Hamilton prova velocidade da Mercedes com pole impressionante. A Ferrari e Red Bull, resta apostar no ritmo de corrida

Lewis Hamilton foi absurdo neste sábado (24). O inglês ignorou a aproximação dos rivais nas primeiras fases da classificação e partiu para a volta decisiva guiando de maneira excepcional e sem erros para cravar a 73ª pole de sua carreira, a sétima na Austrália. O giro apenas provou a velocidade da Mercedes. Quanto às rivais, a esperança é conseguir imprimir um ritmo de corrida mais próximo ao da esquadra alemã

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No último dia de testes em Barcelona, Lewis Hamilton foi perguntado se já havia feito a volta perfeita na carreira na F1. O inglês respondeu que nunca. E que a beleza do esporte estava justamente nisso: no fato de que a busca pela perfeição é eterna. Neste sábado (24), entretanto, é bem capaz que o britânico tenha alcançado o giro perfeito ou que tenha ficado muito próximo disso. Depois de um terceiro treino livre marcado por condições instáveis, a classificação começou com pista seca e as cartas todas na mesa. E até certo momento parecia que a briga pela pole-position seria realmente acirrada. Mas alguém esqueceu de dizer isso a Lewis. Deixemos para o fim. 

 
Começou assim: a primeira parte da sessão acompanhou enorme equilíbrio entre as três ponteiras. Ninguém estava sobrando, não. Hamilton liderou o Q1, ao virar 1min22s824 em sua melhor volta de ultramacios. Kimi Räikkönen, surpreendentemente em melhor forma que Vettel, se colocou em segundo, logo à frente do companheiro. Os dois carros da Red Bull apareceram na sequência. A diferença entre Lewis e Kimi era de pouco mais de dois décimos. Aí veio a segunda fase e, novamente, a briga apertou. Mas, desta vez, foi o tetracampeão alemão quem surgiu na ponta, com o primeiro tempo abaixo de 1min22s. Seb comandou a tabela com 1min21s944 contra 1min22s051 do inglês. Interessante, não?
Parecia que seria uma briga apertada, mas não foi bem assim (Foto: Reprodução/Twitter)

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E ficaria ainda mais. O Q3, então, teve início cercado de enorme expectativa, que precisou ser contida logo nos primeiros instantes, quando Valtteri Bottas tocou a grama, acelerou demais e acabou no muro. O acidente, que vai gerar prejuízos ao finlandês — perda de cinco posições no grid devido à troca da caixa de câmbio —, serviu apenas para adiar a disputa maior. Depois da bandeira vermelha, os carros voltaram à pista: Hamilton, Räikkönen, Verstappen, Vettel e Ricciardo partiram para suas voltas.

 
O tetracampeão britânico ainda se manteve à frente, mas com diminuta vantagem. Menos de um décimo separou o #44 do #33 e do #5. Mas ainda tinha uma última tentativa. Então, Lewis foi o primeiro a fazer o cronômetro disparar. O aviso de que aquela era ‘a’ volta veio logo na primeira parcial, quando o carro prata passou 0s4 melhor que o tempo anterior. A segunda foi ainda mais emblemática: 0s6. E a terceira apenas confirmou a posição de honra. Somando tudo, Hamilton cravou 1min21s164, novo recorde de Albert Park – ele tirou quase 0s9 do próprio tempo. Um absurdo. Os demais não chegaram nem perto. É certo que Vettel e Verstappen cometeram alguns errinhos – mais precisamente na curva 13 -, mas também é verdade que nenhum dos dois ameaçaria o piloto da Mercedes. No fim, o segundo lugar do grid coube a Räikkönen, meros 0s010 mais rápido que Vettel. 
 
Se a Mercedes tinha alguma dúvida sobre o ritmo de classificação, isso caiu por terra. Lewis confirmou que o W09 é fortíssimo em volta rápida. Quase imbatível, para desespero da concorrência. Que se rendeu à performance. “Foi um soco no estomago”, disse Ricciardo mais tarde. E deve ser mesmo.
 
