Dominado novamente, Rosberg acusa vencedor Hamilton de andar lento demais para atrapalhá-lo no GP da China

Nico Rosberg terminou o GP da China na segunda posição e irritado com Lewis Hamilton. O alemão disse que o vencedor da corrida deste domingo o atrapalhou porque andou lento demais em determinado momento da prova em Xangai. Hamilton discordou, e a situação remete à guerra vista no GP da Bélgica do ano passado

Às vezes, algumas reclamações chegam a surpreender. No caso deste domingo (12), o segundo colocado reclamou que o vencedor andou lento demais. Esta foi a queixa de Nico Rosberg contra Lewis Hamilton no GP da China, em Xangai.

A irritação de Rosberg foi evidenciada, primeiro, pela conversa de rádio revelada na transmissão da TV. Depois da corrida, um novo conflito público entre os dois pilotos da Mercedes teve início com a acusação de Nico e a réplica de Lewis.

No rádio, Rosberg pediu para Hamilton andar mais rápido, pois o ritmo lento do inglês, que tentava poupar pneus, permitia a aproximação de Sebastian Vettel. Depois disso, foi passada uma orientação ao britânico para que ele apertasse o pé direito e passasse a dar voltas na casa de 1min43s7.

O julgamento de Rosberg foi de que ele ficou à mercê de Vettel por precisar manter uma distância segura de Hamilton para não gastar demais seus pneus.

Hamilton controlou a corrida a partir da largada (Foto: AP)

"Lewis andava muito devagar e me segurou perto da Ferrari. Ele estava desnecessariamente lento, tive de me defender de Vettel e destruí meus pneus", declarou o alemão na coletiva da FIA, visivelmente descontente. Hamilton teve direito de resposta: "Eu tenho de pensar na minha corrida, não na de Rosberg. Não fiz nada intencionalmente. Se Nico quisesse, podia ter passado".

"Eu não senti, é um fato. A corrida ficou comprometida", reforçou Rosberg ao falar com a Sky Sports na sequência. "É um cenário que analisamos detalhadamente antes da corrida. Essa era a melhor corrida para quem estava na frente, mas não para a equipe porque quem ficasse atrás seria atacado pela Ferrari."

"Não sei se foi de propósito. Ele disse que estava pensando só em si mesmo, o que é uma declaração interessante. Vettel tentou me atacar depois do pit-stop e aí meus pneus acabaram no final da corrida. O problema é que temos o mesmo carro. Uma vez que eu tentasse atacá-lo, ele vai tentar garantir que vai ter uma vantagem e, depois de uma ou duas voltas, o meu pneu ia acabar. Sebastian inclusive falou isso na coletiva, não conseguia entrar na zona do DRS e seus pneus ficavam destruídos", prosseguiu.

Do ponto de vista de Hamilton, que largou na pole e liderou quase que de ponta a ponta, o que foi determinante na disputa pela vitória foi que ele jamais recebeu pressão de Rosberg. "Eu não tenho certeza de como comprometi a corrida dele. Ele estava 4s5, 5s atrás, nunca estava perto. Não é que estava colado em mim. Eu estava na minha. Se quisessem, poderiam ter chamado ele para o box antes de mim, pois meus pneus ainda estavam bons", disse à Sky Sports.

"Estou bem animado para ver como vai ser a reunião da equipe", completou, para nova irritação do companheiro de equipe. É uma situação que lembra o GP da Bélgica do ano passado, que deflagrou a guerra entre os dois pilotos. 

A situação parece o prenúncio de uma nova altercação — e novamente colocando Rosberg praticamente sozinho na briga.

Depois de vencer pela segunda vez em três corridas em 2015, Hamilton lidera o campeonato de Pilotos com 68 pontos, 13 a mais que o vice-líder Vettel. Rosberg é o terceiro com 51. A próxima etapa do Mundial de F1 acontece na próxima semana em Sakhir, no Bahrein.

Chamado de chorão, Rosberg rebate 'Hamilton'

O sinal de que Rosberg não anda com o psicológico em bom estado foi novamente averiguado fora do autódromo de Xangai. Nico pediu a seus seguidores que lhe mandassem perguntas via Twitter. Apareceu um Hamilton qualquer, fake, que questionou o 'chorão' alemão. Rosberg respondeu como se fosse o parceiro de verdade e acabou gravando um vídeo no aeroporto da cidade.

DOMÍNIO ABSOLUTO

Lewis Hamilton consolidou um fim de semana perfeito em Xangai com sua quarta vitória no GP da China. É bem verdade que a Ferrari voltou a andar próxima dos carros da Mercedes durante boa parte da disputa, mas desta vez não foi o bastante para lutar efetivamente pela vitória. Felipe Massa perdeu uma posição para Kimi Räikkönen na largada e terminou em quinto. Ajudado pelo problema com Max Verstappen no fim, Felipe Nasr foi o oitavo. E Nico Rosberg deu um piti histórico.

UMA QUASE-CORRIDA

O GP da Luisiana foi bastante esquisito. Sofrendo com a interferência da chuva durante todo o final de semana, a Indy quase não viu uma corrida neste domingo. Foram seis bandeiras amarelas e um resultado definido na base da estratégia. Parando antes, James Hinchcliffe conseguiu levar os pneus e combustível até o fim – ajudado com as paralisações – e venceu sua primeira como piloto da SPM sob bandeiras amarelas. Helio Castroneves foi o segundo e Tony Kanaan, o sexto.

CAPITÃO AMÉRICA

Marc Márquez conseguiu mais uma vez. Depois de encarnar o Usain Bolt no treino classificatório, o espanhol tirou do armário do uniforme do Capital América e, tal qual o personagem da Marvel, não deu chances aos ‘inimigos’ neste domingo. Depois de perder a ponta para Andrea Dovizioso na largada, o #93 pressionou o italiano por algumas voltas e, assim que assumiu a liderança, disparou na frente e não viu mais os adversários. Valentino Rossi terminou na terceira colocação.

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