A McLaren não vive um bom momento, mas não são só os resultados do time que tiram Éric Boullier do sério. Diretor de corridas do time de Woking, o francês acredita que as pessoas criaram expectativas erradas sobre a retomada da histórica parceria entre a equipe e a montadora Honda.
Eric Boullier afirmou que a McLaren trabalha para se manter no topo por um longo período (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Falando à publicação inglesa ‘Autosport’, Boullier se manteve fiel ao discurso que adotou desde o início do Mundial, voltou a assegurar que a atmosfera dentro do time é “fantástica” e que todos estão confiantes no futuro.
“Ninguém está feliz com a posição da classificação e com os resultados que tivemos nas corridas deste ano, mas é isso que temos”, disse Boullier. “Nenhum dos pilotos está feliz com a situação, mas eles estão felizes com o que conseguem ver chegando, e eu posso dizer que a atmosfera dentro do time é fantástica, todos estão trabalhando no máximo, com comprometimento total”, continuou.
“A coisa mais importante é que nós sabemos o que estamos fazendo, onde estão nossas fraquezas — e quando digo ‘nós’, quero dizer a McLaren e a Honda — e temos de trabalhar nisso”, defendeu.
Na visão de Boullier, a pior parte da fase vivida pela McLaren são as falsas expectativas daqueles que acreditavam que a montadora nipônica voltaria ao esporte vencendo imediatamente.
“A pior coisa é ter expectativas erradas”, apontou Éric. “É verdade que as pessoas estavam esperando que a Honda chegasse com a McLaren e vencesse tudo, mas essa era uma expectativa errada”, defendeu.
Boullier citou o exemplo da Mercedes, que precisou de alguns anos até conseguir sucesso e, ainda assim, contou com uma mudança de regulamento para ter um impulso extra.
“A Mercedes é um caso muito especial, porque eles se beneficiaram de uma grande mudança no regulamento, o que foi uma boa ação deles”, ponderou. “Mas eles mostraram que não há varinha mágica. Você não pode chegar e vencer. É impossível”, defendeu.
“Depois da BrawnGP, a Mercedes precisou de quatro anos para construir sua organização, uma coisa similar à Red Bull, o que é um ciclo normal nas corridas”, considerou. “Não estou dizendo que nós precisamos de quatro anos, mas é o que é, e se as pessoas não gostam, elas não gostam”, seguiu.
“Não estamos felizes por estarmos onde estamos, definitivamente não, mas estamos empenhados em todas as áreas para garantir que vamos chegar lá e vamos chegar adequadamente”, assegurou. “Nós queremos voltar por um período longo, como o time líder que a McLaren é”, explicou.
“E quando eu digo adequadamente, tem alguns passos e estágios que precisamos passar, porque você não pode comprar experiência e tempo”, observou. “Mas quando, eventualmente, chegarmos lá, seremos bons o bastante em longo prazo”, concluiu.
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