Ecclestone concorda com lei antigay russa e afirma que “90% do mundo” pensa igual Putin

Bernie Ecclestone disse que admira o presidente russo Vladimir Putin por ter coragem para falar o que bem entende

Bernie Ecclestone manteve a postura polêmica que sempre carregou ao longo dos 83 anos de vida e defendeu a controversa lei antigay recentemente sancionada pelo governo russo e demonstrou apoio às opiniões expressadas pelo presidente do país, Vladimir Putin.

“Ele não disse que não concorda com homossexualidade, apenas que não quer essas coisas divulgadas para uma audiência menor de 18 anos. Eu concordo totalmente com esses sentimentos e, se você fizer um censo, vai descobrir que 90% do mundo concorda com isso também”, disse o dirigente máximo da F1 em entrevista à CNN.

Ecclestone prepara a ida da F1 para a Rússia pela primeira vez na história em 2014. O GP está marcado para o dia 12 de outubro e representará a 16ª etapa do Mundial.

A prova acontecerá em um circuito de rua em Sochi, às margens do Mar Negro, em meio às instalações que, neste mês de fevereiro, abrigam os Jogos Olímpicos de Inverno.

Polêmico, Ecclestone nem sempre agrada a todos com suas declarações (Foto: Getty Images)

Satisfeito com o trabalho que está sendo feito para a F1 e observando as Olimpíadas, Ecclestone aproveitou para elogiar Putin. O britânico de 83 anos disse que o presidente merece mais crédito pela excelente preparação.

“Tenho grande admiração por ele e sua coragem para dizer o que diz. Pode aborrecer algumas pessoas, mas é assim que o mundo é. É como ele vê o mundo e acho que está completamente certo”, concluiu.

Não é a primeira vez que Ecclestone demonstra simpatia com governantes que estão longe de ser unânimes. Em 2009, falando ao jornal inglês ‘The Times’, Bernie afirmou enxergar pontos positivos no regime de Adolf Hitler e preferência por políticos que governam com mão-de-ferro, citando, também, o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

As declarações a respeito de Hitler, obviamente, foram as que renderam mais polêmica. “Ainda que isso possa parecer terrível, pois em um determinado momento Hitler se deixou levar e fez coisas que não sei se realmente queria fazer, o certo é que estava em posição de mandar em muitas pessoas e conseguiu que fizessem coisas importantes. Mas, no fim, ele se perdeu, e por isso não foi um bom ditador. Ele sabia o que estava acontecendo ao seu lado e foi intransigente. Não soube se portar como um ditador”, disse.

Mais tarde, ele recuou e pediu desculpas pelas polêmicas frases. “Nunca quis ferir os sentimentos da comunidade judaica. Muitas pessoas do meu círculo de amigos são judias. Todos os que me conhecem sabem que nunca atacaria uma minoria”, assegurou.

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