissos com fornecedores e também com os funcionários.

Entende-se que Maldonado, com a Lotus sendo adquirida pela Renault, teria sua vaga em xeque. Por outro lado, Grosjean, que vem mostrando boa performance, seguiria no time, até mesmo porque, além do bom trabalho desempenhado neste ano, o franco-suíço conta com o apoio da Total, petrolífera francesa que é uma das grandes parceiras da Renault.

Contudo, Pastor tem contrato com o time para o ano que vem. Assim, a publicação britânica escreve que “é provável que a Renault vai honrar o acordo com Maldonado para 2016, com opção para 2017”.

Ainda por cima, a Renault vem, de certa forma, ajudando financeiramente a Lotus ao não receber o dinheiro que lhe é devido em razão da quebra de contrato para fornecimento de motores. Em 2015, a Lotus passou a contar com as unidades de força da Mercedes. Segundo o contrato, o time deveria pagar um valor fixo à Renault por mês, a ser deduzido da renda mensal recebida do prêmio dado pela FOM (Formula One Management) com base na classificação do campeonato.

Entretanto, face à venda iminente para a Renault, a Lotus foi autorizada pela montadora a suspender o pagamento da multa contratual até que se concluam as negociações com a montadora de Viry-Châtillon.

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