Em meio à crise e sem respostas, equipes do meio do grid analisam possibilidade de boicotar GP dos EUA

Force India, Lotus e Sauber estudam a chance de não participar da corrida em Austin diante do cenário nebuloso da F1 e de suas condições. A categoria passa por uma crise que já vê o grid enxutar sem Marussia e Caterham

A noite cai nesta sexta-feira (31) em Austin e sobe no ar uma tentativa de boicote. Os jornais ingleses 'The Guardian' e 'The Mirror' informaram que três equipes do meio do pelotão estudam a possibilidade de não correr o GP dos EUA deste fim de semana face a falta de perspectivas, respostas e soluções para o futuro da F1.

As publicações mencionam que Force India, Sauber e Lotus podem expor às claras a crise vivida pela categoria ao não alinharem seus carros e enxutarem ainda mais o grid, que já não conta com as duplas de Marussia e Caterham,

"É uma situação muito séria, e as equipes querem saber como é que elas vão ficar. A F1 está em uma encruzilhada", definiu Bob Fernley, vice-chefe de equipe da equipe indiana. "Equipes estão deixando o esporte. Quantas mais serão necessárias?", questionou o dirigente.

A Force India vai participar da corrida em Austin? (Foto: Force India)

As três equipes estão relativamente nervosas com as outras que pertencem ao Grupo de Estratégia da F1 e formam uma aliança que, em outras palavras, não está nem aí com a situação na prática. Se a situação não é resolvida, fala-se em colocar um terceiro carro, e de acordo com o contrato estabelecido entre a FOM e as escuderias, Red Bull, McLaren e Ferrari teriam de estar prontas para provê-lo lindamente.

O jornal 'The Times', também inglês, ouviu em condição de anonimato um dirigente destas equipes sobre a chance do boicote. "Está em 50%", ponderou. "As equipes pequenas reclamaram durante meses e avisaram o que iria acontecer, mas ninguém ouviu." Ciente da notícia, Bernie Ecclestone deu de ombros, mas já admitiu que a F1 pode ter 14 carros em 2015.

Depois da publicação da notícia, a Lotus manifestou-se no Twitter para dizer que vai participar da corrida. "É para isso que estamos aqui", comentou.

A ameaça de boicote se dá em solo americano, justamente onde a F1 viveu a corrida com o menor número de carros da história. Em 2005, as parceiras da Michelin desistiram de correr por conselho da fornecedora, que levou a Indianápolis compostos com alto risco de explosão no contorno do curvão do oval. Apenas seis carros participaram daquela corrida, calçados com os Bridgestone.

Nos treinos desta sexta em Austin, Lewis Hamilton bateu Nico Rosberg por 0s003.

HAMILTON vs. ROSBERG:
SÓ 0s003 DE DIFERENÇA

A Mercedes apavorou nesta sexta-feira (31) em Austin. E se transformou no pior pesadelo de suas adversárias neste Dia das Bruxas nos EUA. E olha que a equipe nem precisou lançar mão de feitiços ou traquinagens para despachar a concorrência. Sem dó ou docinhos, os prateados não quiseram saber de aboboras e foram cruéis no domínio. Apenas Lewis Hamilton e Nico Rosberg andaram na casa de 1min39s, e a diferença entre os dois protagonistas do Mundial foi miserável, apenas 0s003. Só que impuseram 1s1 no rival mais próximo.

Leia a reportagem completa no GRANDE PRÊMIO.

O FIM DA CATERHAM?

O começo do colapso das equipes nanicas da F1 começou com os visíveis problemas da Caterham ao longo da temporada. Sem fazer um carro capaz de brigar por pontos e vendo a Marussia marcar 2 com Jules Bianchi no GP de Mônaco, Tony Fernandes se livrou da bucha. Só que os novos compradores, passados três meses, também largaram mão, alegando que o antigo dono não efetuou a negociação conforme o planejado, isto é, repassando as ações. Fernandes explicou que nenhuma garantia do negócio lhe foi dada, mas que também não queria a equipe. Resultado: a Alta Corte Britânica entrou na jogada.

Toda a situação da Caterham está no GRANDE PRÊMIO.

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