Em última entrevista, María de Villota ainda celebrava recuperação: "Estou começando a segunda vida"

Ex-pilota espanhola, encontrada morta em um hotel de Sevilla nesta sexta-feira (11), falou à emissora Navarra TV, em programa veiculado há três dias, e revelou ter lembranças do acidente com a Marussia em Duxford: "Tenho pesadelos, não posso evitar", confessou

 

A voz e o sorriso de María de Villota continuam ecoando no universo do esporte a motor. A última entrevista da ex-pilota – encontrada morta em um quarto de hotel em Sevilha espanhola-maria-de-villota-e-encontrada-morta-em-quarto-de-hotel-em-sevilha">no início da manhã desta sexta-feira (11), na Espanha – foi levada ao ar há três dias, no programa 'Cara a Cara', da emissora espanhola Navarra TV.

 
O assunto central, como de costume, era a superação de María após o gravíssimo acidente sofrido durante um teste aerodinâmico com a Marussia, na base aérea de Duxford, no Reino Unido, em julho de 2012. A sobrevivência da espanhola, que teve parte do crânio destruído e perdeu o olho direito, foi considerada um milagre.
 
Ao ser questionada pelo entrevistador Roberto Cámara sobre quais seriam os principais itens para vencer a luta pela sobrevivência, De Villota foi objetiva: "Se ganha com dois componentes essenciais: estar perto das suas pessoas, dos amigos, inclusive gente que você não conhece mas que te manda muita energia, reza por você e está por perto… E com a paixão. Com o sonho de viver, com amor, com todas essas coisas que te dão vida e que suprem as principais perdas. Vamos viver de uma maneira apaixonada", disse.
María de Villota em fevereiro de 2013 (Foto: Juan Naharro Gimenez/Getty Images)
Em seguida, falou sobre as particularidades de sua recuperação e admitiu que tinha memórias claras do acidente – lembranças que causavam perturbações em suas noites de sono. "Meu caso foi um pouco especial, porque tive uma lesão cerebral, mas os médicos esperavam que eu não seria capaz nem de falar e nem de lembrar. Mas eu me recordo. Não sei por que…", comentou María, pensativa. "Creio que o destino quis que esse episódio não passasse esquecido. Tenho pesadelos, não posso evitar. Mas assim que me levanto, desconecto, o acidente passou. Mas foi parte da minha história."
 
"A partir daí, tive uma segunda oportunidade de viver. Me considero uma privilegiada, e estou começando a viver minha segunda vida", afirmou, voltando a sorrir. "Com coisas em comum da velha María, e coisas que estou descobrindo, coisas novas", completou.
 
Uma autópsia será realizada para descobrir as causas de sua morte, mas os primeiros indícios indicam que a espanhola, de apenas 33 anos, faleceu de causas naturais.
 

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