Mas Hamilton fez questão de dizer que a desempenho não era uma arma secreta. "Eu posso garantir que não temos um modo de festa [para a classificação]. Eu usei o mesmo modo do Q2 ao final do Q3. Não havia nenhum botão ou algum outro modo que eu tenha usado", disse.
Max Verstappen acha que há como vencer a Mercedes (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
E há como vencer essa veloz Mercedes? 
 
A resposta é: há esperança. A grande questão é entender agora o ritmo de corrida de cada uma das três principais forças do grid. Como demonstrado em Barcelona, a equipe alemã possui um desempenho consistente. Mas as simulações vieram em cima de pneus macios e temperaturas muito diferentes. Nestas condições, os prateados foram muito melhores. Mas Melbourne o cenário é distinto. As temperaturas são mais altas e, além dos macios, há ainda os supermacios. Na sexta-feira, Hamilton imprimiu um ritmo muito constante com os pneus ultramacios, os mesmos com que vai iniciar a corrida amanhã. Há um ponto interessante aqui e é onde mora a aposta das rivais: a escolha dos pneus.
 

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Nos ensaios durante o TL2, Max Verstappen foi o mais rápido quanto com os compostos macios quanto com os supermacios. E a Red Bull já vai se lançar em uma tática diferente das duas adversárias: a equipe austríaca optou por largar com os jogos de super ao invés de ultra, combinação feita por Mercedes e Ferrari. Daí o olhar maroto no rosto do holandês, que sai em quarto. "Precisamos esperar e ver se, com os pneus supermacios, fizemos a escolha certa para a corrida. Para nós, é provavelmente a melhor escolha pelo que vimos ontem. Os pneus estão um pouco mais complicados, então as primeiras voltas serão difíceis, mas você não consegue ultrapassar de qualquer maneira, então, se você é 1s mais lento não importa", explicou Verstappen.
 
Também há de se levar em consideração que os compostos ultra, super e o próprio macio passaram por modificações e estão um estágio mais mole. E a escuderia italiana já provou ter enorme adaptação a essa condição, além de um carro que sabe cuidar dos pneus. Daí a esperança de Seb em um ritmo mais próximo na prova desta madrugada. “Foi muito acirrado e assim é empolgante. Pena que Lewis [Hamilton] tenha encontrado uma vantagem tão grande no fim, mas imagino que tenha sido uma volta muito boa. Fico ansioso por amanhã. Acho que o carro melhorou e vamos ver o que acontece amanhã. Vimos ontem que o ritmo de corrida é bem próximo. Não é o lugar mais fácil para ultrapassar, mas nunca se sabe. Temos uma chance no começo da corrida”, acrescentou o ferrarista.
Romain Grosjean e essa impressionante Haas (Foto: Haas)
O forte grupo intermediário
 

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Além do top-3, a F1 começou a testemunhar no Albert Park uma segunda briga interessadíssima. A Haas, de novo ela, foi capaz de colocar seus dois pilotos no top-10. O carro não deixa dúvida, é muito eficiente, mesmo nas mãos às vezes instáveis de seus dois pilotos. Como bem comparou o GRANDE PREMIUM, o modelo é uma clara inspiração na Ferrari do ano passado e carrega ainda elementos aperfeiçoados. Resta saber se Romain Grosjean e Kevin Magnussen terão também cabeça para usar bem o equipamento que agora lhes dá a chance de brigar pelo posto de quarta força do grid.

 
A Renault ficou logo atrás. Talvez a força dos franceses esteja na boa dupla de pilotos, que sempre sobressai em corrida. Junte-se aí a McLaren. É bem verdade que os laranjas ficaram fora do Q3, mas o desempenho foi forte e há chance de uma disputa apertada neste bloco, que está agora bem à frente de Force India e Williams – essas duas deixaram muitas dúvidas, especialmente a primeira, que está longe da boa forma de 2017. A Sauber não fecha o grid e ainda teve lá seus 15 minutos de fama com o terceiro lugar de Marcus Ericsson no TL3. Talvez a maior decepção tenha sido mesmo a Toro Rosso, principalmente depois do que mostrou na pré-temporada. 
”RECOMEÇA A BRIGA”

MERCEDES COMEÇA TEMPORADA AINDA À FRENTE DA FERRARI

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