Diretor da McLaren vê Ferrari protegendo “quantia desproporcional” que recebe e diz: “Confronto com Liberty é inevitável”

Diretor-executivo da McLaren, Zak Brown classificou como “inevitável” um confronto entre Ferrari e Liberty Media por conta da divisão de receitas da F1. Dirigente reconheceu que a escuderia de Maranello deve ser recompensada por sua importância no esporte, mas avaliou que o montante pago aos italianos é “desproporcional”

Redação GP 05/02/2018    08:05    2min    Fórmula 1

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Diretor-executivo da McLaren, Zak Brown avaliou que é inevitável um confronto entre a Ferrari e o Liberty Media. O dirigente considerou que é justo que a escuderia de Maranello seja compensada financeiramente por sua importância para a F1, mas classificou o montante pago aos italianos como “desproporcional”. A Ferrari recebe uma quantia a mais por ser a equipe mais antiga em atividade na F1.

 

Ano passado, Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, ameaçou abandonar a F1 se a proposta de regulamento de motores para 2020 não fosse modificada. Mas é o fator financeiro que pode mesmo pesar nessa relação.

Zak Brown classificou como inevitável confronto entre Ferrari e Liberty Media (Foto: McLaren)

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“Um confronto entre a Ferrari e o Liberty é inevitável”, disse Brown em entrevista ao jornal espanhol ‘AS’. “A Ferrari quer proteger o dinheiro que recebe, porque eles recebem uma quantia desproporcional”, seguiu.

 

“Nós todos reconhecemos que a Ferrari como um time agregou mais valor ao esporte do que qualquer outro e deve ser recompensada de acordo”, avaliou. “Mas acho que é muito desigual, e que o Liberty só quer e tem de fazer o melhor para o esporte”, considerou.

 

Ao contrário de algumas equipes, que criticam a falta de transparência do Liberty Media em relação aos seus planos para o futuro, Brown prefere dar um volto de confiança, mas entende que também cabe aos times resolverem certos problemas.

 

“Sei pela minha experiência com a McLaren, estou no comando das coisas agora, mas você precisa de no mínimo um ano para avaliar tudo e é a mesma coisa para eles”, defendeu. “A F1 é um esporte que se move rápido, impaciente e implacável, mas as equipes não podem confiar unicamente no Liberty e na F1 para resolverem todos os problemas”, alertou.

 

“Sim, são vários desafios, mas a chave é transformar isso em oportunidades”, concluiu.

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