FIA diz que seria impossível resgatar marmota atropelada por Grosjean no Canadá: “Era melhor deixar e torcer”

Charlie Whiting, diretor de provas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), acredita que pouco poderia ser feito para evitar que uma marmota fosse atropelada por Romain Grosjean no segundo treino livre do GP do Canadá, realizado no último fim de semana. De acordo com Whiting, a melhor tática para a situação era torcer para que o animal não invadisse a pista – tática que não funcionou.

 

“Eu dei uma explicação completa no briefing dos pilotos. É claro que nós vimos a marmota, e eu perguntei se era possível pegar e tirar dali, mas pessoas que entendem muito mais de marmotas do que eu me disseram que era uma coisa pouco inteligente a ser feita”, disse Whiting, perguntado pelo Motorsport.com. “Pensamos que seria melhor deixar ela ali e torcer para que não corresse. Mas ela correu, infelizmente”, lamentou.

Em outras categorias, como Indy e Nascar, a invasão de animais na pista resultou em acionamento de bandeira vermelha para resgate. Na F1, a decisão foi dar sequência à atividade de pista.

 

A questão das marmotas é de difícil solução porque o circuito de Montreal está situado em um parque, construído em uma ilha artificial. É o habitat do animal, que também tem o hábito de cavar buracos em áreas de grama.

 

“Elas [marmotas] são nativas dessa ilha, são protegidas e fazem o melhor possível para invadir lugares em que não deveriam estar. Fazemos nosso melhor para tapar os buracos, mas elas cavam outros, além de entrar na pista com frequência, como vocês viram. Não é legal, mas infelizmente não há muito que possa ser feito”, encerrou Whiting.