Ecclestone defende Pirelli e diz que pilotos têm de usar cérebro para lidar com pneus e vencer corridas

Bernie Ecclestone voltou atrás nas críticas aos pneus fabricados pela Pirelli e disse que foi ele quem pediu à fornecedora italiana um composto menos durável. O chefão da F1 disse que cabe aos pilotos usarem o cérebro lidar com o alto desgaste e vencer corridas


Dias depois de ter criticado a Pirelli pelo alto nível de desgaste dos pneus no GP da Espanha, Bernie Ecclestone fez um mea culpa e abrandou o tom de suas declarações, partindo em defesa da fornecedora de Milão. “Pedi à Pirelli que fizesse pneus que não completassem 50% de uma corrida, o que quer dizer que precisamos de pit-stops. E foi isso que eles fizeram”, disse ao site oficial da F1 nesta terça-feira (21).

“É muito difícil prever e dizer que esses pneus durarão 15 ou 20% da corrida, já que cada circuito é diferente, estamos diante de temperaturas muito distintas, os carros são diferentes, e, por último, mas não menos importante, cada piloto tem um estilo de pilotagem diferente”, avaliou o octogenário dirigente britânico.
Para Ecclestone, pilotos têm de usar a cabeça para lidar com os pneus e vencer corridas (Foto: Getty Images)
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Quando a Pirelli retornou à F1, em 2011, a categoria sofria críticas severas por sua falta de ação, e um dos alvos de tais críticas estava direcionado à antiga fornecedora, a japonesa Bridgestone, que desenvolveu compostos muito duráveis, mas que não proporcionavam a gama de estratégias de hoje em dia. Ecclestone enxerga que a situação agora é normal e que já aconteceu antes na F1. Para o dirigente, os pilotos têm de usar o cérebro para lidar com os pneus e vencer corridas.


“Nos tempos em que Niki [Lauda] pilotava, sua maior preocupação era cuidar da caixa de câmbios e dos freios, não dos pneus. Logo, deixamos isso, e os pilotos não tinham de pensar em mais nada. Agora, eles têm de usar o cérebro e começar a pensar em como vencer corridas”, comentou o britânico.

Por fim, Bernie mais uma vez defendeu a Pirelli e disse que seria totalmente possível que a fornecedora construísse pneus bem mais duráveis. “Seria mais fácil para a Pirelli fabricar pneus que você colocasse na primeira corrida da temporada e descartasse apenas no final. Isso seria fácil, fácil”, complementou o dirigente, indicado que a filosofia de desgaste dos compostos, idealizada pelo próprio Ecclestone, deve permanecer na F1.

Ao lado de Lauda durante o bate-papo, o britânico elogiou a Mercedes e sua evolução obtida nesta temporada quando questionado se essa melhora da equipe tem relação com a chegada de novas pessoas no seu staff técnico e também com a vinda de Lewis Hamilton em 2013. “Diria que sim. Os pneus são os mesmos para todos, o material que a Mercedes usa ainda é o mesmo. A única diferença são as pessoas que dirigem a empresa, e isso faz a diferença”, concluiu.
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