Ex-presidente da FIA, Mosley recorre à justiça para que Google retire imagens de orgia do ar

Max Mosley acionou o Google na justiça por reproduzir imagens de uma orgia da qual participou em 2008

Max Mosley, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), acionou o Google na justiça por reproduzir as imagens de uma orgia da qual participou em 2008. 
 
Filho do um ex-líder fascista inglês, Oswald Mosley, Max recebeu uma indenização de £ 60 mil (cerca de R$ 227,5 mil) do extinto tabloide ‘News of the World’ em 2008 após um ação na Suprema Corte. Agora, o ex-dirigente acionou a ferramenta de busca por reproduzir as imagens relacionadas a um caso anterior.
Mosley acionou o Google na justiça por conta de imagens de orgia (Foto: Red Bull/Getty Images)
O processo foi criado contra o braço britânico do Google e a companhia baseada na Califórnia, nos Estados Unidos, alegando que continuar usando as imagens é um “mau uso de informações privadas” e uma quebra das leis de proteção de dados. 
 
“Como porta de entrada para a Internet, o Google tem um lucro enorme e tem uma grande influência, então eu não iniciei essa ação de forma leve”, explicou Mosley. “Mas o Google deve operar dentro da lei ao invés de seguir suas próprias regras. Ele não pode ignorar julgamentos dos nossos tribunais”, defendeu.
 
O britânico de 74 anos foi indenizado pelo ‘News of the World’ depois que a Suprema Corte decidiu que o jornal erroneamente noticiou que havia temática nazista nas orgias frequentadas por Mosley.
 
O ex-dirigente se defendeu alegando que o papel desempenhado com cinco prostitutas em um porão alugado em Chelsea, em Londres, era inofensivo, consensual e privado, sem conotações nazistas. 
 
O escritório de advogados que o defende, Payne Hicks Beach, afirmou que essa nova ação na justiça chega após “extensivas tentativas de persuadir o Google a resolver a questão fora dos tribunais”.
 
Anteriormente, Mosley venceu ações similares contra o Google na França e na Alemanha, mas o buscador apelou.
 
Um porta-voz do Google afirmou que a empresa já tirou do ar centenas de links com as imagens de Mosley. “Nós trabalhamos com o Sr. Mosley para atender suas preocupações e retiramos do ar centenas de URLs das quais ele nos notificou”.
 
A ação de Mosley chega pouco depois de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que reconheceu em maio passado o “direito de ser esquecido” na Internet.
 
A decisão do TJUE, que é resultado de uma queixa de um cidadão espanhol, se aplica a informações “inadequadas, não pertinentes ou excessivas em relação ao objetivo pelo qual foram processadas, tendo em conta o tempo decorrido”. 
 
O processo no tribunal da União Europeia só foi aberto por Mario Costeja González, que apresentou queixa após o Google se recusar a tirar do ar informações sobre um leilão de imóveis para pagamentos de dividas com a Previdência Social, que apareciam na versão online de um jornal espanhol vários anos após o caso ter sido resolvido na justiça.
 
Após colocar no ar um formulário que atende a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, o Google informou que recebeu mais de 12 mil solicitações de esquecimento de usuários europeus. Os links só serão preservados se forem de interesse público. 
 
Entretanto, por se tratar de uma figura pública, Mosley não se enquadra no “direito de ser esquecido” estabelecido pelo tribunal europeu.
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