Dia útil, cansativo, sem erros e de surpresas com torque da Toro Rosso: como foi a estreia de Sette Câmara na F1

Sentir dores depois de pilotar um carro de F1 pela primeira vez não chega a ser nenhuma surpresa. Sérgio Sette Câmara encerrou o dia em Silverstone “sem conseguir segurar o pescoço”, por exemplo. Mas, acima de tudo, o brasileiro se satisfaz por ser útil à Toro Rosso e por não ter errado: “Me sinto abençoado”

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A maioria dos pilotos passa uma vida inteira esperando a chance de pilotar um carro de F1. Isso vale para Sérgio Sette Câmara, que recebeu sua grande chance nesta quarta-feira (13): o brasileiro pilotou a Toro Rosso no segundo dia de testes da F1 em Silverstone. Falando ao GRANDE PRÊMIO, o piloto do programa de desenvolvimento da Red Bull descreveu seu dia, cansativo e recompensador.

 
“Dia espetacular hoje. Cheguei cedinho na pista, 7h da manhã, comecei a andar às 9h. A gente tem uma reunião antes do treino para verificar como vai ser o dia. Apesar de a gente ter feito um ontem de noite, também se faz um hoje de manhã. Assim a gente sabe se o carro está pronto ou não, se está chovendo ou não, como a pista está. E aí a gente decide como vai ser o dia”, disse Sette Câmara, ao GRANDE PRÊMIO.
 
“Cheguei bem cedo, me preparei, era 9h e o carro já estava ligado, já estava saindo dos boxes. Só fomos terminar agora, às 18h. Só teve uma hora de pausa, na hora do almoço, então imagina, estou destruído. 81 voltas, mais de 400 km, deu pra cansar bastante. Agora no final nem dava mais para segurar meu pescoço. Uma experiência que vou levar para o resto da minha vida, a primeira vez que guiei um carro de F1”, recordou.
O brasileiro Sérgio Sette Câmara foi escalado pela Toro Rosso para os testes coletivos em Silverstone (Foto: Toro Rosso)

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Os tempos anotados por Sette Câmara não foram tão espetaculares – nono mais rápido do dia –, mas isso é o de menos. Importante mesmo é o aprendizado depois de tanto andar. Aprendizado até sobre não subestimar a potência de um F1.
 
“Se eu tiver que falar uma coisa que me impressionou, é óbvio que (o carro) é muito rápido. O torque do motor superou as expectativas, nunca imaginei que fosse assim. Não errei, consegui passar as informações para os engenheiros. Me senti útil. Já que é o segundo dia de treino, consegui comparar meus dados com os dados do carro de ontem, deu para colocar um em cima do outro, comparar, ver onde preciso melhorar e onde estou indo bem. É uma oportunidade incrível, me sinto abençoado por estar aqui”, finalizou.
 
Sette Câmara agora volta a focar na F3 Europeia, onde disputa a temporada completa com a Motopark. Com metade da temporada 2016 já disputada, o brasileiro aparece em sétimo na classificação, tendo somado dois pódios.
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