Em pista da Mercedes, Ferrari usa bem atualizações para colocar Vettel forte na luta pela pole contra Hamilton

Apenas Lewis Hamilton vence na Inglaterra desde 2014. Pista com trechos velozes, retas e mudanças de direção, Silverstone é um circuito da Mercedes, mas a Ferrari surgiu forte nesta sexta-feira e, pelo que andou Sebastian Vettel até aqui, a briga pela pole será intensa neste sábado – talvez uma das melhores da temporada

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E a sexta-feira de F1 na Inglaterra, palco da décima da temporada 2018, mostrou o quanto as duas primeiras equipes do Mundial estão próximo e a razão pela qual a tabela de classificação mostra uma diferença de apenas um pontinho entre os dois postulantes ao título e perseguidores de um pentacampeonato. Se na semana passada, a Mercedes aproveitou a veloz e curta pista do Red Bull para lançar mão do maior pacote de atualizações do ano, hoje foi a vez da Ferrari. A equipe italiana trouxe para Silverstone um novo assoalho e fez bom uso das novidades. Sebastian Vettel se pôs rápido e foi capaz de tirar tudo de uma SF71H mais equilibrada em todos os setores da casa do rival.

 
Diferente do que costuma acontecer – o time vermelho raramente apresenta sua real forma na sexta-feira – , a Ferrari mostrou as armas, sim. Vettel terminou o dia na primeira colocação, com 1min27s552, tempo que veio em cima do conjunto de pneus macios. O alemão somente usou os compostos amarelos e os macios – as escolhas que devem dar o tom das estratégias no domingo. O tetracampeão não encontrou problemas para imprimir um bom ritmo, ainda que a sessão da tarde tenha sido afetada pelo acidente com Max Verstappen, que provocou uma bandeira vermelha ainda no início da sessão, e isso acabou atrapalhando as simulações de corrida. Ainda assim, a equipe de Maranello revelou um ritmo competitivo tanto com os compostos macios quanto com os médios. E emparelhou com a Mercedes.
 
Mais rápido do TL2, Vettel falou sobre o desempenho pouco usual dos vermelhos nos treinos livres, lembrando que a Ferrari costuma viver sexta-feiras mais trabalhosas. “Foi uma boa sexta-feira. Tivemos sextas-feiras complicadas, mas, por alguma mudança, parece que foi uma boa sexta. Tentamos acabar com a magia deles, obviamente é o que nós tentamos nos últimos anos e acho que aqui e ali nós conseguimos isso muito bem”, disse.
Sebastian Vettel liderou o TL2 (Foto: AFP)

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Logo em seguida, Seb reconheceu que Silverstone, de fato, é uma pista dos rivais, mas as melhorias encontradas no carro fizeram diferença – da manhã para a tarde, o #5 foi capaz de ganhar 0s5. “Historicamente, esta não é uma pista muito forte para nós. Mas hoje foi um bom começo e espero que nós possamos melhorar amanhã e acabar com a magia deles.”

 
É bem verdade que Lewis Hamilton exibiu um ritmo de dar medo no primeiro treino e é dele o melhor tempo do dia, mas o cenário real só foi se revelar mesmo à tarde, quando a temperatura mais alta também interferiu no trabalho dos prateados. O carro alemão pareceu um pouco mais instável, mesmo com o refinamento de suas novidades aerodinâmicas. O setor final é um desafio ainda e é ali que Lewis perde desempenho. Só que o tetracampeão foi capaz de alcançar o ferrarista e fechou o dia quase 0s2 atrás – evidência maior do quão parelha será a classificação.
 
“Eu estive com macios e médios hoje. Os macios pareceram melhores do que os médios, parecem durar mais, o que é impressionante para essa pista. Vai ser um fim de semana muito acirrada, com a Ferrari muito rápida. Estamos em uma briga séria, o que é bom para o público. Espero que a gente consiga”, disse um Hamilton de poucas palavras e de muita reclamação. O inglês se queixou muito da ondulação do asfalto britânico – recentemente recapeado.
 
“A pista nunca esteve tão rápida. Estamos fazendo a Copse de pé embaixo e as curvas 1 e 2 com DRS. É insano como está rápido. Quanto mais rápido fica, melhor. Essa deve ser a melhor pista do mundo porque parece que estou pilotando um jato. Mas também é a pista muito ondulada, parece o Nordschleife. Com as velocidades que temos e a Força G que alcançamos, acho que vai ser a corrida mais exigente para o físico no ano”, seguiu Hamilton.
Lewis Hamilton liderou o TL3 (Foto: Mercedes)
A questão é da Mercedes é, de fato, a temperatura. O conjunto carro/pneus mais macios afeta sensivelmente o W09, e isso pode comprometer o ritmo de corrida. Em classificação, a luta com a Ferrari será intensa e apertada. 
 
Por fim, a Red Bull, que vem de vitória na semana passada, não parece agora distante da briga com as duas ponteiras. O bom downforce do carro taurino não será tão decisivo em uma rápida Silverstone, assim os austríacos perdem muito. Daniel Ricciardo, o homem que sobrou depois do acidente Verstappen, terminou o dia 0s8 atrás de Vettel. É uma distância significativa. 
 
“Estamos um pouco fora de ritmo no momento”, admitiu Ricciardo. “Ferrari e Mercedes são fortes e tomara que não seja assim por todo o fim de semana. Vamos encontrar um pouco de velocidade amanhã e domingo”, completou.

Portanto, com a Red Bull a uma distância significativa, o GP da Inglaterra se prepara para uma das poles mais disputadas do ano. E que deve ser decidida pelos dois líderes do campeonato.

 
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