FIA coloca Ferrari no mesmo barco de Mercedes e inclui time italiano em julgamento de testes secretos

Assim como a Mercedes, a Ferrari também vai ser investigada pela FIA por ter realizado um teste secreto com o modelo de 2011 a pedido da Pirelli

Em comunicado emitido na noite desta sexta-feira (31), a FIA informou que a Ferrari também foi colocada no banco dos réus na polêmica que envolve os testes secretos realizados a convite da Pirelli no circuito de Barcelona.

No intervalo de três semanas entre o GP do Bahrein e o GP da Espanha, uma Ferrari F150 de 2011 foi usada em um teste de pneus na pista catalã em uma atividade conduzida pela equipe cliente da escuderia de Maranello, não a de competição. Segundo a revista inglesa ‘Autosport’, a própria fornecedora de pneus foi quem pagou pelo treinamento.

A Mercedes, contudo, andou com o W04, carro de 2013, na semana seguinte à etapa espanhola do Mundial. A polêmica veio à tona durante o fim de semana do GP de Mônaco, em que o time alemão largou na pole e venceu com o piloto Nico Rosberg.

Por acreditar que é proibido testar com o modelo atual, a própria Ferrari e a Red Bull protestaram junto à FIA para pedir esclarecimentos sobre o regulamento e a legalidade do que fez a Mercedes.

A FIA também cobrou da Ferrari esclarecimentos sobre o teste de pneus realizado antes do GP da Espanha (Foto: Studio Colombo/Ferrari)

“A FIA pediu que a Mercedes e a Ferrari, que participaram dos testes de pneus na temporada 2013, para responder ao inquérito disciplinar nos termos das normas judiciais e disciplinares da FIA. Isso segue o Relatório dos Comissários do GP de Mônaco e representa informações complementares exigidas pela FIA à luz das respostas recebidas da Pirelli, que foi convidada a prestar esclarecimentos na terça-feira, 28 de maio,” diz o texto divulgado pela entidade.

As equipes acreditavam que o uso de carros com dois anos de vida nos testes eram permitidos, contudo, uma nova interpretação do regulamento, bem como esse comunicado da FIA, colocam essa suposição em dúvida. O regulamento esportivo do Mundial de F1 fala em carros “que estejam substancialmente nos conformes do atual regulamento técnico além daqueles dos anos anterior e subsequente”.

Ou seja, o modelo de 2011 da Ferrari pode não ser considerado substancialmente diferente do regulamento técnico vigente e, portanto, inelegível para testes.

A Pirelli, na manhã desta sexta, emitiu um comunicado oficial no qual se isentou de culpa pelo fato de a Mercedes ter andado com o carro de 2013. Contudo, a fabricante italiana não comentou a respeito da situação da Ferrari.

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