Diretor da Renault ignora desempenho e coloca confiabilidade como prioridade para 2018: “Só aceitaremos perfeição”

O diretor-técnico da Renault, Bob Bell, afirmou que a meta técnica da equipe francesa para a temporada 2018 é ter carros e motores mais confiáveis. A ideia, segundo ele, é contar com perfeição no processo de desenvolvimento e execução de cada peça. Segundo ele e o chefe-técnico dos motores, Rémi Taffin, a questão é superior a qualquer coisa com relação ao desempenho

A Renault apresentou seu carro para a temporada 2018, o R.S.18, na tarde desta terça-feira (20). O objetivo em termos de resultados é, como o diretor-esportivo Cyril Abiteboul deixou claro, retornar ao top-5 do Mundial de Construtores. Na parte técnica da fábrica de Enstone, a meta é diferente e será a ponte que vai permitir uma briga com Williams e Force India: o aumento da confiabilidade.
 
De acordo com o diretor-técnico da marca francesa, Bob Bell, o plano da Renault é simples: recuperar o prestígio em termos de confiabilidade. Se o ano de 2017 apresentou um motor Renault capaz de se aproximar e até competir com Mercedes e Ferrari na questão do desempenho, por outro lado o fim da temporada mostrou graves problemas que ainda permanecem na confiabilidade. 
 
Para consertar tal questão, a Renault não aceitará nada menos que perfeição. 
 
"Precisamos do carro mais confiável que pudermos fazer. É um grande desafio, ainda mais que o desenvolvimento do desempenho, e é a pedida mais dura que enfrentamos", afirmou na apresentação do carro. E completou que "voltas e quilometragem" são os objetivos principais nos testes coletivos de pré-temporada.
 
"Para melhorar a confiabilidade nós temos que aceitar nada menos que perfeição. Qualquer coisa que esteja no carro precisa ser planejada e construída com o maior grau de excelência e checado mais de uma vez para se encaixar em nosso propósito. Todos os problemas que encontramos na temporada passada precisam ser exterminados por uma nova abordagem. Não é algo que podemos ligar e desligar, você precisa de processos bem estabelecidos", argumentou.
O R.S.18 (Foto: Renault)
O responsável pela chefia técnica dos motores da Renault, Rémi Taffin, complementou que as novas restrições de quantidade de unidades de força permitidos para quatro pilotos – que era de quatro unidades em 2017 e passou para três em 2018 – tornam tudo pior.
 
"A principal mudança em termos de regulação é que são menos unidades de força disponíveis por pilotos na temporada, agora apenas três. Na verdade, é ainda mais problemático que isso, porque estamos limitados a três motores, mas apenas dos MGU-Ks e dos compartimentos de armazenamento de energia", afirmou.
 
"Nossa prioridade é a confiabilidade, e será mais difícil já que teremos de tirar outro quarto da temporada da vida de nosso motor em relação à meta de 2017. Começamos o projeto do motor de 2018 em 2016 com a limitação de três motores na cabeça – e completamos mais horas no dinamômetro que em qualquer momento na história", encerrou Taffin.
 
A pré-temporada se inicia na próxima semana, no dia 26 de fevereiro.
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