F1 tem sexta-feira equilibrada, e GP da Áustria se desenha no duelo entre melhor classificação x ritmo de corrida

O fim de semana do GP da Áustria, a nona etapa da temporada 2018, começou com dois treinos livres bem equilibrados, embora Lewis Hamilton tenha liderado ambos. Chamou a atenção a pouca diferença de desempenho entre os compostos de pneus. Ainda assim, a F1 vai para a classificação e a corrida em duelo entre Mercedes (melhor em uma única volta) e Ferrari (mais eficiente na performance de prova)

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O GP da Áustria começou com uma sexta-feira de treinos livres surpreendentemente equilibrada e interessante. É bem verdade que Lewis Hamilton comandou as das sessões livres, puxando uma ameaçada dobradinha com Valtteri Bottas. Mas não se deixe enganar pelos nomes na tabela: a disputa parece mais acirrada do que a liderança do inglês pode sugerir. Isso porque notou-se uma pouca diferença de desempenho entre os compostos de pneus da Pirelli. Para o Red Bull Ring, a Pirelli repetiu a combinação da França. Ou seja, entregou os macios (amarelos), os mais duros e lentos, os supermacios (vermelhos), estágio intermediários, e os ultramacios (roxos), mais rápidos. E tanto foi que o inglês da Mercedes cravou a melhor volta do TL2 usando os pneus amarelos. 

 
Ainda durante a primeira parte das atividades vespertinas na Áustria, Hamilton chegou a 1min04s579 – apenas 0s328 mais lento do que a pole-position de 2017, conquistada por Bottas. O finlandês apareceu 0s176 atrás do companheiro de equipe, mas andando de ultramacios. O mesmo aconteceu com Sebastian Vettel. Mas o alemão ficou a 0s236 da marca do rival britânico. O melhor carro da Red Bull foi o de Daniel Ricciardo, 0s452 de Hamilton, usando os supermacios. A própria equipe austríaca surgiu com táticas diferentes, uma vez que Max Verstappen cravou seu melhor tempo com os ultramacios. Kimi Räikkönen fechou os seis primeiros, obedecendo à estratégia da Ferrari de tirar mais dos ultramacios.
 
Diante desse cenário, ficou evidente que a Mercedes possui um grande desempenho em ritmo de classificação. O time alemão testou durante todo o dia os três tipos de pneus, e pode optar por uma tática parecida com a que venceu na França, na semana passada. Ou seja, controlando o ritmo na frente, faz um pit-stop e abusa dos macios. A performance de corrida com os amarelos foi sólida, ainda que a equipe prata tenha lançado mão de diferentes mapas de motor durante a sessão da tarde. Ainda assim, a força está em uma única volta rápida.
Lewis Hamilton liderou o dia na Áustria (Foto: Mercedes)

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Conta a favor da esquadra alemã o novo motor, usado já em Paul Ricard, que fez diferença na definição das posições de largada e na corrida, além de uma série de novas peças aerodinâmica que surgiram no W09 nesta sexta-feira. A Mercedes esperou até a França para apresentar uma atualização da unidade de potência e optou por introdução um enorme pacote de novidades no Red Bull Ring, pista de curvas rápidas e trechos mais lentos e técnicos. Em um primeiro olhar, tudo funcionou corretamente. Dentre os elementos novos, destacaram-se as aletas laterais, defletores e entradas de ar mais estreitas em um conceito mais parecido do que já fazem Red Bull e Ferrari – a ideia é reduzir o arrasto e melhorar o direcionamento do ar para a parte traseira do carro. Talvez isso explique a dobradinha, ainda que os dois pilotos tenham usado pneus diferentes em suas melhores voltas.

"O carro está melhor em algumas áreas da pista do que semana passada, quando já estava muito bom. E eu quero [que melhore] ainda mais, por favor!", brincou Hamilton. "Há outros que também estão constantemente melhorando, mas esperamos conseguir colocar uma boa vantagem. Vou continuam forçando a mão para tirar tudo que dá. O carro parece muito bom para o fim de semana, então estou animado para a luta", falou.

 
Como dito, Vettel foi quem mais se aproximou. Como de costume, a Ferrari se dá melhor com a gama mais macia da Pirelli. E testou bastante com os ultramacios. Inclusive, foi em cima deles que conseguiu seu melhor rendimento – tanto o tetracampeão quanto Räikkönen. Pela quantidade de jogos escolhidos para o fim de semana – nove no total e mais do que as rivais -, a equipe italiana deve apostar as fichas nos compostos roxos, porque 1) se mostrou rápida com eles – Vettel perdeu a chance de volta veloz na bandeira vermelha à tarde e 2) o mesmo Vettel foi o cara mais rápido em cima dos ultramacios em ritmo de corrida – ao todo, 25 voltas. Ou seja, a esquadra vermelha tem chance de repetir a estratégia da França.
 
É bem verdade que ainda não foi possível identificar de forma clara o verdadeiro rendimento em classificação, mas em prova ficou muito nítido de que a Ferrari lidera – os italianos também trouxeram peças aerodinâmicas para a Áustria, maior parte concentrada na asa dianteira. Os carros vermelhos foram em média dois décimos melhores do que os adversários com os ultramacios em desempenho de corrida. E mais importante, Vettel andou no mesmo ritmo que Hamilton com os pneus macios na simulação de prova – 1min07s5 contra 1min07s6 do britânico.
 
Então, não é estranho ver que Vettel tem a mesma impressão. “Está um pouco apertado”, disse Vettel. “Acho que a Mercedes teve vantagem hoje, eles parecem rápidos em todas as condições, mas também foi uma sexta-feira traiçoeira. A gente completou muitas voltas, o que é bom, e deve estar bem preparado para amanhã e domingo”, seguiu.
Sebastian Vettel está no páreo (Foto: Ferrari)

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A Red Bull ainda parece um pouco distante. Daniel Ricciardo foi quase meio segundo mais lento com os supermacios, enquanto Verstappen passou disso com os ultramacios. Em ritmo de prova, os taurinos estão mais próximos da Mercedes do que da Ferrari, entretanto. E como na França, devem também seguir os alemães em termos de estratégia.

 
"Não estamos com o equilíbrio desejado. Ainda não achamos o ponto ideal. Não acho que sejam os pneus. Acho que vamos encontrar este equilíbrio e, a partir daí os pneus vão trabalhar bem. Só precisamos encontrar a configuração ideal", completou o holandês, que enfrentou problemas no assoalho durante as atividades desta sexta-feira.
 
Portanto, uma vez mais, a Ferrari se mostra mais forte em corrida, enquanto a Mercedes aparece velocíssima. Mas tudo ainda vai depender das posições de largada e a escolha da tática, que parece ser novamente diferente entre as duas ponteiras do campeonato. A questão que fica agora é quem vence no duelo entre ser melhor na definição do grid ou guardar as armas para a corrida? A boa notícia é que se trata de uma pista rápida e com três zonas de acionamento da asa móvel.  
 
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