FIA pede à Pirelli dossiê sobre teste da Mercedes antes de audiência no Tribunal Internacional, diz jornal

Segundo o diário austríaco ‘Kleine Zeitung’, a FIA quer o maior número de informações a respeito do teste secreto e polêmico promovido pela Pirelli no circuito de Barcelona para avaliar o caso no Tribunal Internacional

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quer da Pirelli o maior número possível de informações a respeito do teste secretamente promovido pela Mercedes, em conjunto com a fabricante de Milão, no circuito de Barcelona, dias depois do GP da Espanha de F1. De acordo com reportagem do diário austríaco ‘Kleine Zeitung’, a entidade pediu à fornecedora de pneus um dossiê completo das atividades realizadas na Catalunha antes da audiência no Tribunal Internacional, que ainda não foi agendada.

O polêmico teste continua dando o que falar. De um lado, a Mercedes se defende e diz que não tirou vantagem da sessão de três dias, num total de 1.000 km percorridos. Contudo, equipes como Ferrari e Red Bull questionam o procedimento realizado pela rival, que realizou a prática, mas com carro de 2013 e também com seus pilotos titulares, fatos que violam o regulamento esportivo da F1, que restringe os testes com os bólidos atuais apenas à pré-temporada, filmagens promocionais e avaliações aerodinâmicas, realizadas em linha reta.
Teste secreto feito pela Mercedes em Barcelona será investigado pelo Tribunal Internacional (Foto: Getty Images)

À reportagem do ‘Kleine Zeitung’, Ross Brawn, chefe de equipe da Mercedes, diz que não houve qualquer tipo de benefício porque a Pirelli apenas abasteceu os engenheiros do time com “códigos” dos pneus em teste. “Portanto, não poderia obter qualquer informação útil”, defendeu o dirigente britânico.

Na esteira da polêmica sobre o teste secreto da Mercedes, mais informações começam a aparecer. De acordo com o jornal italiano ‘La Stampa’, Lewis Hamilton chegou a tuitar uma foto onde teoricamente estava na Flórida, quando, na verdade, estava testando o W04 em Barcelona. A artimanha teria sido feita para não levantar qualquer suspeita a respeito da sessão secreta em Montmeló.

Todavia, Red Bull e Ferrari não concordam com o argumento da Mercedes e protestaram justamente porque a escuderia alemã realizou seus testes com o carro de 2013. A Ferrari, por sua vez, também cumpriu uma bateria similar à Mercedes dias depois do GP do Bahrein, mas a fez usando um bólido de 2011, o que é permitido pelo regulamento.

Niki Lauda, presidente não-executivo da Mercedes, entende que a Red Bull, que vive numa temporada às voltas com problemas de desgaste dos seus pneus, está “com raiva” por não ter aproveitado a chance de testar antes da Mercedes. Questionado pelo jornal 'Osterreich' se Helmut Marko, seu compatriota, estava com raiva do procedimento da escuderia de Brackley, Lauda foi enfático: “Claro. Nós aproveitamos a oportunidade para testar, e acredito que a Red Bull simplesmente foi lenta ao reagir. Então, eu também ficaria irritado”.

“Depois do protesto, o tribunal vai decidir se o regulamento esportivo ou as regras que a Pirelli negociou com a FIA foram violados. Temos agido corretamente, e agora um tribunal independente vai decidir”, disse Lauda, confiante.
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