Guia F1 2018: Alonso recebe sopro de esperança com chegada da Renault, mas será suficiente para renascer?

Fernando Alonso tentou tanto que ganhou sua vontade da McLaren para renovar o contrato: largar a Honda e partir para uma parceria de fornecimento de motor com a Renault. Com a decisão tomada, o bicampeão passa a ter alguma esperança e grande expectativa sobre enfim uma fase de renascimento da equipe de Woking. Por enquanto, ele precisa da F1 e a F1 precisa dele, mas a paciência de ambos não será infinita

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Tanto fez nos meses finais de 2017 que Fernando Alonso conseguiu o que mais desejava para os últimos três anos: se ver finalmente livre das desventuras da Honda. A parceria permitiu que o bicampeão mundial tivesse uma chance casada de participar das 500 Milhas de Indianápolis e ver como é recebido pelo mundo 'lá fora' da F1. Mas foi pouco. O relógio é cruel, está batendo os ponteiros finais da história do espanhol com a categoria com a qual se enamorou ainda jovem. Por ter a consciência disso, Alonso chamou a McLaren com um canto de sereia para levá-la até a Renault, uma outra casa antiga.

 
Depois de um triênio em que o melhor que conseguiu fazer foi chegar no quinto posto em três oportunidades – e, por incrível que pareça, isso ainda tem os contornos de um feito impressionante. Alonso vivia o fim do contrato que assinou com a McLaren em 2014, quando esperava capitanear um renascimento. Sem opções melhores na F1, sabia que era McLaren ou nada. Tanto que admitiu ter pensado em aposentadoria.
 
O que tinha de melhor para fazer era ficar, aproveitar a estrutura e o poderio da McLaren e fazer o que estava a seu alcance para ter uma chance. Cortejado pela Renault, começou a sussurrar a ideia nos ouvidos que cabiam. Até chegar ao ultimato que diz não ter dado diretamente, mas era intelectualmente evidente: ou a equipe escolhia permanecer com a Honda ou ficava com ele. Os dois juntos não poderia ser. A pressão fez efeito.
Fernando Alonso (Foto: McLaren)

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De cara a sensação era de que a melhora seria automática. Afinal, conforme a McLaren e seus pilotos gostavam de ressaltar durante os últimos anos, o chassi era muito bom e mostrava desempenho em pistas onde a força do motor era menos decisiva. Confiabilidade e potência da unidade de força eram os atributos que separavam o time de Woking das primeiras colocações.

 
Todo o otimismo dos últimos meses começou a ser posto em prática no decorrer das semanas que passaram entre fevereiro e março, durante oito dias de testes coletivos de pré-temporada em Barcelona. O que se viu foi ao mesmo passo encorajador e preocupante. 
 
Encorajador porque o ritmo que a Honda jamais teve, como esperado, a Renault tem. Mesmo atrás das ponteiras Mercedes, Ferrari e Red Bull – essa última, aliás, dotada do mesmo propulsor -, a McLaren oferece a capacidade de lutar com a equipe de fábrica da parceira francesa, bem como com a Force India. Sobretudo nas três primeiras etapas da temporada da F1, na Áustrália, Bahrein e China, será notabilizado se a McLaren luta de fato para ser a quarta força em 2018. 
 
A parte da preocupação está nos constantes deslizes de confiabilidade. Se não necessariamente no motor, o carro da McLaren viveu diversos problemas tanto com Alonso quanto com Stoffel Vandoorne. Não foram tão graves quanto aqueles vistos nos últimos anos, é bem verdade, mas numa temporada onde a disponibilidade de trocas na unidade de força é ainda menor que em 2017, bem, alguns problemas insistentes serão a diferença entre bons pontos e fim do grid.
Fernando Alonso (Foto: McLaren)

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Aliado a isso, a McLaren se depara com uma Honda renovada. Os japoneses costuraram um rápido acordo com a Toro Rosso para fazer da pequena escuderia italiana sua equipe oficial na F1 – e se pôr como opção real à Red Bull para o ano que vem. Em Barcelona, o motor japonês praticamente não mostrou defeitos. Apesar de ainda faltar desempenho inicial, expôs a questão que circunda o ano da McLaren neste começo: e se a Honda for superior?

 
Alonso tem mais o que fazer neste ano e no próximo. Já correu as 24 Horas de Daytona como teste e agora passará a dividir o tempo com a Toyota e o Mundial de Endurance, inclusive com as 24 Horas de Le Mans. E ninguém discute que ele pensa grande, quer ganhar no WEC e ainda pensa em Indianápolis quando coloca a cabeça no travesseiro. Mas não é só nisso que ele pensa.
 
Alonso, bicampeão da F1 muito jovem, em 2005 e 2006, viveu na crista do mundo da F1. Michael Schumacher estava fora de cena e ninguém parecia desafiá-lo de perto. Naquele momento, agora já mais de uma década no retrovisor, Fernando movia montanhas e multidões e fazia com que fosse esperado o começo de uma Era Asturiana na F1. Mas o terceiro título nunca veio.
 
Apesar de todas as glórias, todo o espaço fora de lá e as vontades reais de ostentar a Tríplice Coroa, Alonso ainda não desapegou da F1. Alguma coisa na ligação quase umbilical entre Fernando e o Mundial ainda não apagou, não fendeu e mantém os dois grudados. Alonso quer provar que não desperdiçou as esperanças dos últimos 12 anos; a F1 gostaria de ver Alonso mostrar que os pilotos importam mais que os carros. 
 
Os dois ainda precisam um do outro, resta saber por quanto tempo podem esperar.
”VOCÊ TEM DE RESPEITAR”

EMOÇÃO GENUÍNA DE BARRICHELLO É EXEMPLO DE MOTIVAÇÃO

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