Ecclestone aceita manter motores V6 na F1 em 2017, mas desde que mais potentes e sem custos adicionais às equipes

Antes crítico ferrenho dos motores V6 híbridos adotados pela F1 no ano passado, Bernie Ecclestone agora mudou um pouco do discurso e disse que ficaria feliz em manter as atuais unidades de energia, mas desde que se tornem mais potentes e que isso não custe tanto dinheiro às fabricantes do grid.

A Mercedes, a Ferrari, a Honda e a Renault, as fornecedoras de motores, se reuniram durante o fim de semana do GP do Bahrien para discutir os planos de aumentar para 1.000 cv a potência das unidades a partir de 2017. Questionado se ficaria contente em continuar com os V6 ou se ainda gostaria de ver de novo os motores V8 na F1, Bernie respondeu que apenas se preocupa com os custos.

Bernie Ecclestone gosta da ideia de manter o motor V6 (Foto: AP)

"Se for para manter o atual motor, mas atualizado, com 1.000 cv, então acho bom. Mas eles precisam fazer isso de modo que os times possam pagar", disse o inglês aos repórteres em Sakhir. "Precisamos tornar os carros mais difíceis de pilotar", acrescentou o dirigente de 84 anos.

Chefe da Mercedes, Toto Wolff também falou sobre o assunto com os jornalistas no Bahrein e afirmou que o desejo das equipes é manter o atual modelo com o sistema híbrido. "A discussão sobre o motor de 1.000 cv já tem algum tempo e acho que tem sido feita de uma maneira espetacular. E se vamos manter assim, então precisamos continuar trabalhando nisso", declarou.

"Existem vários grupos que se reúnem para discutir como serão as regras de 2017, tanto em termos de chassis quanto em termos de motor. Houve um encontro muito proveitoso na sexta-feira com o diretor de prova, Charlie Whiting, e até mesmo Bernie Ecclestone estava lá. Alguns conceitos foram colocados à mesa para implantar uma nova fórmula espetacular em 2017", explicou o austríaco.

Falando sobre a unidade de força, Wolff disse que uma das maneiras para se aumentar a potência e o ruído é mexer na taxa de fluxo de combustível, mas alertou que o trabalho vai gerar custos adicionais. "Estamos trabalhando agora facilmente com o fluxo de combustível", disse Toto, falando sobre a Mercedes.

"Mas aumentar o fluxo de combustível vai significar redesenhar partes importantes de peças do motor. Então, é preciso que isso se resolva logo para que possamos trabalhar em cima de disso", completou.

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