Depois de Hamilton ficar fora de novo no Q1, Rosberg encontra caminho livre, brinca com rivais e faz pole na Hungria. Massa é 6º

Confira como foi a classificação para o GP da Hungria neste sábado

 

A tarde na Hungria não viu o aumento de temperatura que a previsão inicial falava, mas o clima continuou quente, na casa de 26°C, quando os carros deixaram os boxes para a disputa do Q1, a primeira fase da definição do grid de largada. Como de costume, Marussia e Caterham foram as primeiras a deixar as garagens, seguidas pela Lotus de Pastor Maldonado. Logo depois, lentamente, os demais foram vindo também. A maioria de médios, mas Kamui Kobayashi, Marcus Ericsson e Esteban Gutérrez já vieram calçados com os pneus macios. 

 

Mas aí Maldonado surgiu lento pela pista, tentando levar o errático E21 de volta aos boxes, mas sem sucesso. Enquanto isso, Lewis Hamilton voltava para os boxes e, bem na entrada dos pits, parou. O Mercedes #44 começou a pegar fogo na parte traseira e, o inglês , sem muita vontade, deixou o carro ali mesmo. Vive um drama o menino Lewis. Fim de treino e fim da chance de disputar a pole. É quarta vez no ano que o britânico enfrenta problemas mecânicos, antes havia sido na Austrália, depois no Canadá, aí na Alemanha e agora em Hungaroring. A equipe alemã confirmaria mais tarde que um vazamento de combustível causou o pequeno incêndio no carro do campeão de 2008.

Depois do incidente, todo mundo voltou à pista. Valtteri Bottas já era o líder, com 1min25s690, à frente de Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel. 

 

Mas aí veio Nico Rosberg e saltou para a ponta, também usando ainda os pneus amarelos. Na sequência, Vettel conseguiu melhorar três décimos e passou para o segundo posto, perdendo o lugar em seguida para o companheiro de Red Bull. 

 

Não demorou muito, e Jean-Éric Vergne tratou de colocar os pneus macios e trabalhar. P1 para o francês, com 1min24s941. O colega Daniil Kvyat veio na sequência e se colocou em terceiro. Aí muita gente veio à pista nos minutos finais. 

 

Nico Hülkenberg melhorou, mas não o suficiente para alcançar o top-10. Ao mesmo tempo, Bianchi pulava para 16º, enquanto Kimi Raikkonen lutava para não ficar na primeira peneira. Mas não deu. o finlandês ficou de fora mesmo. Junto com ele, a lista tinha ainda Kobayashi, Chilton, Ericsson e os azarados Hamilton e Maldonado.

 

Sem Hamilton, Rosberg voa

 

Sergio Pérez foi quem abriu os trabalhos do Q2. O mexicano não quis arriscar muito e saiu logo com os pneus pneus macios, à frente do colega Hülkenberg em estratégia semelhante. Aí as duas Red Bull entraram, seguidas por Romain Grosjean e Vergne. 

 

O alemão da Force India foi quem liderou essa primeira parte da sessão. Depois, Kvyat superou, mas ficou pouco. Felipe Massa apareceu na frente na sequência, sendo ultrapassado por Bottas em seguida.

Só que aí assim, como Nico Rosberg não está brincadeira, logo cravou sete décimos em Valtteri e passou a comandar o Q2. Vettel também melhorou e pulou para segundo, 0s3 atrás do líder. Ricciardo também veio bem e se colocou em terceiro.

 

Com três minutos para o fim, Massa foi o primeiro a voltar. Um minuto depois, o resto seguiu o exemplo do brasileiro. Com todo mundo melhorando ao mesmo tempo, foi difícil acompanhar a evolução de cada um. 

 

No fim, os eliminados foram: Kvyat, Sutil, Pérez, Gutiérrez, Grosjean e Bianchi. O russo, aliás, acabou rodando na curva 12 e por lá ficou. Rosberg, Vettel, Ricciardo, Bottas, Massa, Alonso, Button, Magnussen, Vergne e Hülkenberg foram para a disputa da pole. 

 

Chuva e batida forte

 

Era Nico Rosberg quem liderava o pelotão quando a luz verde autorizou o início da fase decisiva do treino classificatório. Mas, antes mesmo, do alemão sair com a Mercedes, uma fina chuva começou a atingir o circuito húngaro. Não deu outra. Quando todo foi à pista, veio a constatação de que o asfalto estava bastante escorregadio e traiçoeiro. Tanto que o próprio Rosberg escorregou na curva 1 e por pouco não estampou sua Mercedes na barreira de proteção. Mesma sorte não teve Kevin Magnussen.

 

O novato da McLaren não conseguiu segurar o carro na freada da primeira curva, saiu reto e atingiu com força os pneus. O dinamarquês saiu ileso da batida, mas a bandeira vermelha precisou ser acionada. Nos quase quatro minutos de paralisação, o maior dilema foi quanto aos pneus. Que pneu usar agora?

 

A chuva não chegou a molhar mesmo a pista. Portanto, na hora que a bandeira verde voltou, todo mundo saiu com pneus para piso seco, usando os compostos macios. Bottas se colocou logo em primeiro com 1min24s259. Alonso já era segundo, à frente de Button, Ricciardo, Massa, Rosberg e Vettel.

E veio o líder do campeonato de novo. E veio para cravar o primeiro tempo, em 1min23s236. Vettel também andou dentro da mesma marca, mas quase dois décimos atrás. Bottas, Ricciardo e Vergne eram os cinco melhores.

 

A segunda rodada de voltas rápidas foi ainda mais equilibrada e marcada por uma briga acirrada, entre Rosberg e Vettel. O filho de Keke saiu vencedor, depois de bater no instante final o compatriota em 0s4. Bottas ainda conseguiu manter a Williams em terceiro. Ricciardo, Alonso e Massa completaram os seis primeiros, à frente de Button, Vergne, Hülkenberg e Magnussen. 

 

A largada do GP da Hungria, o 11º da temporada 2014, acontece neste domingo, a partir das 9h, de Brasília.