Ecclestone afirma que enfrentar julgamento sobre venda dos direitos da F1 “não é o ideal”

Enquanto o mundo da F1 ainda celebra o quarto título de Sebastian Vettel, Bernie Ecclestone será obrigado a dar um tempo nas comemorações. A partir desta terça-feira (29), o dirigente começa a ser julgado na Inglaterra sobre a venda dos direitos da F1, em 2007, do banco alemão ‘BayernLB’ ao grupo de investimentos CVC.

Ecclestone é acusado de ter subornado o banqueiro Gerhard Gribkowsky para que ele avaliasse as ações da F1 abaixo do preço de mercado e facilitasse a transação. Como resultado, o dirigente está sendo processado pelo antigo dono dos direitos, o grupo Constantin Medien, que pede indenização de US$ 171 milhões (cerca de R$ 350 milhões).

Bernie começa a ser julgado nesta terça (Foto: Getty Images)

O chefão da F1 afirmou que está tranquilo com o julgamento, mas disse que o ideal era não ter que enfrentá-lo enquanto comanda a categoria. “Isso não é o ideal. Seria melhor se não estivesse acontecendo, mas não podemos mudar o sistema de justiça”, declarou o dirigente à agência de notícias ‘Bloomberg.’

Advogado de defesa Alexander Engelhardt explicou que a decisão da corte inglesa é importante porque pode influenciar no que a justiça alemã vai julgar no ano que vem. Por isso, é essencial que Ecclestone não tenha novas provas incriminatórias durante o desenrolar do processo.

“Ecclestone está empenhado em uma guerra em diversos fronts, encarando o problema com diversas linhas de defesa. O que o ajudar na Inglaterra pode feri-lo na Alemanha e o que for produzido em ambos os julgamentos deve reaparecer em outra ação civil ou criminal no futuro”, disse.

“O caso Constantin não é apenas sobre muito dinheiro. O julgamento na Inglaterra é perigoso porque pode produzir evidências incriminatórias, que podem ser usadas pelos promotores de Munique”, encerrou.